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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 939

“Anabel”

Eu olhei para as três caixas em minhas mãos e olhei para a Melissa um tanto confusa. O olhar que ele me retribuiu foi aquele olhar de quem diz “anda, vai depressa” e rapidamente uma fila se formou na porta do lavabo da casa da Catarina.

- Muito bem, vamos organizar a fila. – A Melissa estava em modo “missão a cumprir”. – Cat, você é a dona da casa, vai primeiro.

- Deixa eu ir depois, Mel, por favor, por favor. – A Manu juntou as mãos em súplica.

- Ih, está ansiosa em chaveirinho! – A Mel comentou e a Manu sorriu.

- Meu delegado e eu resolvemos dar um irmão ou irmã para a Açucena. – A Manu parecia empolgada.

- E por que a gente não sabia disso? – A Mel a encarou.

- Porque a gente combinou que vai deixar rolar e se rolar rolou. Meio sem compromisso, sem cobrança, pra eu não ficar ansiosa. – A Manu explicou. Eu achava muito linda a relação dela com o Flávio, os dois eram tão fofos juntos!

- Tudo bem, você é a segunda. Lisa, você vai depois da Manu, a Sam depois de você, em seguida eu e, por fim, a novata do grupo, Anabel! – A Mel me deu um sorriso satisfeito. Eu levantei o dedo como se fosse uma criança na sala de aula. – Fala!

- Vocês sempre fazem isso juntas? – Eu perguntei tentando entender aquela movimentação toda.

- Na verdade é a primeira vez, mas eu pensei, geralmente aparece uma grávida que foi pega de surpresa no grupo e você parou os anticoncepcionais, a Cat reclamou do perfume do Patrício, o que já aconteceu antes... – A Melissa começou a explicar, mas foi interrompida pela Cat.

- Nã-nã-nã-nã-não! Sem chance, eu não me esqueci do anticoncepcional dessa vez, não mesmo! Aliás, eu estou tomando a pílula justamente para não esquecer que tenho que trocar o implante, é rigososo, todos os dias, no mesmo horário, sempre! Não, eu não estou grávida, dessa vez não! – A Catarina pareceu meio nervosa.

- Tem certeza, Catarina? Não teve nenhum evento que possa ter anulado o efeito da pílula? Porque eu me lembro que mês passado você teve uma crise de sinusite e precisou de antibióticos. E eu duvido muito que tenha se mantido longe do seu maridinho. – A Melissa encarou a amiga que abaixou a cabeça e praguejou baixinho.

- Bom, três de nós tem motivo, mas e as outras três? Vai me dizer, Mel, que o príncipe tem chance de ser pai? – A Sam riu.

- Não, eu só vou fazer o teste pra apoiar vocês, só porque vai ser divertido. Já você, Sam, teve uma virose outro dia, né?! – A Melissa olhou para a Samantha que ficou pálida na hora.

- Nem brinca! Um é o suficiente pra mim. – A Sam respondeu de pronto.

- Bom, então eu também só vou fazer por diversão! Eu não fiquei doente, minhas injeções estão em dia, tudo tranquilo pra mim! – A Lisa sorriu e a Mel estreitou os olhos para ela.

- Se todas estiverem grávidas e você não, você vai ficar chateada por perder o momento best maternity. – A Melissa sorriu para a Lisa que ficou murchinha. Como sempre, a Melissa sabia das coisas.

- Mas, Mel, por que três testes? – A Manu perguntou.

- Pra ter certeza. – Diante dos olhares a Melissa explicou. – Um pode falhar, aí com dois a gente continua na dúvida, com o terceiro é garantido, sabem como é, melhor de três, o terceiro desempata, sempre!

- Pra mim isso é você sendo doida, Mel! – A Sam nos fez rir.

- Bom, vamos começar logo, então, pra eu saber se coloco o Alessandro pra fora de casa ou não. – A Catariana parecia mesmo perturbada com a possibilidade de uma nova gestação.

- Vai lá. Eu não sei se chamo o tio Álvaro agora ou depois dos resultados... – A Mel conjecturou nos fazendo rir e aliviando a tensão de ansiedade do momento.

Uma a uma nós entramos e saímos daquele banheiro com a solenidade de um ritual sagrado. Eu confesso que estava um pouco nervosa. A melissa havia esvaziado o aparador que ficava ali naquele corredor e colocou lá seis folhas brancas, cada uma com o nome de uma de nós, era onde deixaríamos os testes para aguardar o resultado. Ela também pegou nossos celulares e cronometrou o tempo de cada uma. Nós fomos nos sentando nos sofás da sala em silêncio, ansiosas, nervosas e cheias de expectativas. Claro que a Melissa colocou o próprio celular para gravar o momento. Ela pensava em tudo mesmo.

- Muito bem! – A Melissa rompeu aquele silêncio profundo. – Cat, hora da verdade, vou pegar o seu teste. Lembrando, meninas, um tracinho é negativo, dois é positivo.

A Melissa trouxe os três testes e entregou para a Cat, que olhou para o primeiro teste e o pânico em seus olhos já revelava o resultado.

- Não acredito! – A Catarina pronunciou com a voz fraca e olhou o segundo teste e rapidamente o terceiro. – Eu vou matar o Alessandro! Eu estou grávida... de novo!

- Você não é velho, é um coroa bonitão! – A Sam riu. – Que vai perder noites de sono para cuidar de um bebê chorando. Eu estou grávida. E eu nem consigo ficar brava ou preocupada, porque eu sei que o Heitor vai ficar eufórico!

- Ai, meu deus, já estou torcendo por uma menina a cara da mãe e com os olhos do pai! – A Melissa riu e foi buscar os próximos testes. – Sua vez, Lisa.

A Lisandra olhou os testes, se recostou no sofá emburrada e cruzou os braços.

- Eu disse que você ficaria chateada. Deu negativo. – A Mel não perguntou, ela tinha certeza e a Lisa confirmou. – Minha linda, ainda dá tempo, é só parar com o anticoncepcional e fazer um filho.

- Você também vai fazer um filho para participar do momento best maternity? – A Lisa perguntou.

- Não, eu vou esperar o Nando se decidir primeiro, vocês sabem... – A Melissa suspirou e foi buscar os testes dela e os meus, eu estava tão nervosa que achei que ela demorou uma eternidade para voltar. – Bom, meninas, como vocês sabem o meu deu negativo. Sua vez, Ana.

A Melissa me entregou os testes, eu estava de olhos fechados, nervosa, com as mãos trêmulas. Um a um, cada um que eu olhei o resultado foi o mesmo, estava acontecendo, eu seria mãe! Eu nem poderia descrever o quão especial era esse momento, eu queria pular, gritar, comemorar, mas eu só fiquei sentada absorvendo as emoções, eu não queria agitar o meu pequeno tesouro dentro da minha barriga, ainda que não passasse de uma ervilha ou um caroço de feijão, já era um bebê se formando dentro de mim, um bebê do homem que eu amava.

- Nossa! Olha a hora! Eu preciso ir, garotas. Marquem seus horários com o tio Álvaro e depois me contem tudo. Beijos! – A Melissa de repente estava com pressa.

- Pra quê a pressa, Mel? – A Cat gritou pra ela que já chegava à porta.

- Estou ajudando a filha adolescente da minha vizinha com a matemática. Ela é péssima! – A Mel respondeu e saiu correndo.

- Ela não parou com esse negócio de ajudar adolescentes com matemática? – O Molina perguntou.

- Nunca vai parar, ela adora brincar de professora. – A Cat riu.

Nos minutos seguintes, o Molina conversou conosco, agendou nossas consultas e me explicou muitas coisas que eu, como mãe de primeira viagem, não tinha idéia. Ele também conversou com a Lisa sobre a possibilidade de que ela demorasse a engravidar depois que parasse as injeções, mas ela estava resolvida. Porém, a essa altura eu só pensava em como contar para o Rick e comecei a ficar com medo que ele não fosse ficar assim tão feliz.

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