Entrar Via

Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 946

“Anabel”

Eu sonhava em me casar, estava disposta a deixar isso de lado se o Rick não quisesse e eu achava que ele não queria, afinal, já tinha sido casado e tinha se decepcionado, isso eu até entendia. Eu abriria mão disso por ele, afinal eu o amava e o que nós tínhamos era muito especial e eu sabia que ele me amava. Mas me pedir em casamento, daquela forma, como se não fosse nada demais, só para resolver um problema e não porque queria se casar comigo, não porque sentia a vontade de se unir a mim legalmente, mas porque achava que isso resolveria um problema? Ah, não, isso era inaceitável, me magoou muito.

- Você está me propondo casamento para me livrar do Leonel? É isso mesmo? – Eu perguntei, dei a chance a ele de se explicar.

- Sim, Ana, juridicamente eu seria a pessoa a tomar decisões por você, se isso fosse necessário, e você sabe que eu jamais te faria mal. Eu não tentaria nada contra você. – E ele explicou, explicou juridicamente. Eu me afastei dele, isso tinha sido desnecessário.

- Ricardo, antes de me casar com você só para me livrar do Leonel, eu entrego tudo o que eu tenho a ele! Agora sai daqui. – Eu estava irritada, magoada e não queria falar com ele naquele momento.

- Ana, o que eu fiz? – Ele ainda tinha coragem de perguntar. Não era possível que era tão apalermado assim.

- Nada, Ricardo, você não fez nada, nunca faz nada. Agora, por favor, me deixa sozinha, eu preciso voltar ao trabalho. – Eu dei as costas pra ele.

- Ana... – Ele tentou se aproximar e me tocar, eu me esquivei.

- Vai, Ricardo! Depois nos falamos, mas agora não. – Eu não conseguia mais falar com ele nesse momento.

Ouvi os seus passos em direção à porta, que foi aberta, e quando eu me virei ele já tinha saído. Eu fui até a porta e a fechei. Agora eu podia sentar e chorar e pensar em como me livrar do Leonel, sem precisar que o Rick fizesse o favor de se casar comigo pra isso.

Depois de me desesperar por alguns minutos, eu decidi ligar para o meu irmão, ele sempre me dava bons conselhos, talvez tivesse um para me dar agora.

- Oi, gravidinha! Como você está? Já tem algum desejo que eu possa realizar para você e o meu sobrinho? – Meu irmão me atendeu logo no primeiro toque, todo carinhoso.

- Ainda não, mas assim que tiver eu te aviso. – Eu ri.

- Que voz de choro é essa, Bel? – Ele quis saber.

- O Dr. Romeu esteve aqui. – Eu contei ao Don tudo o que o advogado havia falado, o medo que eu estava sentindo e o que o Rick fez e como eu me senti.

- O Ricardo é um idiota! – Eu ouvi a voz do Átila do outro lado da linha.

- Ai, Átila, desculpe eu não sabia que você estava ouvindo. – Eu me senti mal, parecia que eu estava fazendo fofoca. – Dá pra fingir que não ouviu nada?

- Querida, desculpe, eu entrei na sala do Don e vocês estavam falando, ele me fez sinal para sentar. Me perdoe se eu invadi a sua privacidade, mas deixa que eu vou dar um bom puxão de orelha no meu filho. – O Átila falava carinhosamente.

- Faça como a sua mãe! – O Átila falou de repente. – Faça um testamento. Mas tome certas precauções, o Dr. Romeu pode te ajudar com isso e ele jamais faria o que o Isidoro fez. E você pode fazer chegar ao Leonel a notícia de que você fez um testamento.

- É uma boa idéia! – Eu comentei.

- E você pode gravar um vídeo e deixá-lo com o testamento, uma mensagem, para que não haja dúvida que você não foi coagida e que estava em perfeito gozo das faculdades mentais quando fez isso. Coloque como testemunhas, pessoas importantes, pessoas as quais o Leonel não conseguiria corromper e que seriam irrefutáveis, você tem amigos a quem pode recorrer. – O Átila pensava rápido e pensava em tudo.

- Átila, eu espero que meu filho puxe a inteligência do avô! – Eu falei e ele riu.

- Ô, Bel, e do tio, não? – O Don brincou.

- O tio não é tão inteligente assim! – Eu brinquei e eles riram. – Muito obrigada por terem me ouvido! Agora eu vou ligar para o advogado. Beijos pra vocês.

Eu liguei para o advogado e ele achou que a idéia era mesmo muito boa, me sugeriu pedir ao Alessandro e ao Patrício que fossem minhas testemunhas, dois empresários respeitados e de moral irretocável, e também ao Flávio, que ainda contava com o fato de ser um delegado, o que o tornava a testemunha perfeita.

O Dr. Romeu me disse ainda que ele mesmo comunicaria a existência do testamento ao Leonel e deixaria claro que qualquer tentativa de me coagir a refazer o documento poderia ser facilmente provada, já que as testemunhas sabiam que eu não deixaria nada para ele, e que assim, eu certamente poderia respirar aliviada. Ele me confirmou que em dois dias me levaria o esboço.

Quando eu desliguei o telefone, eu já respirava aliviada por ter encontrado uma solução que provavelmente colocaria freio no Leonel, mas eu ainda estava chateada com o Rick.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque