“Ricardo”
A Melissa realmente não estava brincando, ela escolheu um excelente restaurante. Mas eu gostei, não o conhecia e já estava pensando em levar a Ana ali para jantar, ela ia adorar as opções de filé com batatas dali. Nós fizemos os pedidos e a Melissa me observou por um momento em silêncio.
- Fala pra mim que você não fez uma besteira muito grande, precioso. – A Melissa falou como se realmente estivesse me fazendo um pedido.
- Não sei. Eu espero que não. – Eu contei a ela sobre o que tinha acontecido e a reação da Anabel diante da minha proposta. A Melissa deu um suspiro alto.
- Tá, foi ruim, mas não foi tão ruim assim. Você tinha boa intenção, mas fez a coisa da forma errada. – A Melissa mexeu no copo de suco a sua frente. – Minha pergunta pra você é: você quer se casar com a Ana?
- Mel, depois de tudo o que aconteceu, eu não acredito mais em casamento. Eu acredito no que eu tenho com ela. – Eu respondi e contei sobre a minha conversa com o Alencar.
- Ai, o Alencar é um fofo! Mas ele é velha guarda, dos tempos em que os homens conquistavam as mulheres com flores, cartas de amor e palavras doces sussurradas a luz do luar, ainda que já fossem suas, eles continuavam conquistando sua mulher todos os dias, com serenatas e coisas assim. – A Melissa sorriu. – Por que os homens não são mais assim? Vocês acham que “ah, já mora comigo, tá bom desse jeito”. – A Melissa fez uma voz engraçada e eu ri, mas percebi que ela estava na mesma situação que eu.
- Mel, está tudo bem? – Eu perguntei.
- Está. Só estou me sentindo estagnada. Mas isso é outra história, voltemos ao seu caso. – A Melissa era habilidosa em tirar a atenção de si, mas eu não estava disposto a desistir de saber como ela realmente estava.
- Não, Mel. Meu caso pode esperar um pouquinho. Eu quero saber de você. O que está acontecendo? – Eu perguntei e esperei.
- Não é nada, precioso. Só que... ah, o príncipe é como você, acha que se já moramos juntos não precisamos nos casar. – Ela estava há muito tempo insatisfeita com isso e só não via quem não queria.
- Mas você quer. – Eu concluí.
- Sim, eu quero. – Ela me encarou firme.
- E porque você quer casar? – Eu queria entender realmente.
- Porque eu amo o Fernando, porque eu sempre sonhei com o meu casamento, um vestido branco, e por tudo o que o casamento significa. E também porque eu quero ser reconhecida como a esposa, não como a namoradinha ou a amásia, nome horrível. Lembra quando ele esteve no hospital, por causa daquela surra que o Junqueira mandou dar nele? – Eu me lembrei do quanto aquilo foi horrível e como a abateu.
- Sim, eu me lembro.
- Pois é, eu tive que esperar o diretor do hospital ligar para a mãe dele e perguntar se eu poderia entrar para vê-lo pois eu não era da família e só poderiam entrar os familiares. – Ela contou e eu não sabia disso e imaginei o quanto deve ter sido difícil, logo para a Melissa, esperar.
- Mas você esteve com ele o tempo todo. – Eu comentei.
- Sim, mas só depois que a minha sogra teve certeza de que, mesmo se eu entrasse, ela também poderia entrar quando chegasse. E ela queria levar o Nando para se recuperar em Campanário e só não levou porque o meu sogro e o tio Álvaro se meteram. E não me leve a mal, eu adoro a mãe do Nando, mas eu não quero passar por isso de novo e quando eu digo isso, não me refiro só a questões médicas, mas a tudo. Rick, namorada não é família, entende a diferença?
- É, entendo. – A Melissa tinha tocado num ponto que eu ainda não havia pensado. De fato o casamento mudava as coisas e o casamento envolvia muitas coisas. – E você já conversou com ele sobre isso?
- Nisso você tem razão. Vou te dar uma dica, vai pra casa e prepara um jantar bem especial, a luz de velas e com uma música bem romântica. Peça desculpas antes do jantar, dance com ela depois do jantar, a faça rir e se sentir amada e segura. Não tem erro. Ah, leve flores e bombons também. Vinho não, porque ela não pode beber, sirva suco de uva em taças. – Era uma boa idéia e era um começo.
- E sobre o casamento? – Eu perguntei, um tanto inseguro sobre o tema.
- Apenas diga que você estava muito preocupado e não estava pensando direito. – A Mel sugeriu.
- Mas eu devo pedi-la? – Eu estava num impasse.
- Hoje não. E se você vai fazer um pedido, isso nós vamos resolver depois, em um outro almoço que você vai me pagar quando puder me dizer se quer se casar com ela e porque você quer se casar. – A Mel era esperta.
- Acho que entendo o que você quer dizer. – Eu aceitei o que ela disse, pois ela estava certa, antes de pedir eu precisava saber se eu realmente queria me casar outra vez.
- Que bom que você não é tão burrinho assim, precioso! – A Mel riu.
Quando eu deixei a Mel de volta na Lince Mundi, eu já sabia exatamente como tornar a noite especial para a Ana. Então eu fui às compras, certo de que ela amoleceria quando visse o que eu iria preparar.
Eu fui para casa e preparei o jantar, arrumei tudo conforme planejado, flores, velas, tudo, e deixei o meu presente sobre a cama. Quando a Ana chegou, eu estava ansioso de um lado para o outro na sala de estar.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......