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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 950

“Taís”

Nossa, mas que hotelzinho decadente esse em que eu me enfiei! Mas, fazer o quê, eu estava com pouco dinheiro e até convencer o Rick a me bancar pelo menos até que o Heitor me devolvesse o emprego, eu teria que me submeter a isso.

Logo que eu cheguei dei de cara com um homem esquisito e meio bêbado, entrando no elevador apertado, acompanhado de uma prostituta, sim, porque com aquele cabelo vermelho que parecia uma peruca de plástico e aquele vestido da cor do cabelo, que não cobria nem o necessário, parecendo que tinha sido todo recortado com um estilete e ainda tinha aquelas cordinhas laterais para deixá-lo enrugado, ah, aquilo só poderia ser uma prostituta. E eu fingi que não vi que ela mascava um chiclete como se fosse uma vaca ruminando no pasto.

Mas no dia seguinte eu encontrei aquela figura de novo, outra vez no elevador, no meio da tarde, com outro homem duvidoso, dessa vez um velho que mal parecia aguentar ficar de pé e eu me perguntei o que ele ia fazer com uma prostituta. Mas a criatura teve o desplante de se dirigir a mim.

- Oi, mana! Tu é nova aqui, né?! – Ela mascava um chiclete e remexia uma mecha daquele cabelo medonho. – Eu te fraguei ontem. Me fala, tá procurando ponto ou tá querendo assim uma casa de meninas?

Eu olhei para ela chocada, não sei se estava mais horrorizada por ela achar que poderia falar comigo ou se por ela achar que eu era uma prostituta.

- Em que buraco eu vim parar... – Eu suspirei e dei as costas para aquela dupla estranha.

- Ih, ainda não situô! A rameira tá achando que é especial só porque é novidade. – A prostituta riu.

- Menina, vem com a gente, eu pago bem, cinquenta pela hora. – O velho decrépito me olhava como se fosse arrancar a minha roupa ali mesmo.

- Eu não sou puta, vovô! – Eu respondi e me encolhi no canto.

- Ah, tá valorizando o passe, gatão. Mas não vai demorar a cair na real. – A prostituta riu. – Culega, se mudar de idéia, me procura lá no meu ponto que eu te ajudo, te dou umas dicas. Eu não sou rancorosa, acho que a gente tem que se ajudar. Meu ponto é aqui na esquina de baixo.

Eu precisava sair desse buraco logo, não dava pra conviver com esse tipo de gente. O elevador abriu a porta no andar e eu desci correndo pra não me impregnar com aqueles odores terríveis de perfume barato, conhaque de péssima qualidade e cigarro de procedência duvidosa.

- Tchau, mana! – A prostituta ainda gritou e riu antes da porta do elevador se fechar.

Fechei depressa a porta do quarto e puxei a mesinha para fazer uma barricada, pois aquela porta parecia muito frágil. Tirei o celular da bolsa e liguei para o meu pai.

- Me diz que descobriu o que eu pedi. – Eu falei assim que ele atendeu.

- É, descobri. O Rick vendeu mesmo a casa. – Meu pai falou e parecia não querer me dar todas as notícias de uma só vez.

- Que merda! E onde ele foi morar? Eu preciso do novo endereço, não dá pra ficar aqui nesse hotelzinho fuleiro que o seu amigo indicou, prostitutas frequentam esse lugar. – Eu falei irritada.

CASAL 5 - Capítulo 133: O novo endereço do ex marido 1

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