Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 951

“Ricardo”

Tinha sido um alívio me desculpar com a Anabel, eu detestava quando ela se chateava comigo, ficava louco para resolver, para que as coisas estivessem bem entre nós. No fim, eu acabei me dando conta de que a coisa do casamento está muito mais na minha cabeça do que na dela, deve haver alguma razão para eu pensar tanto nisso. Talvez eu devesse me perguntar por que não ao invés de me perguntar por que me casar de novo.

Com a cabeça em ordem e as coisas em paz com a Ana, agora eu precisava cuidar do meu trabalho. E era o que eu estava fazendo, quando o telefone sobre a minha mesa tocou.

- Rick, é o Danilo. Preciso da sua orientação. – Eu já achei estranho o chefe de segurança da empresa me ligar.

- O que houve, Danilo? Algo com a Ana? – Eu já estava me levantando pra ir atrás da Anabel.

- Não, ela está bem, está na sala dela. É outra pessoa. – O Danilo pareceu estar sem graça em me dizer o que queria.

- Pode falar, Danilo, qual é o problema? – Eu fechei os olhos, mas lá no fundo da minha mente eu já imaginava o que era.

- A Taís está lá na portaria. Ela fez um escândalo na recepção porque foi impedida de entrar no edifício. Os seguranças a tiraram da recepção, mas ela está gritando lá fora, fazendo um escândalo e eu não sei o que fazer. – À medida que o Danilo foi falando, eu fui afundando na cadeira, como eu pude me enganar tanto com essa mulher.

- Mas será que essa mulher nunca vai me deixar em paz? – Eu conjecturei, mas precisava dar um jeito nisso. – Deixa que eu vou até lá resolver, Danilo.

- Vou mandar mais dois seguranças pra lá, Rick, caso você precise de apoio. – Ele avisou e eu agradeci.

Eu precisava me livrar da Taís antes que ela chegasse até a Anabel. Me levantei e saí depressa da minha sala, tão depressa que até esqueci o paletó, o que não era comum pra mim. Quando eu saí do elevador no térreo eu já pude ouvir os gritos estridentes da Taís e minha irritação cresceu.

Quando eu coloquei o pé do lado de fora do prédio, ela me encarou com um sorriso cínico e parou de gritar. Eu a olhei por um momento e nem de longe a mulher em minha frente lembrava a mulher com quem eu fui casado. Ela estava magra demais, quase esquelética, havia cortado o cabelo na altura dos ombros e eles agora exibiam um tom quase alaranjado. As roupas que ela usava eram de péssimo gosto, justas e decotadas demais, e a maquiagem era quase como se ela fosse uma caricatura assustadora de uma boneca de porcelana.

- Oi, ex marido! Voltei! – Ela se dirigiu a mim, muito confiante de que tinha conseguido o que queria.

- Jura? Mas perdeu seu tempo, não tem nada aqui pra você. – Eu respondi, sem humor, com a voz totalmente fria.

- Claro que tem! Tem muita coisa aqui pra mim. E eu vou começar cobrando o que você me deve. – Ela tinha a empáfia de me dizer que eu a devia algo, essa mulher estava muito louca.

- Taís, eu só vim até aqui pra te dar a chance de ir embora sem fazer mais escândalos... – Eu comecei a dizer, mas ela deu uma gargalhada alta e desagradável.

- Ah, querido, mas eu não estou nem aí para o escândalo, eu fazer todo o escândalo que eu puder e quiser, até que você faça o que tem de fazer. – Ela respondeu.

E eu que achava que a coisa não poderia ficar pior, estava muito enganado. Eu me dei conta de que a coisa ficaria caótica quando ouvi a voz da Anabel atrás de mim e aí eu senti um medo quase paralisante de que a Taís fizesse algum mal a Anabel.

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