Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 955

“Anabel”

Era tão difícil que a vida fosse assim, que pais errassem tanto com seus filhos a ponto de deixar essas feridas gigantes abertas. Eu não sabia se poderia perdoar o Leonel, o mais provável é que eu nunca pudesse. Mas eu também não sabia se poderia acreditar no que ele me disse. A única coisa que eu tinha certeza é que a vida dos meus filhos seria diferente, eles seriam cercados de amor e alegria.

O Rick me levou para o sofá e se sentou comigo, me acalmando, me acalentando. Logo a Sandra apareceu com uma xícara de chá e insistiu para que eu bebesse, dizendo que faria mal ao bebê que eu ficasse tão nervosa. Eu tomei o chá e ela levou a xícara de volta para a cozinha, deixando a mim e ao Rick sozinhos outra vez.

- Calma, minha vida, não permita que ele te afete tanto assim. Não faz bem para o nosso bebê e muito menos para você. – O Rick falava baixinho comigo e ele tinha razão.

Eu foquei no meu bebê, no quanto eu estava ansiosa pela consulta, na alegria de ter uma vida crescendo dentro de mim. E eu fui me acalmando, até que eu me senti completamente calma, ou quase. Eu já tinha feito tudo o que podia para manter o Leonel longe, eu tinha seguranças, eu tomava cuidado e eu fiz o testamento. Agora eu tinha que viver a minha vida e deixar o pesadelo que eu vivi para trás.

- Nós temos que nos arrumar ou chegaremos atrasados para a consulta. – Eu falei me erguendo do aconchego que o Rick me dava.

- Será que o Molina vai fazer um ultrassom hoje? – O Rick me perguntou com os olhos brilhando.

- Ele me disse que provavelmente sim. Ai, anda, eu quero ver meu bebê! – Eu me levantei e puxei o Rick do sofá.

Uma hora depois nós nos encontramos com nossos amigos na sala de espera do consultório do Dr. Molina no hospital. Eu era a única ali grávida pela primeira vez, provavelmente a mais ansiosa, e eu apertava a mão do Rick e me remexia na cadeira.

Eu olhei para as meninas e vi a Sam naquela calma de sempre, como se nada a abalasse, enquanto o Heitor tinha a mão apoiada em sua barriga. A Manu e o Flávio estavam rindo de algum nome idiota que o Flávio já pensava em colocar na criança. Já a Cat, essa estava tensa, enquanto o Alessandro segurava a sua mão e dizia que não importava quantos bebês fossem, eles teriam amor de sobra para todos. O olhar da Cat para ele quando o ouviu dizer que não importava quantos fossem era um aviso de perigo.

- Muito bem, queridas, quem será a primeira? – O Dr. Molina apareceu na porta do consultório sorrindo.

- Nós decidimos que será a Ana. Ela é a mamãe de primeira viagem aqui e deve estar muito ansiosa. – A Sam falou e eu fiquei surpresa, não esperava que elas tivessem essa gentileza e a percepção da minha ansiedade.

- Ai, meninas, obrigada! – Eu sorri e me levantei.

A consulta foi tranquila, o Molina deixava a gente tão calmo com aquela voz constante, numa frequência que emanava paz e alegria. Como ele tinha pedido os exames com antecedência, nós nem tivemos que esperar, ele já tinha os resultados em mãos e foi nos explicando tudo e dizendo como as coisas seriam dali por diante. Então, finalmente ele falou o que eu queria:

- Você vai poder fazer seu primeiro ultrassom. – Ele sorriu pra mim. – A enfermeira vai te ajudar a se trocar e a deitar, enquanto isso eu converso um pouco com o papai.

Assim que eu me deitei o Molina e o Rick apareceram e o exame começou. Aquele gel espalhado na minha barriga e o transdutor foi passando pra lá e pra cá. Depois de um momento o Dr. Molina sorriu.

- Mas isso é ótimo! Já começamos com boas notícias. – O Dr. Molina comentou.

- O que foi, doutor? – Eu estava aflita.

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