Entrar Via

Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 960

“Irina”

Eu já estava quase sem fôlego de tanto gritar, aquele velho depravado morto em cima de mim, sua saliva pegajosa escorrendo em meu peito e eu ainda sentia aquela coisa dele dentro de mim. Que nojo! E eu nem consegui empurrá-lo, ele parecia estar pesando uma tonelada. Eu já estava chorando de desespero. Eu morreria ali lentamente debaixo daquele defunto e ninguém viria me ajudar. Mas aí eu ouvi o barulho na porta.

- Por favor, me ajuda, ele morreu! – Eu implorei mais uma vez e finalmente aquela governanta burra entrou no quarto.

- Credo! – Ela levou a mão à boca, fechou os olhos e virou a cara para o outro lado.

- Sua estúpida, vem aqui! Tira esse morto de cima de mim e me solta. – Eu exigi e ela me olhou por um momento, como se estivesse em dúvida se deveria se aproximar ou não. – ANDAAA!

- Calma, D. Irina, também não precisa gritar. – Ela se aproximou, tocou nele com a ponta do dedo umas três vezes e nós ouvimos um grunhido. – Acho que ele está vivo. Eu vou chamar a ambulância.

Ela tirou o próprio celular do bolso, ligou para a emergência e relatou a situação, informando que, considerando o tempo que eu fiquei gritando, ele deveria ter passando mal há mais de uma hora.

- Eles já estão a caminho, D. Irina! – Ela respondeu, mas colocou o celular no ouvido outra vez. – Sr. Donaldo. Sim sou eu. Acho melhor o senhor vir, seu pai passou mal e parece que está morrendo. Eu já chamei a ambulância. Sim, senhor. Até já, senhor.

- Pra quê você ligou pra ele sua estúpida? – Eu estava olhando para aquela estúpida sem acreditar no quanto era estúpida.

- Ué, mas é o filho dele... – Ela me olhou com aquela cara de idiota.

- ESTÚPIDA! Anda, tira ele de cima de mim. – Eu exigi. – E acha as chaves dessas algemas e me tira daqui.

- Desculpa, senhora, mas o médico da emergência falou que não pode mexer nele. Aguenta firme, eles já vão chegar! – Ela teve a coragem de falar isso pra mim. Ah, mas ela ia ver só.

- EU QUERO MAIS É QUE ELE MORRA, SUA ESTÚPIDAAAA! – Eu gritei e nesse momento o idiota do Donaldo entrou no quarto.

- É bom saber, Irina! – O Donaldo me olhou como se estivesse com nojo de mim.

- FODA-SE, SEU IDIOTA! TIREM ESSAS ALGEMAS DE MIM! – Eu estava cheia de raiva, completamente irada. E eles não se mexiam, era como se eu não estivesse presa naquela maldita cama.

- Há quanto tempo ela está gritando? – O Donaldo perguntou para a governanta.

- Há mais de uma hora, senhor. – A governanta respondeu.

- É, problema nos pulmões ela não tem. – O Donaldo comentou e se eu pudesse teria arremessado algo bem pesado na cabeça dele. – Onde estão as chaves das algemas, Irina.

- EU NÃO SEEEIII! ESSE VELHO ESTÚPIDO ME PRENDEU AQUI E ESCONDEU ESSAS MALDITAS CHAVES! – Eu estava chorando de raiva outra vez.

- Eu vou procurar. – O Donaldo se virou e começou a revirar o quarto a procura das chaves. Mas parecia não estar em lugar nenhum.

Logo o som da sirene da ambulância foi ouvido e a governanta foi até o andar de baixo recebê-los. Eu estava desesperada pra que tirassem o quase defunto de cima de mim, enquanto o Donaldo procurava as malditas chaves. Mas assim que os socorristas entraram no quarto o Donaldo parou de procurar e começou, junto com a governanta, a responder as perguntas deles. Mas ninguém se movia para tirar o quase defunto de cima de mim.

- TIREM DE CIMA DE MIM! – Eu gritei.

- Calma, senhora, as coisas precisam ser feitas com cuidado. – Um dos socorristas falou.

Eu me levantei cheia de esperança e fui até a sala. Meu dia já tinha começado tão bem com a morte iminente do velho, só poderia ficar melhor. Mas eu tinha que caprichar na cara de tristeza.

- Doutor, bom dia. Meu marido foi internado em péssimas condições ontem, está a beira da morte. Mas o senhor pode falar comigo. – Eu falei com toda a gentileza.

- Sim, D. Irina, eu já soube, mas eu estou aqui justamente para falar com a senhora. Oficial, por favor. – O advogado indicou o homem que o acompanhava.

- Bom dia, senhora, eu sou oficial de justiça e estou aqui para intimá-la de uma ação de divórcio. – O homem se aproximou, mandou eu assinar o papel em sua prancheta e depois se despediu do advogado e se retirou. Eu fiquei olhando aquele papel aturdida.

- O Leonel pediu o divórcio? Mas é um velho cretino mesmo. Ainda bem que está quase defunto! – Eu ia rasgar aqueles papéis, mas o advogado me interrompeu.

- Eu, se fosse a senhora, não faria isso. O Sr. Leonel ainda está vivo e como ele me passou uma procuração me dando controle sobre os assuntos legais dele e, no caso do divórcio, ele me deu poder suficiente para decidir e assinar por ele. – O advogado me alertou.

- E o que isso significa? – Eu quis saber, não estava entendendo.

- Significa que, enquanto ele não morrer, mesmo que fique inválido, eu tenho poderes para continuar com a ação e como eu sei que era o que ele queria, sugiro que a senhora procure um advogado. – O advogado sorriu parecia estar muito satisfeito em poder me atormentar.

- Mas isso é um ultraje! O meu marido está entre a vida e a morte no hospital. – Eu tentei comovê-lo, só agora me dava conta de que me precipitei na frente daquele homem.

- Sim, mas a senhora não se importa com isso. Passar bem, senhora! – O advogado deu as costas e saiu dali.

Eu precisava que o Leonel morresse antes que esse divórcio acontecesse. E eu precisava ir imediatamente a esse hospital saber o que estava acontecendo. Depois eu iria lá na casa do Lucas, tirar a limpo aquele vídeo que o Leonel me mostrou, ele ia ter que me explicar direitinho o que aconteceu entre ele e a Ilana e quantas vezes aconteceu.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque