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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 959

“Taís”

Eu fiz mais programas do que pensei que pudesse dar conta. Tinha ganhado um dinheiro, mas não era suficiente para pagar aquela pocilga onde eu estava hospedada e, além de dar quase todo o dinheiro que ganhei para o gerente, ainda tive que fazer um programa com ele a troco dele continuar segurando a minha dívida no hotel.

Mas até que o gerente se mostrou útil. Ele conhecia todos aqueles tipos estranhos que circulavam por ali e eu precisaria de ajuda de uns tipos duvidosos para fazer umas coisas. O primeiro que ele me apresentou foi o rapaz que entregava flores numa van, pois eu disse que precisava entrar em um lugar cheio de segurança.

- O que tu quer? – O rapaz me perguntou quando ficamos sozinhos na salinha fedida do gerente.

- Quero entrar em um condomínio de bacana. – Eu falei.

- Ó, se for pra roubar ou qualquer parada dessas eu tô fora. Já marchei na cana e não quero voltar, tô recuperado. – O imbecil começou a falar e eu não estava nem aí se ele estava recuperado ou não.

- Eu só quero entrar, depois que eu estiver dentro você pode se mandar. – Eu falei.

- Tá, isso é fácil. Conhece o nome de alguém nesse lugar pra eu entregar umas flores? – Ele perguntou.

- Sim, eu conheço. – Eu já estava sorrindo, foi muito fácil.

- Tá, vai custar cem. – Ele falou e eu o encarei chocada.

- Eu não tenho esse dinheiro. – Eu respondi.

- E eu não trabalho de graça. Vou ter que colocar gasosa no possante pra ir até lá. Se quiser, o preço é esse.

- Mas eu não tenho esse dinheiro.

- Ai, tá bom. O parça me falou que tu faz programa e que faz um boquete responsa, então tu faz o programa completo pra mim e eu te levo onde tu quer.

Pra quê que eu ia negar? Pelo menos esse cara era um tipinho razoável. Assim que eu concordei ele se levantou e abaixou a calça, ia ser ali mesmo, naquele escritoriozinho muquifo e fedorento do gerente. Que fosse, pra quem fez programa no beco escuro no fim de semana, aquilo ali era luxo. Mas eu estava me sentindo um caixa eletrônico pagando minhas contas assim.

Depois do programa o rapaz me levou até o condomínio. Me fez vestir um colete da floricultura e um boné, me disse que eu tinha que parecer funcionária da flora, pois a van seria revistada e realmente foi, ele só teve que convencer o segurança que eu tinha deixado o documento em casa, e quando ele falou que tinha flores para a Catarina Vergara Mellendez, o segurança logo sorriu e deixou entrar.

Ele entrou e me deixou na porta da casa do Rick, uma mansão. E eu me ressenti por ele não ter comprado aquela casa pra mim. Eu merecia! Agora eu só tinha que esperar o Rick chegar do trabalho. Então eu me escondi do outro lado da rua e fiquei esperando.

Já tinha escurecido quando um carro preto luxuoso parou em frente ao portão da garagem da casa e esperou que fosse aberto. Aquele não era o carro do Rick! Eu levei menos de meio segundo para raciocinar melhor. Acorda, Taís, ele trocou de casa, imagina de carro! Eu atravessei a rua correndo, no momento em que o portão foi aberto e entrei junto com o carro.

- Mas o que é isso? – O Rick desceu do carro furioso ao ver que era eu.

- Oi, ex marido! – Eu sorri para ele. – Eu te disse que você não tinha se livrado de mim!

- Você está maluca, Taís? Perdeu completamente o juízo? Como você entrou no condomínio? – Ele quis saber.

- Você é que está maluco se acha que vai viver nesse luxo todo e esquecer de mim. Isso aqui é tudo meu por direito! – Eu gritei pra ele.

Eu já estava me preparando para o primeiro golpe, quando ouvi a voz do Átila.

- Meninas, não vale à pena. – O Átila falou com desdém. – Esse tipo só vai sujar vocês. Essa ratazana não vale nem o tempo e nem o esforço.

- É, o senhor tem razão! – Aquela tal de Sandra parou.

- Veja bem, Taís, eu estou salvando a sua pele repugnante aqui. Então seja grata e desapareça. Felizmente não te cabe mais nas nossas vidas! Olha pra você ver, meu filho reconstruiu a vida dele. Encontrou um amor, um de verdade, uma boa moça que o faz feliz e vai dar a ele o que ele sempre quis, uma família, filhos, um lar! Escuta o meu conselho e some, ou da próxima vez eu te levo direto para a cadeia e vou cuidar para que desapareçam com a chave da cela. – O Átila não ameaçava em vão.

O carro da segurança do condomínio parou ao nosso lado e três seguranças saíram dele e dois me seguraram com uma força desnecessária.

- Isso não vai ficar assim, Átila! – Eu falei para ele e ele deu um sorriso frio e intimidador.

- Levem o lixo pra fora rapazes e descubram como ela entrou aqui. – Ele ordenou aos seguranças que me colocaram dentro do carro como se eu fosse um saco de batatas.

Só quando estava dentro do carro eu percebi todas as pessoas que estavam ali, a família do Rick e aquele grupinho detestável de amigos. E ao canto, ao lado do Rick, o Alessandro olhava com desprezo pra mim.

- AAAA!!! EU ODEIO TODOS, TODOS! – Eu gritei e comecei a chorar.

- Pode parar com o ataque de pelanca, bandida! Ou eu calo tua boca com o cano da minha arma dentro dela. – O Segurança que se sentou ao meu lado avisou. – Odeio mulher que grita!

Eles me levaram para fora do condomínio, se afastaram de lá pelo menos uns dez quarteirões e me atiraram na sarjeta. Simplesmente o que estava ao meu lado abriu a porta e me empurrou pra fora, me fazendo cair. Naquele momento eu era só raiva e desejo de vingança e eu decidi que faria o que eu sempre quis, eu acabaria com o Átila.

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