Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 970

“Irina”

A Viviane estava parada, com os braços cruzados e um olhar de desafio para mim. Ela parecia estar com muita raiva. E em minha frente a Valéria parecia com tanta raiva quanto a filha.

- Ué, Irina, o que você vai fazer? Você vai se virar! Como todo mundo. Mas aqui você não fica! Além do mais, a sua filhinha quase me colocou na cadeia! – A Viviane estava bufando de raiva. Mas que hora ruim para essa garota chegar.

- Viviane, eu nem sabia o que a Ilana estava aprontando. – Eu respondi.

- Ah, sabia, sabia sim! Sabia, porque o dinheiro que ela me pagava vinha de você! E você gostava bem de todas as maldades que ela armava para a mosca morta da Anabel. – A Viviane respondeu. Não adiantaria argumentar com ela.

- Valéria, você não pode me deixar na rua, você precisa me ajudar! – Eu apelei para o bom senso da Valéria.

- Sabe qual é a sua sorte, Irina? É que você sempre foi bonita. Ao contrário de mim que sempre fui meio desajeitada. Mas você não, parecia uma boneca angelical com esses cabelos loiros. E a vida boa que o velho te deu fez você manter a sua beleza. – A Valéria destacou e ela tinha razão, eu era linda, desde criança, e eu continuava linda!

- Mas isso não vem ao caso, Valéria. – Eu estalei a língua.

- Vem sim, porque você pode voltar as raízes, Irina, pode voltar lá para o sobe e desce e viver como as nossas mães viviam. – A Valéria sugeriu e eu olhei pra ela chocada.

- Você está louca? Eu nunca fui uma prostituta! Lembra da promessa que fizemos? – Eu a lembrei da promessa que fizemos no abrigo, quando ainda éramos crianças, de que nunca seríamos como as nossas mães.

- Sim, Irina, eu me lembro e eu nunca fui uma prostituta, sempre trabalhei, fui empregada, faxineira, manicure, fiz de tudo o que apareceu, menos vender o meu corpo. Já você, querida, você quebrou essa promessa há muito tempo. O que você acha que você era do velho? Esposa? No papel até poderia ser, mas na verdade mesmo, você se vendeu pra ele, você se prostituiu todos os dias enquanto esteve casada com ele. E ele não foi o primeiro, não é mesmo, que te levou pra cama porque você queria algo em troca?! – A Valéria estava louca se pensava que ia falar comigo desse jeito.

- Ora, sua... – Eu ergui a mão para esbofeteá-la, mas ela segurou o meu pulso.

- Agora chega! Fora da minha casa e esquece que eu existo. – Ela me olhou furiosa.

Eu tentei falar, tentei lutar, mas aquelas duas me seguraram com força e me jogaram na rua como se eu fosse um monte de lixo. Me deram as costas e voltaram para dentro de casa.

- VOCÊS DUAS SÓ TEM UM TETO GRAÇAS A MIM! – Eu gritei, mas elas não deram importância.

Três vezes em um dia! Eu fui expulsa três vezes em um único dia. Expulsa, achincalhada, humilhada. A única sorte que eu tive foi conseguir pegar aquele dinheiro na lata de açúcar antes que o Lucas me colocasse na rua.

E agora, o que eu iria fazer? Eu precisava de um lugar para passar a noite, precisava de um celular novo, alguns itens básicos... precisava comer alguma coisa. E eu não tinha tanto dinheiro assim, naquela lata não tinha mais que cinco mil, era o valor que eu dava por semana para aquele cretino do Lucas. Eu precisava de um hotel bom e barato. Mas antes eu tinha que conseguir um taxi, porque é claro que ali naquela rua não passaria nenhum.

Eu caminhei, outra vez, dando graças a deus que eu estava usando uma sapatilha quando aqueles cretinos chegaram em minha casa, porque se eu estivesse de salto, com toda essa peregrinação, meus pés estariam em carne viva. Eu nem sei por quanto tempo andei, mas quando finalmente eu encontrei um taxi eu já estava exausta.

- O senhor pode me indicar um hotel bom e barato? – Eu pedi e notei o homem me examinar pelo retrovisor.

- Olha, dona, os baratos não ficam numa região muito boa não. – Ele informou.

- Imagino que não. Só me leve pra um que seja limpo e barato. – Eu pedi e me recostei.

CASAL 5 - Capítulo 154: De volta as origens 1

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