“Flávio Moreno”
Eu estacionei em frente a casa da tal Viviane, a ex amiga da Ilana. Aquela moça havia ficado revoltada com a amiga que a colocou naquela furada. A Viviane tinha sido muito colaborativa conosco no caso da Ilana, veríamos se a mãe seria igualmente colaborativa, isso considerando que ela fosse a mesma Vanessa que eu precisava encontrar.
- Ah, não! – A Viviane fechou os olhos e deu as costas quando me viu parado do lado de fora da sua porta.
- Isso é alegria em me ver, Viviane? – Eu fui sarcástico e ela estalou a língua.
- Por mais gato que você seja, delegado, eu sei que não está aqui pra me chamar pra sair. – A Viviane respondeu. – O que foi agora? Em qual roubada você vai me colocar?
- Relaxa, Viviane, eu nem trouxe a Mel hoje! – Eu respondi e entrei na casa quando ela autorizou.
- Melissa... aquela ali é doida. – Eu não podia discordar, mas eu achei graça.
- Sua mãe está em casa? – Eu perguntei sem rodeios.
- Não, ela não está. O que ela aprontou? – A Viviane cruzou os braços à frente do corpo.
- Nada. Por enquanto. Eu só quero saber qual o nível de amizade entre a Irina e ela. – Eu joguei a isca, como se tivesse absoluta certeza de que as duas fossem amigas.
- Se a Irina fez alguma coisa, minha mãe não tem nada com isso. – A Viviane se apressou em dizer. – Minha mãe considerava a Irina como uma irmã. Até que deu aquele rolo todo com a Ilana e ela falou umas verdades pra gente.
- As duas brigaram? – Eu observei bem a Viviane.
- A Irina apareceu aqui outro dia. Acredita que aquela falsa veio de mala e cuia? Disse que ia morar aqui. Minha mãe a colocou pra correr e as duas estão brigadas. – A Viviane explicou e riu. – A Irina ficou na rua.
- Por que a sua mãe apresentou o Leonel para a Irina? – Eu perguntei e a Viviane me encarou.
- Mas a minha mãe não apresentou o Leonel pra Irina. – A Viviane franziu a sobrancelha. – A Irina que apareceu lá na casa e se ofereceu para o Leonel. Minha mãe trabalhava lá e ganhava bem, a patroa era muito boa, mas a Irina apareceu lá um dia, pedindo dinheiro para a minha mãe e o Leonel a viu. Claro que ela se interessou pelo Leonel, quer dizer, não por ele, mas pelo dinheiro.
- Sua mãe não quis continuar a trabalhar na casa dos Lancaster? Depois que a Irina se tornou a patroa? – Eu ia fazendo as perguntas naturalmente, sem criar alarde, como se estivéssemos apenas conversando.
- Sabe que eu nunca entendi porque a minha mãe saiu de lá? O emprego era bom, ela falava que tinha tanta empregada que ela quase não tinha o que fazer. – A Viviane respondeu enquanto roia a unha. – Mas por que tanto interesse nisso delegado?
- Nós estamos investigando as condições em que o Leonel sofreu o AVC e eu só queria entender como a Irina o conheceu. – Eu inventei, não queria assustar a Vanessa, eu precisava que ela colaborasse e não se sentisse ameaçada.
- Essa interesseira da Irina vai continuar infernizando a minha vida? – Uma mulher abriu a porta e já entrou reclamando. – Eu nunca vou conseguir me livrar dessa sombra. Quem são vocês?
- Mãe, esse é o delegado Moreno, ele quer saber... – A Viviane começou a explicar, mas a mãe a interrompeu.
- Eu ouvi o que ele quer saber. – A mulher se sentou. – Por que o senhor não pergunta para a própria Irina, delegado?
- Porque eu preciso perguntar para quem testemunhou também. Além do mais, a sua amiga sumiu. – Eu não tinha conseguido encontrar a Irina, desde que ela foi colocada pra fora de casa.
- Sim, eu estava lá, como todos os outros empregados. A filha encontrou a mãe morta. A mulher tomou um monte de comprimidos. E fim da história. – De repente a Vanessa ficou mais ríspida, tinha algo ali que ela não contou.
- A senhora disse que deixava a Irina entrar escondida. Naquele dia a Irina entrou na casa? – Eu perguntei.
- Não! – Ela se limitou a dizer. Ela não revelaria mais nada, então eu me levantei.
- D. Vanessa, muito obrigado. A senhora me ajudou muito. Tenha uma boa tarde. – Eu agradeci e saí dali com a Renatinha.
- E agora, delegado? Ela não revelou nada. – A Renatinha me olhou decepcionada.
- Ela revelou muito, Renatinha! Liga para o Bonfim e pede pra ele mandar uma viatura descaracterizada pra cá, vamos ficar de olho na nossa nova amiga. – Eu falei se eu bem conhecia esse tipo, ela ficaria preocupada e uma hora ou outra iria cometer um erro.
- Só isso, delegado? – A Renata me encarou sem entender porque eu estava sorrindo.
- Nós vamos voltar para a delegacia e descobrir como e quando a Vanessa comprou essa casa. Ela disse que a Irina jogou na cara dela que é graças a ela que a Vanessa tem essa casa. – Eu sabia que encontraria alguma coisa aí.
- E nós não vamos atrás da Irina? – A Renata perguntou.
- Por enquanto nós só vamos descobrir se ela está mesmo no sobre e desce. – Eu já estava pensando em algo.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......