“Irina”
Como a vida era injusta, eu acabei indo parar no lugar que eu mais temi a minha vida inteira. Nos primeiros dias, com o dinheiro que eu peguei de volta do Lucas, eu até consegui me virar, pensei que ia conseguir minha casa e minhas coisas de volta antes que o dinheiro acabasse, mas não foi o que aconteceu.
O Advogado tirou todas as minhas esperanças de reaver tudo o que era meu e eu precisei me virar. E como é que uma mulher se vira naquele lugar? Vendendo o corpo. Então eu assumi a “Roxane Pantera” e fui ganhar a vida. Mas agora eu estava aqui, presa, em frente ao mesmo delegado que prendeu a minha filha. Nossa, eu não via a Ilana há tempos, só que eu tinha ainda mais horror da cadeia do que da vida de prostituta.
Mas esse delegado estava louco se achava que eu ia abrir a minha boca. Eu nem sabia quem era Vanessa.
- Abaixa a voz, Irina, ou eu vou anotar um desacato na sua ficha também. – O delegado falou em tom de aviso.
- Ah, anota o que quiser! Mas eu não conheço nenhuma Vanessa. – Eu respondi.
- Mas a sua filha garante que você conhece e que foi assim que ela conheceu a Viviane, porque você é amiga da mãe dela. – O delegado explicou.
- Mas a mãe da Viviane é a Valéria. – Eu olhei para ele sem entender.
- Não me enrola, Irina. – O delegado me encarou.
- Gente, mas eu não estou te enrolando. O nome da mãe da Viviane é Valéria. – Eu insisti, aquele delegado estava muito confuso. – E sim, a Valéria eu conheço desde que nasci.
O delegado me encarou e saiu da sala. Eu fiquei sentada ali esperando o que pareceu uma eternidade, até que ele voltou.
- Aqui, D. Irina, a sua amiga se chama Vanessa, já tem alguns anos, desde que ela estava grávida, pois o companheiro a agredia. – Ele colocou uma folha de papel em minha frente onde constava que a Valéria havia trocado o nome e o sobrenome.
- Mas eu nunca soube disso. Por isso que ele nunca conseguiu encontrá-la. – Eu exclamei surpresa.
Eu fiquei olhando aquele papel e me lembrando de outros tempos. Aquele homem sempre me dava dinheiro para contar para ele onde a Valéria estava com a menina, mas quando ele chegava no lugar onde ela estava morando ela já tinha desaparecido e ninguém nunca sabia informar nada sobre ela.
Aí eu levava um tempo para encontrá-la de novo, mas para a minha sorte ela sempre gostou de mim e sempre me ligava e contava onde morava, eu ia visitá-la passava uns dias na casa dela e quando eu me cansava a entregava para o ex. Ele havia me prometido que se colocasse as mãos nela, me levaria para morar com eles e me sustentaria também, mas a Valéria dificultou tanto. Pena que agora ele estava morto, porque ele me tiraria daquele sobe e desce por essa informação.
- E esse sorrisinho, Irina? Lembrou de alguma coisa? – O delegado me perguntou e eu olhei para ele impaciente.
- Nada que seja da sua conta. – Eu respondi.
- Muito bem, então vamos falar da morte da Antônia? – Ele perguntou.
- Não, obrigada! – Eu olhei para ele com desdém.
- Tudo bem! Renatinha leva pra cela e vai buscar a Vanessa. – Ele chamou uma policial e eu olhei para ele intrigada.
- Ela está aqui? A Valéria está aqui? – Eu quis saber, mas ele apenas deu um meio sorriso enigmático. – Aquela traidora! Ainda bem que eu a traí primeiro. Pode contar pra ela, delegado, era eu que a entregava para o ex. Toda vez que ela sumia ele me dava dinheiro para contar onde ela estava com a criança.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......