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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 989

“Ricardo”

A descoberta sobre a verdade da morte da Antônia Lancaster abalou a Anabel mais do que eu esperava, nos primeiros dois dias ela sentiu muita raiva e foi quase impossível convencê-la a não ir ao presídio ver a Irina. Felizmente o Dr. Romeu não fez o que ela pediu e o meu pai a convenceu de que o melhor seria não ver aquela mulher nunca mais.

Depois ela passou dias sentindo uma tristeza que me preocupou extremamente, eu tive medo que ela perdesse sua alegria. Mas então ela quis visitar o túmulo da mãe, levou flores, se sentou na grama e chorou muito ao lado daquela lápide, pediu perdão por ter ficado com raiva quando pensou que ela tinha se matado e fez uma prece para que sua mãe estivesse em paz.

Quando saiu dali, ela havia deixado a tristeza naquele lugar. Ela sentia falta da mãe, sempre sentiria, mas deixou de se apegar as coisas ruins e tristes e apenas se concentrou nas coisas boas e felizes. Quando ela voltou a sorrir, foi como se um peso enorme fosse retirado do meu peito e os dias voltaram ao normal.

- Meu coração, eu estava pensando naquela Ruby, que o Flávio disse que ajudou a encontrar a Irina. – A Anabel me falou enquanto voltávamos para casa depois de um dia de trabalho.

- Sabe que eu também tenho pensado nela. – Eu confessei. – O Flávio disse que ela e a Taís se tornaram amigas e a Taís a convidou para ir morar com ela e sair da vida que leva.

- Isso seria bom pra ela. – A Ana sorriu.

- Sim, mas para isso ela precisaria de dinheiro e um suporte inicial. – Eu comentei e suspirei. Há muitos dias eu vinha pensando em algo.

- Bom, mas se ela tem vontade, o dinheiro não deveria ser um problema, nós poderíamos ajudá-la, afinal, a gente tem um dinheirinho guardado. – A Ana tinha no rosto um sorriso de empolgação.

- Eu estava justamente pensando nisso! – Eu lhe sorri de volta. – Mas eu estava pensando em algo um pouquinho maior.

- Me conta! – Ela pediu.

- Eu fiquei pensando sobre os motivos que levam uma pessoa a essa vida e eu sei que são muitos e eu não tenho nenhum direito de julgar, cada um faz o que quiser da própria vida, desde que não prejudique ninguém. Mas eu sei que tem muitas garotas que, como a Ruby, querem deixar isso pra trás e eu gostaria de ajudar. Vocês mulheres são tão incríveis para estarem submetidas a degradação que essa vida pode oferecer, isso me deixa desconcertado. – Nos últimos dias eu tinha lido muita coisa sobre prostituição e queria poder ajudar de alguma forma àquelas que não estavam felizes nesse caminho.

- Você tem alguma coisa em mente. – Ela estreitou os olhos.

- Eu pensei em fazer uma parceria com a Ruby, nós ajudamos a Ruby a sair dessa vida e depois a Ruby nos ajuda a ajudar outras mulheres que também queiram sair e não consigam seja lá por qual motivo for. Eu sei que é pouco ajudar uma aqui e outra ali, mas cada um que possa ser ajudado pode multiplicar o bem depois. O que você acha?

- Eu acho que eu me casei com o homem mais incrível e generoso do mundo! – Ela sorriu e eu fiquei desconcertado com o seu elogio. – E acho que nós podemos fazer isso, mas que também podemos fazer algo muito maior, tipo uma fundação.

Eu olhei para ela rapidamente, curioso com a sua proposta ousada. Ela estava com os pensamentos acelerados, eu podia ver isso.

- Rick, nós temos meios para construir algo assim, um lugar em que elas possam tanto buscar ajuda para sair da prostituição, quanto para criar seus filhos com dignidade, ter a ajuda que precisarem, se precisarem. Nós podemos criar um lugar seguro. E nós conhecemos um monte de riquinho que vai aceitar nos ajudar. – Ela riu da brincadeira sobre nossos amigos que certamente embarcariam nessa com a gente.

- Eu acho que eu me casei com uma mulher extraordinária! – Eu sorri para ela. – Meus pais podem nos ajudar com isso.

- Nós vamos fazer isso? – Ela perguntou e eu senti a animação em sua voz.

- É, eu acho que vamos! – Eu concordei. – Mas vamos começar resolvendo a situação da Ruby?

- Então, marido, vamos ao sobe e desce! – Ela deu uma risadinha divertida.

- Não, esposa, nós vamos lá para a delegacia pedir a ajuda do delegado Moreno. Vai ser mais fácil se ele nos ajudar a encontrar as meninas. – Eu ri.

Eu parei o carro e liguei para o Flávio e expliquei o que queria, ele disse que era para irmos para a delegacia que ele encontraria a Ruby e suas amigas. Então eu liguei para o meu pai e expliquei rapidamente o que nós estávamos pensando em fazer e ele disse que nos apoiaria. Quando entramos na delegacia eu recebi uma mensagem do meu pai que me fez sorrir.

- Meu pessoal já está trazendo as meninas. – O Flávio contou depois que nos sentamos. – E eu quero ajudar também, a Ruby é uma boa pessoa.

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