Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 998

CASAL 6: UMA CHANCE PARA O AMOR

Capítulo 1: A noite do casamento

“Fernando”

Eu estava chegando a conclusão de que a qualquer hora a Melissa iria me matar enquanto eu estivesse dormindo e sumiria com o meu corpo. Bem, pelo menos isso seria melhor do que ela me deixar. Mas que escolha eu tinha depois de receber uma chamada urgente do meu trabalho? E o pior de tudo é que quem ligou foi o meu chefe, com uma ameaça de demissão, então não era um pedido.

Eu saí do casamento do Rick frustrado por deixar meus amigos num momento tão especial para eles, mas principalmente por deixar a Melissa sozinha em uma festa, isso era imperdoável! Eu não sei como ela não ficou furiosa, só me disse para ir logo. Talvez fosse melhor ela ter ficado furiosa, eu a conhecia bem demais para saber que quando ela parava de brigar era porque ela ia virar a página, a Melissa só brigava pelo que ela queria ou o que fosse importante para ela.

Com todos esses pensamentos, quando eu parei meu carro no estacionamento da empresa, meu coração estava gelado de medo de que ela me mandasse para o inferno. Mas eu tinha uma responsabilidade com o trabalho também, então eu teria que pensar num jeito de compensar a Melissa depois.

- Jennifer, o que é tão urgente que eu tive que sair da festa de casamento de um amigo para estar aqui? – Eu comecei a falar assim que vi a irmã do meu chefe sentada em sua mesa, apenas com a luz de uma luminária acesa.

Eu não estava nada feliz em estar ali. Minha vida na empresa ficou muito complicada desde que a Jennifer começou a trabalhar aqui. Ela era irmã do meu chefe e eles eram sobrinhos do dono. No início ela era até simpática, mas não estava se saindo muito bem, então o meu chefe me designou para ensiná-la o trabalho e ajudar no que ela precisasse. E eu não me importaria, se ela não fosse tão sem talento para o trabalho e estivesse invadindo demais o meu espaço e os meus horários de folga.

- Ai, Nandinho, que bom que você chegou! – Ela me recebeu com uma euforia desnecessária, como se não tivesse percebido que eu estava irritado por estar na empresa num sábado à noite.

- Jennifer, eu já te pedi para me chamar pelo meu nome, por favor. – Eu pedi mais uma vez, já tinha perdido as contas de quantas vezes já tinha pedido isso.

- Ai, Nandinho, é sábado à noite, relaxa! – Ela tocou o meu braço e eu me afastei.

- Não importa que dia é, Jennifer, nós não somos amigos e você ainda é a irmã do meu chefe. Então, por favor, é Fernando. – Eu insisti.

- Ah, senta aí! – Ela estalou a língua como se não ligasse para o que eu tinha dito. – Eu preciso de ajuda para terminar esse relatório, eu tenho que entregá-lo segunda na primeira hora e eu quero arrasar, mas eu não estou conseguindo sozinha. – Ela fez um beicinho.

Eu tive vontade de dar as costas e voltar para a festa de casamento do Rick, mas eu me lembrei que o meu chefe ameaçou que se eu não fosse e ajudasse com o que ela precisava eu nem precisaria aparecer na segunda, pois estaria demitido. E eu não me dediquei tantos anos nessa empresa para ser demitido por uma bobagem como essa.

A verdade é que eu detestava o meu chefe, ele mal sabia conduzir o departamento e foi uma injustiça com um funcionário que estava na empresa a vida inteira e praticamente carregava o departamento nas costas, ele era o substituto natural do chefe anterior, que era o pai do atual e da Jennifer. Aliás, o pai deles era uma ótima pessoa, mas ele se aposentou e o filho foi colocado no lugar dele e logo trouxe a irmã, parecia que unicamente para me infernizar.

Esse era o problema de algumas empresas familiares, não importava a competência ou o conhecimento do negócio, o seu lugar ao sol era garantido pelo sangue. Talvez por isso eu me recusasse tanto a ir trabalhar no hospital da minha família, eu não queria tirar o lugar de quem realmente merecia e trabalhava para que aquele lugar fosse a referência em saúde no país.

Eu me sentei ao lado da Jennifer e comecei a ler o que ela tinha feito, era um desastre total. Seria muito mais difícil eu corrigir aquilo do que levar para casa, fazer um novo e entregar a ela na segunda de manhã. E eu ainda conseguiria voltar para a Mel.