“Melissa”
Eu saí da cama e o Fernando estava dormindo profundamente, com certeza passou a noite acordado, fazendo o quê é que era a questão. Ele disse que estava trabalhando e eu ainda acreditava nele, mas ultimamente ele estava trabalhando demais, o que me fazia suspeitar que havia algo diferente nesse trabalho.
Eu dei uma última olhada para ele antes de sair, eu tinha um compromisso, então deixei um bilhete sobre o criado mudo e fui para o apartamento no andar de baixo.
- Oi, mestra! – A Giovana abriu a porta do apartamento.
Ela era uma adolescente de quinze anos, com muita dificuldade em aprender matemática e ainda mais interesse em garotos, então eu a ajudava com a matemática e dava umas dicas sobre os garotos. Ela era uma menina incrível, que a mãe abandonou com o pai porque foi morar com o namorado na Austrália, mas a Gi não se abalou com isso, o pai era ótimo com ela e ela era uma garota feliz e curiosa.
- Oi, Gi. Eu me atrasei um pouquinho, desculpa. – Eu dei um beijinho no rosto dela antes de entrar.
- Se eu tivesse um namorado gato como o seu eu nem teria vindo! – Ela falou com um sorrisinho travesso.
- Se seu pai escuta isso você nunca vai ter um namorado. – Eu ri.
- Meu pai é velho, Mel, acha que eu só vou ter um namorado quando tiver a idade dele. – Ela revirou os olhos. Uma típica adolescente que acha que todo mundo fora da sua faixa etária ou é velho ou é criança.
- Seu pai não é velho, ele é só seu pai. – Eu brinquei com ela. Na verdade o pai da Giovana tinha trinta e oito anos apenas, mas era totalmente dedicado a filha, quando não estava no trabalho.
- Então, ele é velho. – Ela sorriu e fechou a porta.
- Sua prova é amanhã, você fez os exercícios que te passei ontem? – Eu perguntei.
- Já está tudo sobre a mesa, mestra. – Nós nos sentamos e eu comecei a corrigir os exercícios. – Como foi o casamento ontem?
- O casamento foi lindo e os seus exercícios mostram que você está muito melhor. – Eu respondi apagando o brilho de curiosidade dos olhos dela.
Na verdade eu não queria falar sobre o casamento ou sobre como fui deixada pelo meu namorado que teve que voltar para o trabalho. Nós já tínhamos repassado a matéria e eu estava deixando mais alguns exercícios para ela fazer quando a porta do apartamento foi aberta.
- Mas olha que agradável surpresa! – O pai da Giovana entrou.
- Sai pra lá, você está todo suado. – A Giovana repeliu o pai que parecia ter acabado de se exercitar.
- Oi, Meli! Dormiu bem? – Ele me encarou com um sorriso amplo.
- Oi, Rafa! Dormi bem sim. Obrigada por ontem. – Eu retribui seu sorriso e agradeci mais uma vez a carona que ele me deu pra casa depois da festa do casamento.
Sim, o Rafael era o dono do bar onde a Anabel e o Ricardo se conheceram. Isso é porque o mundo é pequeno e eu descobri esse fato muito por acaso enquanto dava aulas de matemática para a Giovana.
- O que você fez por ela ontem? – A Giovana logo quis saber.
- Não te interessa, pulguinha. Mas, me interessa saber como anda a sua relação com a matemática. – Ele encarou a filha que bufou.
- Você nunca me conta nada. – Ela reclamou.
- É porque eu sou velho! – Ele respondeu com uma ironia que fez a filha bufar e eu ri.
- Ela está se saindo bem melhor, Rafa. Acho que teremos uma nota na média amanhã. – Eu respondi olhando para a Giovana que sorriu satisfeita, até ela já estava cansada das notas vermelhas.
- Ainda não teremos um dez? Acho que você precisará passar mais tempo aqui, Meli. – Ele deu uma piscadinha pra mim.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......