Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 156

Resumo de Meu remédio (II): Como odiar um CEO em 48 horas

Resumo de Meu remédio (II) – Uma virada em Como odiar um CEO em 48 horas de GoodNovel

Meu remédio (II) mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Como odiar um CEO em 48 horas, escrito por GoodNovel. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

Ben sentou ao meu lado. Deitei a cabeça no ombro dele, que abraçou-me, apoiando a cabeça sobre a minha.

- Ele me chamou de covarde.

- E eu concordo com ele.

- O que eu faço?

- Vai atrás dele.

- Não... Não consigo. Eu tenho medo... E o que ele fez com a Perrone ainda ecoa na minha cabeça.

- Talvez realmente não esteja preparada para dar este passo com ele.

- Eu o amo.

- Não adianta dizer para mim, nem para si mesma. Precisa contar a ele.

- Talvez eu nunca consiga... Como se isso fosse sinal da minha fraqueza.

- Vai perdê-lo.

- Quando vamos partir?

- Estou com tudo organizado para no máximo quatro dias.

- Já avisou o síndico?

- Sim. Ele disse que o aluguel está pago até o final do mês. Mas parece que já teve alguém interessado pelo nosso apartamento. A possibilidade de estar nos esperando quando voltar é quase impossível. – ele olhou para a porta do nosso lar.

- Isso também me dói. Foi uma vida aqui.

- Boas e más lembranças... Mas sempre estivemos juntos.

- Onde Salma foi?

- Eu... Sinceramente não sei. Talvez tenha esquecido de comprar algo.

- Ela não deve ficar subindo e descendo as escadas. E o repouso?

- Você sabe muito bem como ela é. Não obedece a ninguém.

Suspirei, triste, chateada e parecendo sentir o peso do mundo na minha cabeça.

Eu quase havia feito sexo oral nele, se não fosse Ben e Salma terem chegado. E por que não fiz antes? Nunca mais o tocaria novamente. E sabia o quanto era importante aquilo para Heitor. E nunca quis tanto fazer uma coisa com relação a sexo quanto chupá-lo, da forma como sabia que ele queria.

- Vamos entrar. – Ben me ajudou a levantar.

Fui para o meu quarto, mas não consegui arrumar mais nada. Deitei na cama e por sorte nem Ben nem Salma foram me chamar para nada. Creio que tenham percebido que eu queria e precisava ficar sozinha.

Eu odiava chorar. Mas não consegui me controlar. Chorei por um bom tempo, achando que talvez daquela forma eu conseguisse amenizar um pouco a dor que sentia. Era um misto de sentimentos e indecisões dentro de mim que eu não sabia como agir.

Ouvi uma leve batida na porta e Salma colocou a cabeça para dentro:

- Oi.

Salma, por sua vez, estava no telefone e tenho certeza de que era falando com Daniel.

Eu? Fui para o meu quarto afogar as mágoas novamente.

Deus, o que eu estava fazendo com a minha própria vida? Perdendo o homem que eu amava por conta de um orgulho bobo que eu nem sabia se valia a pena. Afinal, vivi oito anos sem saber o que era isso: orgulho, amor próprio, felicidade. Mas infelizmente, era exatamente este ponto que me deixava completamente indecisa e amedrontada de seguir ou não. Afinal, Heitor havia deixado tantas dúvidas, feito tantas porras, que me impediam de me jogar de cabeça. Sim, talvez eu tenha “só molhado os pés” naquela relação, como ele chegou a afirmar. A questão é que eu já havia me afogado anteriormente, por isso minha fobia de água... Ou seja, amor.

Enfim, acho que tudo deu errado. E talvez era para se assim. Afinal, odiei ele à primeira vista. Então não foi um caso romântico de amor à primeira vista e sim ódio. O problema é que aquele sentimento mudou completamente em pouco tempo e tomou conta de mim. O que levei daquilo? O sexo foi perfeito e jamais me senti tão bem e livre ao lado de um homem no ato sexual.

Heitor se importava com o meu prazer, com o que meu corpo sentia ao toque do dele. Me fez ver estrelas e ter orgasmos que jamais imaginei ter antes, daqueles que faz você gritar, revirar os olhos e pensar que seu corpo e o coração jamais voltarão ao normal novamente.

Jamais eu aceitaria novamente fazer sexo sem estar com vontade, sentindo um pau entrar rasgando não só minha boceta, mas também a minha alma, me deixando pensar que transar era algo ruim e sentir prazer era impossível. Cheguei a pensar que a endometriose era a culpada por tudo, quando na verdade era a porra do parceiro que escolhi, que além de acabar com a minha vida, deixou marcas no meu corpo. Hoje eu entendia literalmente o sentido da palavra “estupro”. Foi assim que vivi por no mínimo uns seis anos da minha vida. E ainda tentava entender o que me levou a aceitar tudo que Jardel fez, sendo que sequer o amava. Medo, insegurança, autoestima inexistente, abuso psicológico, abuso físico, me botar em risco de vida... Nem todos os antidepressivos e anti ansiolíticos eram capazes de fazer eu passar uma borracha naquele passado que me assombrava, por mais que eu quisesse esquecer.

Por isso vinha a insegurança e o medo de me relacionar com Heitor e passar por tudo de novo. Se eu sabia que ele era diferente? Claro que sabia. O problema era minha mente entender aquilo.

Por hora, a viagem era o melhor a fazer. Me afastar talvez fosse o remédio que eu precisava, para voltar forte e enfim poder dizer sim, sem fazê-lo pagar por algo do qual ele não tinha culpa: meu passado.

Eu não disse que amava Heitor, quando todo meu corpo e minha alma pertenciam a ele... Eu não o chupei, quando tudo que minha boca queria era o pau dele... E eu não morreria sem sentir o gosto de sua porra e minha língua no seu pau.

Aquele homem simplesmente era o remédio para todas as minhas doenças e ao mesmo tempo ao ler a bula, detalhava tantos efeitos colaterais que fiquei insegura e deixei a caixinha de lado, com medo.

Como certa vez disse meu psiquiatra, quando temi tomar o medicamento tarja preta em função do que poderia me causar:

- Naquela bula existem absolutamente “todas” as possíveis reações que o medicamento pode causar. Não necessariamente você irá ter aqueles sintomas ao usar o remédio. A maior probabilidade é que não os tenha e se tiver, serão alguns, nos primeiros dias. Depois se acostumará e o benefício que eles lhe trarão farão com que não haja mais dúvidas com relação à sua eficácia.

Ok, Heitor. Você foi o início do tratamento. E deu várias reações adversar nas primeiras doses. Então vou deixar a caixinha de lado, sabendo que preciso tomar para me curar, ao mesmo tempo que procuro segurança para fazer uso regularmente e seguir o tratamento.

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