Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 159

- Isso não é um sonho, Bárbara. É real. E amanhã você vai estar sóbria e infelizmente talvez não lembre de nada do que houve aqui.

Tirei as mãos dela da minha gravata e afastei-me com dificuldade.

- Está com fome? – perguntei.

- Só de você.

Caralho! Eu teria que ser muito forte para não tirar a roupa dela e beijar cada centímetro da sua pele antes de fodê-la com toda a minha força.

Virei de costas e respirei fundo. Nunca usei da bebedeira de uma mulher para me aproveitar, embora muito já tenha sido abusado por elas pela minha condição ao beber demais.

Ela se remexeu na cama e voltei, retirando seus sapatos, a fim de deixá-la mais confortável.

- Dorme, Bárbara.

- Só se for com você. Deita do meu lado.

Suspirei e retirei meu sapato, deitando ao lado dela, o mais longe que consegui. Ela rolou até mim, rindo enquanto levantava o peito, tentando se apoiar nos braços, mal conseguindo manter os olhos fixos nos meus.

- Eu gosto de sonhar com você – falou. – Adoro seus olhos.

- Adoro você. – Toquei o rosto dela.

- Eu preciso ir embora para sempre... Porque tenho que esquecê-lo.

- Só porque quer... Não seria necessário, se você não fosse tão covarde.

Ela não aguentou segurar a cabeça com as mãos e deitou novamente.

- Me abraça, Heitor. – pediu, com a voz baixa.

Retirei minha gravata e desabotoei o botão da calça, me sentindo mais confortável. Estava cansado, física e mentalmente. Havia sido um dia difícil e cheio de coisas para resolver na North B.

Olhei para as costas dela e levantei seus cabelos. Aquela tatuagem do Bon Jovi em seu pescoço simplesmente me deixava fascinado. Era uma mistura de força e determinação com inocência e delicadeza. Quando percebi, meus lábios estavam no colorido da tinta. Beijei cada centímetro da pele desenhada e depois passei minha língua, percebendo o corpo dela arrepiar-se ao meu toque.

- Eu gosto quando você faz isso... – ela confessou, soltando um gemido contido.

- Eu gosto de fazer isso. – A abracei, aproximando meu corpo de dela, não resistindo.

- Quero fazer amor com você – ela falou, sem virar para mim. – Porque eu não faço sexo com você... É amor.

Caralho, eu não vou conseguir me conter. É mais forte que eu. Senti meu pau entrar em ebulição em segundos, querendo pular para fora da calça.

- Não posso fazer isso... Não com você neste estado. Amanhã a primeira coisa que você faria seria me matar. – Garanti.

- Não vou... – falou, com dificuldade.

Alisei seu braço levemente, percebendo os pelos eriçarem.

- Eu vou ficar louca... – ela disse, empinando a bunda minha direção.

- Não...

Ela pôs a mão para trás, tentando encontrar meu pau. Puxei seu corpo de encontro ao meu e comecei a roçar-me na sua bunda, lambendo a parte das suas costas que se encontrava desnuda.

- Tira a roupa. – Ela disse, enquanto tentava virar para mim.

A apertei com força, impedindo-a de virar na minha direção. Não era seguro.

- Vamos dormir. – Falei.

- Eu quero dormir com você.

- Eu vou dormir aqui, prometo.

Percebi que ela relaxou o corpo, se dando por vencida. Depois de um tempo disse:

- Que porra de sonho, desclassificado mor. Nem na imaginação você consegue fazer as coisas certo.

- Sou mesmo um idiota. Não tem o que fazer quanto a isso. – Alisei seus cabelos e ela fechou os olhos. – E você gosta de mim justo por eu ser um idiota.

- Você pode me abraçar? – ela pediu.

Relaxei meu corpo e deixei o braço envolvê-la de forma mais suave, colocando o nariz no seu pescoço e sentindo seu cheiro.

- Boa noite, Bárbara.

- Boa noite, Heitor. Eu amo você.

- O quê? – quase gritei, sentindo meu coração bater tão forte como jamais fez em toda minha vida.

- Amo você, desclassificado. Mas jamais vou assumir isso quando não for um sonho... Um sonho perfeito.

Eu ri:

- Amo você, Bárbara... Mais do que qualquer outra pessoa no mundo inteiro.

Ela pegou minha mão e levou ao seu peito. Pegou no sono em minutos.

Fiquei um tempo, junto dela, querendo que aquele momento fosse eterno. Como eu queria ela para sempre ao meu lado. Imaginei se algum dia eu enjoaria de Bárbara ou sentiria para sempre aquele amor que chegava a me esmagar por dentro.

Percebi que ela havia ferrado no sono e levantei. Fiquei um longo tempo observando-a, virada para o lado de fora da cama, os cabelos claros espalhados por todo o travesseiro branco, a boca levemente aberta. Bárbara era completamente perfeita, até dormindo. Por mais que eu quisesse admitir para mim mesmo que havia perdido aquela mulher, era difícil aceitar.

Abri a porta envidraçada e fui para a área da piscina. Estava um pouco frio na rua e o vapor da água quente da piscina cobria grande parte do ambiente, criando um ar levemente triste. Ainda mais pela solidão que eu vivia nos últimos dias, impulsionada a levantar da cama diariamente somente movido pelas lembranças, e quase sem esperanças de ser feliz novamente.

Novamente! Ri de mim mesmo. Não existia a palavra “novamente” para uma coisa que não existiu antes.

Sentei na espreguiçadeira e abri um espumante que estava imerso no gelo. O uísque que tomei quando soube que ela estava no cemitério durante a noite não foi suficiente. Porque eu me preocupava mais com Bárbara do que comigo mesmo. E por isso deixei Anon responsável por cuidá-la, mesmo de longe. Sim, abri mão do meu segurança, que se certificava de cada passo que eu dava de forma segura, em nome dela.

Sorvi o líquido gelado por inteiro e logo enchi a outra taça e em seguida a terceira. Quando acabou, entrei novamente na suíte e peguei a garrafa de uísque. Sim, eu precisava de algo mais forte para que conseguisse olhar para o amor da minha vida, deitada na cama, tão próxima, e não poder fazer amor com ela.

Voltei para a espreguiçadeira, ao lado de fora, para minha própria segurança.

Peguei meu telefone e liguei para Ben.

- Alô... Thor? – ouvi a voz dele surpresa do outro lado da linha.

- Boa noite, Ben. Estou ligando para avisar que estou com Bárbara. E ela está bem. Assim que curar a bebedeira, libero ela.

- Como assim? Babi está bêbada? O que houve? Ela procurou você?

- Não. Eu a peguei no cemitério de Noriah Norte... Bebendo no túmulo da mãe.

Houve um breve silêncio do outro lado da linha antes de ele dizer:

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