Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 161

Não lembro de tê-la visto tão suscetível a mim desde que nos conhecemos. Bárbara tentava sempre se manter forte e firme, mas ela também tinha suas fraquezas. E a bebida talvez fosse uma delas.

- Eu nunca mais vou beber vinho... Nunca, a vida inteira. Minha cabeça dói... E tudo está rodando... Muito rápido.

Levei-a ao box e abri o chuveiro, deixando a água gelada. Ela gritou e tentou se afastar assim que sentiu a água.

Retirei sua roupa, tentando não ficar duro. Mas foi impossível.

- Vamos fazer amor agora? – ela arqueou a sobrancelha debochadamente.

- Depois. – Me ouvi dizendo.

Caralho, quem é você, Heitor? Quando na sua vida recusou uma mulher nua querendo você?

A questão é que ela não era qualquer mulher. Ela era a mulher da minha vida, a única que eu amava e não sei se sentiria por outra o que eu sentia por ela.

A empurrei levemente para baixo do chuveiro e ela acabou aceitando a água gelada. Levou quase cinco minutos para apertar a bisnaga de shampoo, parecendo não saber como fazer aquilo. Peguei uma escova dental e cobri de creme, entregando-lhe. Ela começou os dentes e se não fosse eu retirar a escova das mãos dela, não sei se me devolveria até o final da noite.

Desliguei o chuveiro e a enrolei na toalha, pegando-a no colo e depositando-a na cama. Claro que eu queria poder enxugá-la... Mas meu corpo não responderia por mim.

- Ei, desclassificado, é agora que você me come? – ela perguntou, acompanhando-me com o olhar debochado enquanto eu deitava ao lado dela.

Me afastei um pouco. Estávamos ambos nus, usando somente toalhas para nos cobrirmos.

- Não... Não agora – alisei o rosto dela. – Acho que castigar você pode não ser tão ruim assim.

- Desclassificado da minha vida... Pode dizer que me ama? – me olhou. – Mesmo que seja só nos meus sonhos...

- Eu amo você, Bárbara. E isso não é a porra de um sonho.

Ela fechou os olhos e suspirou:

- Eu amo você, Heitor. E eu consigo dizer isso... Pelo menos nos meus sonhos – sorriu. – Estou cansada... E com sono.

Nunca imaginei que palavras pudessem ser melhor do que sexo. E sim, eu “eu te amo” saindo daquela boca perfeita, bem desenhada e macia talvez fosse melhor que a tê-la chupando meu pau.

- Então durma. – Alisei seu rosto, quase não conseguindo terminar a frase.

- Quando eu acordar a gente vai fazer amor? – questionou mais uma vez, certamente não lembrando que já havia dito aquilo.

- Como eu queria que sim... Queria que fizéssemos amor todos os dias... Várias vezes a cada dia, na minha cama, na sua cama, na nossa cama.

- Você vai ficar com a minha calcinha? – Não abriu os olhos, parecendo quase apagando.

Eu ri:

- Vou, vou ficar com sua calcinha.

- Mas... Agora não tem mais anel... Você devolveu. Ou não? Acho que... Posso estar confusa.

- O anel é o de menos. Posso comprar outro. Fica comigo... Não parta. Seja minha mulher.

Ela não respondeu. Toquei o rosto dela novamente e não houve reação.

- É bom poder dizer coisas que você não vai lembrar amanhã – beijei os lábios dela. – Me dá uma coragem insana.

Ela gemeu e virou para o outro lado, deixando a toalha destampar seu corpo. Suspirei e levantei, indo até a poltrona novamente. Abri as pernas e peguei meu pau duro feito pedra, movimentando-o apertado na minha mão, como se estivesse dentro dela, sentindo sua pele macia pegando fogo, a boceta molhada e quente.

Eu conseguia sentir exatamente como se estivesse tocando-a... Meu pau cabia perfeitamente na sua boceta e imaginava-me comendo-a de quatro. Não levou muito tempo para eu gozar.

Eu era um homem que podia ter qualquer mulher e estava na porra do motel mais caro do país, me masturbando enquanto a mulher que eu queria dormia. Tudo porque eu não queria tocá-la sem que ela estivesse ciente do que estava fazendo.

Tomei um banho, troquei de roupa e parei na frente dela. Dei-lhe um beijo nos lábios e ela nem se mexeu:

- Amo você. Boa viagem. Que você encontre o que tanto busca... E volte logo para mim.

POV BÁRBARA

Assim que abri os olhos, minha cabeça doeu, como se tivesse uma faca cravada do crânio até a testa.

Olhei ao redor e reconheci a suíte da North B., que eu havia estado com Heitor há tempos atrás. Como fui parar ali?

Sentei e olhei ao redor. Não havia sinal de ninguém ali. E se eu fechasse os olhos, só via Heitor na minha frente e a leve impressão de ter estado com ele... Lembrava de sua voz mansa e delicada... Sua mão no meu rosto, ternamente.

Olhei para o lado e vi três comprimidos numa bandeja, junto de uma taça com uma garrafa de água e uma rosa vermelha, levemente florescendo, saindo de um perfeito botão. Um bilhete:

Tome os analgésicos e se sentirá melhor. Espero que tenha pelo menos leves lembranças de tudo que me falou na noite passada. Antes que queira me matar por se encontrar nua, juro que nada aconteceu, a não ser alguns beijos, que simplesmente não resisti.

Eu queria muito que você ficasse, mas como sei que isso não vai acontecer, desejo que tenha uma boa viagem. Espero que não me esqueça, independente do tempo que passar. Do seu desclassificado mor.

Eu não lembrava exatamente de tudo que eu havia dito... Porque para mim tudo não passava de um sonho. Mas eu tinha dito que o amava... Porra, eu disse. Lembro exatamente daquela frase, porque achei que ele não estava ali de verdade.

Eu sabia que não havíamos transado. Meu corpo sentia. Porque já fui tocada enquanto estava bêbada ou mesmo dopada... E sempre soube exatamente o que tinha acontecido quando acordava.

Eu estava aturdida, confusa em como tinha parado ali. Lembrava de ter ido ao cemitério, levada por Daniel. Então abri o vinho... E tomei a garrafa inteira sozinha, a minha parte e a da minha mãe. Depois tinha lembrança de Heitor, seu colo e... Alguns flashes. Como ele sabia que eu estava lá? Como parei ali?

Tomei um banho e pus minha roupa. Óbvio que não tinha calcinha. Ele tinha levado. Pelas minhas contas, era a quarta que ele pegava. Mas tinha me devolvido 3. Então precisava de 9 novamente.

Me peguei rindo sozinha. Como eu queria poder me entregar de corpo e alma àquele homem que era verdadeiramente o amor da minha vida. Mas eu era a porra de uma mulher que ficou forte como uma rocha... Mas não queria passar por aquele turbilhão de novo. Eu estava num momento da minha vida que não era sobre estar com alguém. Mas sobre estar comigo mesma e me dar o amor que eu precisava e merecia.

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