Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 169

Resumo de POV Salma: Como odiar um CEO em 48 horas

Resumo de POV Salma – Como odiar um CEO em 48 horas por GoodNovel

Em POV Salma, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Como odiar um CEO em 48 horas, escrito por GoodNovel, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Como odiar um CEO em 48 horas.

Assim que acabou minha apresentação, desci do palco de vidro e fui para o camarim. Meu coração batia descompassado e eu sabia que não era de cansaço ou adrenalina da noite. Era medo e ansiedade que eu sentia naquele momento.

Eu deveria estar retirando a maquiagem e me preparando para ir embora. Mas não naquela noite.

Algumas das dançarinas conversavam e eu fiquei ali, me encarando no espelho. Já houve uma época que não gostava de ser ruiva. Hoje eu me aceitava e sabia que justo pelo fato de eu ser ruiva, chamava a atenção de alguns homens. Nem as sardas me incomodavam mais e meu olhos verdes já foram comparados a esmeraldas.

Mas eu não queria mais chamar a atenção de todos homens. Eu só queria a atenção de um: Heitor Casanova. A questão é que o canalha jamais olhou na minha direção. Dentro da Babilônia, ele só tinha olhos para Cindy e ninguém mais.

- Acha que ela fez “macumba” para ele, Salma?

- Oi? – olhei na direção das meninas, que limpavam a maquiagem dos rostos.

- Em que mundo você está? – elas começaram a rir.

- Acreditem: neste. – Respondi.

- Ayla disse que acha que Cindy fez “macumba” para o senhor Casanova.

- Daquela, não duvido nada. – falei.

- Vai embora ou ficar? Pensamos em comer juntas hoje.

- No drive 24 horas. – Uma delas disse.

- Hoje eu vou ficar um pouco aqui... Tentar descolar um cara legal. – Sorri, nervosamente, parecendo que todos sabiam o que eu planejava fazer naquela noite.

- Hum, então boa sorte. – As três saíram.

Olhei no relógio e já eram três horas. O show de Cindy e das outras garotas do pole dance estava atrasado, como sempre. Eu sabia que aquilo era de propósito, para que o público ficasse ainda mais ansioso.

Uma das meninas que dançavam ao lado de Cindy entrou no camarim. Já estava vestida, ou melhor, quase não vestida, porque aquilo não se podia chamar de vestimenta. Dançavam praticamente nuas.

- Você tem um batom com brilho para me emprestar? – ela perguntou.

Peguei meu gloss e levantei na direção dela, que pegou e passou nos lábios, rapidamente, enquanto se olhava no espelho. Me devolveu:

- Obrigada. Você salvou minha noite.

- Vocês já vão entrar?

- Cinco minutos e entraremos. Vocês voltam ao palco hoje?

Babi era doce, meiga e cheia de sonhos. O carinho que ela e a mãe tinham uma com a outra era a única coisa que eu invejava nela.

O tempo me fez conhecer afeto e amor naquela família, que me acolheu como se eu fizesse parte dela, mesmo que não passasse tanto tempo lá.

Um ano depois que meu pai foi embora, minha mãe trouxe um homem desconhecido para morar na nossa casa. Desde a primeira vez que o vi, não gostei da forma como ele me olhou. Mas meu lar era um lugar onde não se podia falar o que pensava. Aceitava-se o que tinha ou ia embora.

Depois que eu completei quatorze anos, numa noite, fui acordada com ele, meu padrasto, ao meu lado, na cama. Ele tapou minha boca e enfiou os dedos por dentro da minha calcinha, me tocando para satisfazer-se. Meus irmãos dormiam no mesmo quarto. Nunca tive certeza se viram o que ocorreu.

Era raro encontrar minha mãe sóbria para contar que o homem que a fodia todas as noites, tinha me tocado sem meu consentimento. Então eu contei para Babi, que quis imediatamente que eu morasse com ela e Beatriz. Mas fizemos um pacto que assim que pudéssemos, alugaríamos um apartamento na capital, seríamos ricas e com os homens aos nossos pés, com bons empregos e uma vida igual a das mulheres solteiras que viviam nas cidades grandes, como mostrava nos filmes.

Eu sabia que Beatriz dava um duro danado para manter a casa. Eu seria uma boca a mais para ela sustentar. Sem contar que morávamos próximos e minha mãe jamais aceitaria que eu deixasse nossa casa para morar com outra família, quase vizinha.

Eu não fui mais visitar meu pai, conforme os anos se passaram. Alguns dos meus irmãos também se recusaram conforme foram crescendo. E assim perdi contato com ele, completamente.

Depois do episódio da noite na cama, meu padrasto me surpreendeu no banho num final de tarde, trancando a porta. Novamente a mão tampou a minha boca e se masturbava enquanto seu pau nojento tocava minha bunda. Nunca houve penetração, mas os abusos começaram a ser cada vez mais frequentes.

Antes de completar 15 anos, transei com um garoto que mal conhecia, porque não queria que minha virgindade fosse perdida com o meu padrasto. Então comecei a passar boa parte do tempo na rua, transando com garotos da minha idade, bebendo e fazendo todo tipo de loucura, para evitar voltar para casa cedo.

Mas por que transando? Motéis eram os locais mais seguros para garotas como eu. Antes garotos da minha idade, que pagavam por um Motel e uma noite de sexo, do que ser surpreendida pelo canalha filho da puta que dormia com a minha mãe diariamente.

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