Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 176

Resumo de Que porra você fez, Babi? (II): Como odiar um CEO em 48 horas

Resumo do capítulo Que porra você fez, Babi? (II) de Como odiar um CEO em 48 horas

Neste capítulo de destaque do romance Romance Como odiar um CEO em 48 horas, GoodNovel apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

- Maconha. É natural e você, mais do que ninguém, sabe dos efeitos. – Sorriu debochadamente.

- Os dois. – Falei nervosamente, pegando o dinheiro da bolsa com as mãos trêmulas.

Assim que paguei, me dirigi à porta e ele se pôs na minha frente:

- Quem diria que você apareceria aqui, depois de tantos anos... E tudo que houve?

- Também me impressionei de vir parar aqui. – Confessei para mim mesma, em voz alta.

Ele deu um sorriso trêmulo:

- Venha sempre que quiser. Recebo coisas novas antes dos demais em Noriah Norte.

- Ok.

Tentei abrir a porta, amedrontada. Só estávamos nós dois ali e aquilo não era nada seguro. Por sorte, ele me deixou sair.

- Pode chamar um táxi para mim? – perguntei.

- Não entra táxi aqui. Pode ir na boa. Ninguém vai mexer com você. - Garantiu.

- Obrigada. – Falei, saindo de cabeça baixa, com as pernas parecendo gelatina, de tão moles que estavam.

Levei alguns minutos para descer a ladeira e voltar ao limite do bairro. Assim que consegui sair na rua asfaltada e iluminada pelos postes, parece que uma nova vida foi me dada.

Chamei um táxi e quando percebi, estava pedindo para ir ao meu apartamento.

Subi as escadas sentindo um cansaço extremo. Abri a porta e deitei no sofá. Peguei o celular e olhei novamente a mensagem de Heitor. Tudo parecia um sonho, ou um pesadelo. Eu nem conseguia distinguir.

Doía a perda de Salma, doía abrir mão de Heitor, doía saber que ele dormiu com a minha melhor amiga e isso não importava que foi antes de me conhecer, porque o sentimento de raiva era o mesmo. Doía encontrar o amor da minha vida e jogar tudo para o alto, sabendo que talvez nunca mais pudesse ser feliz. Mas o que doía ainda mais era ter que ir ao lugar onde fui mais infeliz na minha vida buscar drogas a fim de curar a dor.

Abri a bolsa e olhei as coisas na minha bolsa. Retirei e meus olhos ficaram trêmulos e a visão turva. Não lembro quando dormi ou comi pela última vez. Fui com dificuldade até o banheiro e joguei tudo no vaso sanitário, dando a descarga e deixando ir embora pelo esgoto. Eu não precisava daquela porra. Eu era forte. Se não por mim, pela bebê que agora me pertencia e era minha responsabilidade.

Voltei para o sofá e deitei. Sabia que tinha que voltar ao hospital, mas não sabia de onde tirar forças para levantar.

De repente a porta se abriu e vi Daniel entrando. Ele me encarou, sem dizer nada.

- Você tem chave? – Perguntei.

- Sim, Salma de meu uma cópia – ele entrou e fechou. – Você... Não está bem.

- Acho que não – fechei os olhos – Minha cabeça dói e tudo gira.

- Está pálida. Precisa descansar.

- Acho que estou com fome. – Confessei.

Ele veio até mim e me ajudou a levantar. Levou-me até meu quarto e me pôs deitada, retirando meu calçado e cobrindo-me.

- Durma um pouco que vou fazer algo para você comer.

- Obrigada. – Fui incapaz de recusar.

Deitei a cabeça no travesseiro fofo e imaginei que não dormiria. Mas quando menos esperei, meus olhos se fecharam. E acabei adormecendo.

Despertei com Daniel me chamando. Ele havia feito uma sopa com alguns poucos legumes que tinham em casa. Me trouxe um prato na cama. E estava bom. Acho que comer algo leve me faria bem.

Me senti bem melhor depois da janta, conseguindo, inclusive, raciocinar.

No entanto, ainda de madrugada, depois de colocar o relógio para despertar, voltei ao hospital, acompanhada de Daniel.

Quando desci do carro, ele fez o mesmo.

- Você não está trabalhando hoje na Babilônia? – perguntei. – Não é segunda-feira para você estar aqui.

- Eu faltei. Não estou me sentindo muito bem.

- Ah, Daniel... – eu o abracei. – Me desculpe por ter sido tão fria com você nestes últimos tempos, quando tudo que fez foi ser legal com minha amiga.

- Tudo bem, Babi. – Ele alisou minhas costas.

Ben me encarou, sem dizer nada. Não sei o que se passou na cabeça dele naquele momento, que ele não justificou, já que Daniel estava ali.

Daniel ficou conosco até amanhecer. Era nove horas quando a pediatra chegou e 11 horas quando finalmente Maria Lua foi dada nos meus braços, com a alta assinada, podendo ir para casa, com vária recomendações médicas.

Maria Lua foi o primeiro bebê que eu peguei no colo. Mas parecia que tinha feito aquilo a vida inteira, tamanha habilidade que eu parecia ter.

Daniel nos levou no carro dele e minutos depois me vi subindo as escadas do prédio, com um bebê no colo, cheia de bolsas e sacolas com fraldas e leite.

Ironicamente saí com uma camiseta do Bon Jovi e muitos sonhos na cabeça. Voltei com um bebê nos braços, sem a minha melhor amiga e cheia de bagagens.

Enquanto Ben abria a porta, olhei para aquele serzinho, que dormia feito um anjo no meu colo e me senti culpada por ter pensado em usar qualquer tipo de droga para acalentar minha dor.

- Ela está aqui conosco – ele sorriu tristemente – Eu sinto a presença da nossa amiga.

- Você não vai mais viajar para Itália, não é mesmo?

- Não... Não vou deixar vocês duas por nada... Nunca em toda a minha vida. Somos uma família... Para sempre.

Senti meus olhos embaralharem com as lágrimas:

- Deixei Heitor para ficar com a filha dele. Isso não é irônico?

- Eu duvido que ele teve culpa do que houve. Entende que ele sequer sabe? Ainda assim, você sabe o que eu temo: perder nossa Malu... Só isso.

- Ben, eu estou destruída de tê-lo deixado, mesmo sentindo raiva dele. Mas olho para esta criaturinha e meu coração simplesmente se renova. Que sentimento é este que me invade, tomando conta de mim completamente?

- Isso se chama amor materno. E você não precisa ter parido a criança para sentir-se mãe.

- Lembra que combinamos de ir beber no Hazard? – ri, olhando para ele.

Ben enfim abriu a porta do nosso apartamento e dei de cara com Sebastian, sentindo um frio na barriga.

- Que porra você fez, Babi? – ele levantou do sofá, me olhando de forma séria.

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