Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 177

Olhei para Ben:

- Eu sabia que isso não daria certo. – Suspirei, resignada.

Sebastian veio até mim e afastou a coberta fina, que cobria parte do rosto de Maria Lua:

- O que você está fazendo, porra?

- Eu vou cuidar dela. Salma pediu. – Falei, tentando me justificar.

- Caralho!

- Não fale alto, vai acordá-la. – Pedi.

Ele passou a mãos nos cabelos, o rosto avermelhado:

- Quem é o pai desta criança?

- Heitor. – Confessei, com a voz quase inaudível, abaixando a cabeça, envergonhada.

- Não! – ele gritou. – Não é verdade!

- Não grite, porra! – Fui andando com Maria Lua, aturdida, retirando-a da sala.

Sebastian foi atrás de mim:

- O que você tem na cabeça, Babi? Porque cérebro eu tenho certeza que não é.

Ben pegou-o pelo braço e olhou-o firmemente:

- Espera, Sebastian. Vamos explicar tudo. Dê um tempo.

- Não tem tempo. Ou me digam agora o que está acontecendo ou anulo esta porra de certidão. Vocês enlouqueceram juntos, só pode... – Ele passou a mão com força no rosto, indo até a o queixo, enquanto estreitava os olhos.

- Vou colocá-la na cama. Já conversaremos. Prometo! – falei, fechando a porta do meu quarto.

Maria Lua seguia dormindo como se nada estivesse acontecendo. Por sorte, ela tinha um soninho de anjo.

Coloquei-a sobre um travesseiro fino e a cobri com uma manta leve. Olhar aquele serzinho na minha cama dava uma sensação tão estranha e incrível ao mesmo tempo.

Respirei fundo:

- Agora vou ter que contar ao seu tio o que está acontecendo. E confesso que estou com medo, minha pequena.

Eu não tinha como esconder a verdade dele. Sebastian já queria meu rim agora. Se mentisse ainda mais entraria num emaranhado de desentendidos sem fim, podendo prejudicar todos ao meu redor.

Quando saí do quarto, ele estava sentado no sofá, com a cabeça baixa entre as pernas, as mãos na cabeça. Sentei ao lado dele, sem dizer nada. Ben chegou logo em seguida, sentando-se na poltrona da frente.

Sebastian olhou para Ben e depois para mim. Disse firmemente:

- Quero a verdade. Só isso. Registrei a criança no meu nome porque Ben estava completamente confuso e implorou, prometendo que eu saberia logo o que realmente estava acontecendo. Vocês têm noção do que eu fiz?

- Por que não registrou no seu nome? – Olhei para Ben, arqueando a sobrancelha, confusa.

- Olha para minha cara, porra! Ninguém jamais acreditaria nisso.

- E acreditarão que eu sou o pai, sendo que estou noivo de Milena? Eu rejeitei meu próprio filho, entristecendo a mulher que eu mais amei e amo na vida. Agora vocês me fazem registrar uma criança de... Heitor? – balançou a cabeça – Acham que Milena vai reagir como? E se ela achar que eu realmente tive algo com Salma? Só fiz isso porque não me dei em conta de todas as consequências que isso poderia trazer. Mas já fui atrás de informações. E cometemos um crime.

- Sebastian... – tentei falar.

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