A primeira mamadeira que eu e Ben preparamos deu o que falar. Não acertávamos a temperatura e a cada gota que ela sorvia do leite, tínhamos medo que se afogasse.
A fralda que Ben trocou vazou de primeira, sendo colocada do lado contrário. Pomada de assadura? Para que serve isso? Quantas vezes ao dia usamos? Ela deve dormir de lado, de bruços ou barriga para cima? É normal ela dormir tanto? Que horas ela abre os olhos?
- Vamos deixar o celular para despertar de três em três horas. Cada um levanta uma vez para preparar o leite. – Ele sugeriu.
- Ok. Mas ela dorme no meu quarto até comprarmos um berço.
- Isso não é justo. Por que não no meu?
- Salma pediu que “eu” cuidasse dela.
- Mas “eu” comprei todas as roupas que ela tem. E “eu” fui com ela no hospital, porque ela quis que fosse assim.
- Mas exigiu “eu” durante o parto.
- Porque você tinha mais tempo que conhecia ela. Se eu a conhecesse há vinte anos, eu seria o escolhido.
- Ela está registrada no nome do “meu” irmão.
- Porque “eu” tive a ideia. Senão ela nem estaria com a gente neste momento.
- Ela dorme comigo e pronto.
- Não mesmo. Vamos tirar no par ou ímpar.
- É injusto. – Reclamei.
- Você sabe que não.
Tiramos par ou ímpar e ele venceu. Fiquei puta:
- Não vou aceitar.
- Vai sim – ele foi até meu quarto e pegou Maria Lua – Amanhã vamos comprar o berço. Você dorme com ela a próxima noite e depois ela vai para o seu próprio quarto.
- Vou botar uma cama lá para mim.
- E eu também. Então vamos dormir os três juntos, no fim. Porque ela vai me chamar de mamãe também e você não vai poder impedir isso.
- Não, não vou impedir – sorri, abraçando-o – É a nossa filha, esqueceu?
- Sim, “nossa”, com o sangue do Heitor e da Salma, e o nome do Sebastian na certidão – ele riu – Legalmente ela é de todo mundo, menos nossa.
- Eu seria capaz de matar e morrer por ela. – Olhei a pequena criaturinha deitada na cama.
- Eu também... – ele me olhou.
Meu telefone tocou no quarto. Já passava da meia-noite. Continuei ali, olhando para o nosso raio de sol.
- Não vai atender? – Ben perguntou.
- Deve ser spam. Quem me ligaria esta hora?
- Sebastian? Hospital? Sua avó? A Polícia?
Corri até meu quarto. Assim que peguei o celular, a chamada encerrou. O número era desconhecido. Pelo menos eu nunca recebi uma ligação dele. Enquanto tentava redirecionar a ligação, chamou novamente.
- Alô? – atendi imediatamente, apreensiva.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...