Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 181

- Ok, obrigada por responder em nome de Deus. Aliás, eu acho que você não deixa de ser o meu deus... Só que grego. Quando estou ao seu lado é como se nada mais existisse, só você e eu.

Ele colocou o dedo num painel na porta, fazendo com que ela se abrisse automaticamente.

- Ok, devo cortar seu dedo quando precisar entrar? É isso? – comecei a rir.

- Eu sou Deus! – Ele gritou, abrindo os braços enquanto entrava e as luzes se ligavam automaticamente.

Fiquei parada assim que a porta se fechou, olhando tudo ao meu redor, tentando não ficar maravilhada com a vista. O lugar era simplesmente gigantesco. Uma sala com sofás em formato L e tapete branco (sim, quem, em estado normal, colocaria tapetes brancos na sala, para os outros pisarem com os sapatos?). Como o espaço era amplo, a sala, mesmo em tamanho enorme, ficava parecendo dançar sobre o piso cinza claro, que mais parecia um espelho.

Atrás só se via vidros e cortinas blackout, abertas, mostrando toda a cidade. Uma escada de vidro (sim, eu disse escada de vidro) com degraus que pareciam não ter nada que os segurassem entre si, dava para o andar de cima.

- Qual sua relação com vidros, desclassificado? – Me ouvi perguntando.

- A mesma sua com relação a homens. – Ele se jogou no sofá.

Fui até Heitor, certa de que nem ele sabia o que quis dizer com aquela comparação entre homens e vidros. Levantei-o:

- Venha, você precisa de um banho e cama. Está todo molhado para cair no sofá. E salgado.

- Vai cuidar de mim, Bárbara? – Perguntou, me encarando.

- Vou, como você cuidou de mim quando precisei. Posso ser uma pessoa horrível às vezes, mas sei ser grata, meu amor.

Ele sorriu e passou o braço sobre meus ombros. Fiquei parada ao pé da escada, com medo de subir no degrau e ele quebrar-se.

- Vamos, Bárbara – ele disse, tentando subir – Por que a demora de você ir para o meu quarto?

- Se esta porra quebrar comigo em cima?

- Não quebra. – Ouvi a voz feminina, que acabava de sair de um corredor pouco iluminado.

E ela estava a mulher, magra, loira, olhos claros, usando pijama e um roupão por cima. Os cabelos estavam desgrenhados e parecia ainda estar quente da cama.

- Boa noite. – falei, sem jeito, acenando.

- O que combinamos sobre mulheres, Thorzinho? – ela me olhou, seriamente, tentando me fazer culpada.

- Não é uma mulher... É Bárbara. – Ele alegou, sorrindo enquanto apontava para mim.

- Oi... – dei um sorriso tímido, sem saber como me defender da mulher que já me acusava antes de conhecer-me. – Sou Bárbara Novaes.

Ela ficou um tempo em silêncio, antes de jogar na minha cara:

- A pior de todas.

Arqueei a sobrancelha:

- Você... Não me conhece, eu acho. Aliás, tenho certeza.

- Sim, conheço. Não quero que suba. Olha o que fez com ele.

- Eu não fiz nada. Anon me ligou e peguei-o na praia, completamente bêbado.

- Por sua culpa.

- Eu não estava com ele, juro.

- Ainda assim... Se não fosse você, ele não estaria deste estado. Você acabou com o meu filho.

- Seu filho? – enruguei a testa. – Estou tentando entender, juro.

- Esta é Nic. – Ele me apresentou.

Ela seguiu sem sorrir, séria, tentando fazer eu me sentir incomodada.

- Sim, ouvi falar de você – argumentei – Se tem uma coisa que ninguém pode fazer é julgar eu e Heitor.

- Jura? – ela riu ironicamente. – Quem você pensa que é?

- Nic, deu! – Heitor falou em voz alta, sério. – Você não o tem direito... Não tem.

Olhei para a escada enquanto ele subia um degrau. Continuava apreensiva de subir na plataforma de vidro.

Heitor pegou minha mão e olhou nos meus olhos:

- Lembra da mesa de vidro da North B?

Assenti, com a cabeça.

- É igual.

Subi o primeiro degrau. Olhei para Nicolete:

- Eu vou levá-lo para o quarto e assim que me certificar de que ele está realmente bem, vou embora, prometo.

- Tem noção de tudo que fez ele sofrer?

- Tem noção do quanto eu sofri com isso? – confessei. – Jamais foi minha intenção fazê-lo sofrer. Por isso eu digo, não julgue nossa história, nem tente entendê-la... Sequer nós dois entendemos.

- Ele não é como você pensa. É uma pessoa com sentimentos.

- Nic, eu vou levá-lo para o quarto e partirei em seguida, juro. Não vou fazer-lhe mal.

- Nicolete – corrigiu-me. - Só ele pode me chamar de Nic – foi extremamente grosseira no tom de voz e no que falou.

- Ok, Nic. – subi, ignorando sua advertência. – Quando você me conhecer melhor, vai gostar de mim, eu garanto. Afinal, você não é como Celine.

Ele não parecia tão tonto enquanto subia as escadas, sem corrimão, me causando ainda mais medo, tanto por mim, quanto por ele.

Quando chegamos ao topo da escada, ele disse:

- Ela não sabe o que diz.

- Sabe sim – falei – E está certa, infelizmente. Eu sou uma idiota covarde.

- Ah, isso sim, desclassificada. – Ele riu, abrindo a porta.

O quarto era grandioso. As cortinas blackout cobriam toda a parede, certamente envidraçada. A cama king size, certamente mandada fazer sob medida, pois nunca vi nada igual, estava perfeitamente arrumada, com colcha branca e vários travesseiros milimetricamente enfileirados.

O banheiro era separado do quarto por um vidro num tom escurecido, mas dali só se via a banheira de hidromassagem. E há alguns poucos metros, um poste de pole dance, que tirou toda minha concentração do resto.

- Quer dançar para mim, Bárbara? – ele acompanhou meus olhos.

- O dia que eu fizer isso, mande me internar, pois estarei louca – avisei, retirando a camisa dele com força, arrancando todos os botões. – Banho e cama, desclassificado.

- Ai! – ele reclamou quando puxei a camisa, sem nenhum cuidado.

Não falou nada enquanto eu retirava a calça, deixando-o somente de cueca, observando sua ereção iminente.

Suspirei:

- Isso não vai ser fácil, Senhor – olhei para o teto – Dai-me forças para não cair em tentação.

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