- Ok, obrigada por responder em nome de Deus. Aliás, eu acho que você não deixa de ser o meu deus... Só que grego. Quando estou ao seu lado é como se nada mais existisse, só você e eu.
Ele colocou o dedo num painel na porta, fazendo com que ela se abrisse automaticamente.
- Ok, devo cortar seu dedo quando precisar entrar? É isso? – comecei a rir.
- Eu sou Deus! – Ele gritou, abrindo os braços enquanto entrava e as luzes se ligavam automaticamente.
Fiquei parada assim que a porta se fechou, olhando tudo ao meu redor, tentando não ficar maravilhada com a vista. O lugar era simplesmente gigantesco. Uma sala com sofás em formato L e tapete branco (sim, quem, em estado normal, colocaria tapetes brancos na sala, para os outros pisarem com os sapatos?). Como o espaço era amplo, a sala, mesmo em tamanho enorme, ficava parecendo dançar sobre o piso cinza claro, que mais parecia um espelho.
Atrás só se via vidros e cortinas blackout, abertas, mostrando toda a cidade. Uma escada de vidro (sim, eu disse escada de vidro) com degraus que pareciam não ter nada que os segurassem entre si, dava para o andar de cima.
- Qual sua relação com vidros, desclassificado? – Me ouvi perguntando.
- A mesma sua com relação a homens. – Ele se jogou no sofá.
Fui até Heitor, certa de que nem ele sabia o que quis dizer com aquela comparação entre homens e vidros. Levantei-o:
- Venha, você precisa de um banho e cama. Está todo molhado para cair no sofá. E salgado.
- Vai cuidar de mim, Bárbara? – Perguntou, me encarando.
- Vou, como você cuidou de mim quando precisei. Posso ser uma pessoa horrível às vezes, mas sei ser grata, meu amor.
Ele sorriu e passou o braço sobre meus ombros. Fiquei parada ao pé da escada, com medo de subir no degrau e ele quebrar-se.
- Vamos, Bárbara – ele disse, tentando subir – Por que a demora de você ir para o meu quarto?
- Se esta porra quebrar comigo em cima?
- Não quebra. – Ouvi a voz feminina, que acabava de sair de um corredor pouco iluminado.
E ela estava a mulher, magra, loira, olhos claros, usando pijama e um roupão por cima. Os cabelos estavam desgrenhados e parecia ainda estar quente da cama.
- Boa noite. – falei, sem jeito, acenando.
- O que combinamos sobre mulheres, Thorzinho? – ela me olhou, seriamente, tentando me fazer culpada.
- Não é uma mulher... É Bárbara. – Ele alegou, sorrindo enquanto apontava para mim.
- Oi... – dei um sorriso tímido, sem saber como me defender da mulher que já me acusava antes de conhecer-me. – Sou Bárbara Novaes.
Ela ficou um tempo em silêncio, antes de jogar na minha cara:
- A pior de todas.
Arqueei a sobrancelha:
- Você... Não me conhece, eu acho. Aliás, tenho certeza.
- Sim, conheço. Não quero que suba. Olha o que fez com ele.
- Eu não fiz nada. Anon me ligou e peguei-o na praia, completamente bêbado.
- Por sua culpa.
- Eu não estava com ele, juro.
- Ainda assim... Se não fosse você, ele não estaria deste estado. Você acabou com o meu filho.
- Seu filho? – enruguei a testa. – Estou tentando entender, juro.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...