- Livrai-me de Heitor Casanova... Amém – ele começou a rir – Me chupa! – o tom foi sério.
- Idiota! – empurrei-o para o banheiro – Só quando você merecer. E você merece... Ah, se merece. – falei em voz alta, observando-o andando praticamente nu, não conseguindo traçar uma linha reta com os pés.
O banheiro era tão grande quanto o quarto.
- Caralho, por que um banheiro tão grande? – me dirigi ao box, ligando o chuveiro enquanto ele apertava o botão da banheira, que começava a encher – Duvido que teria vapor aqui se eu tomasse banho – ri – Você não teria sauna gratuita comigo, desclassificado.
Ele entrou na banheira, ignorando o chuveiro com água gelada que eu tinha acabado de ligar.
Ficamos nos olhando, cada um num canto, como se não pudéssemos nos aproximar, sabendo no que aquilo poderia acabar em sexo.
Senti meu coração acelerar imediatamente quanto ele jogou a cueca molhada na minha direção. “Maria Lua, seu pai é um tarado, desclassificado”, pensei.
- Venha. – Ele ordenou.
- Não. – falei, sem convencer nem a mim mesma.
- Vai ficar úmida e salgada?
- Úmida... Muito, completamente. – falei, quase em transe, enquanto via ele jogar sais de banho na água.
Ok, eu preciso ir embora. Ben está sozinho com Maria Lua e ele precisa de mim. Não posso deixá-lo assim, na primeira noite. Nem pelo pai da nossa pequena, que precisa de mim. Ou melhor, precisava. Já não precisa mais. Está seguro em seu lar.
- Minha bolsa. – falei, aturdida – Esqueci no carro. – sai em direção ao quarto, desesperada.
Ficar sem telefone naquele momento era praticamente impossível. Não poderia deixar Ben incomunicável. E se acontecesse algo com nossa filha?
Antes que eu alcançasse a porta, Heitor parou na minha frente, impedindo minha saída, completamente nu e molhado, com espumas pelo corpo todo. Me peguei olhando seu pau, ereto, perfeito e me deu um frio na barriga, emanando até a espinha.
- Eu deixei o telefone com Anon... Minha bolsa. – Fechei os olhos.
- Ele não vai roubar nada... Não é um prostituto de quinta.
- Preciso do meu telefone.
- O que não pode esperar?
- Ben... Ele deve estar preocupado comigo. Já é madrugada. Eu saí e não voltei até agora.
Ele foi até uma bancada e me entregou um celular. Era o dele. Olhei-o, de forma questionadora.
- Pode ligar. – Ele disse.
Toquei na tela, que se iluminou, pedindo a senha.
- Senha. – falei, sentindo novamente um frio percorrer meu corpo.
Ele tocou o dedo indicador, desbloqueando.
- Este dedo vale ouro nesta casa. – Debochei.
- Em todos os lugares na verdade... Isso eu garanto. – Sorriu, com o canto dos lábios.
Olhei os cabelos úmidos, a covinha leve no lado direito e temi derreter, não conseguindo ser juntada nunca mais.
Quando disquei o número de Ben, chamou com a identificação que ele havia colocado: “Ben – Amigo de Bárbara”.
Enquanto esperava Ben atender, nossos olhos não se afastavam e meu coração acelerou-se, que eu conseguia ver na roupa úmida que se movia conforme o ritmo da batida.
- Thorzinho? – Ouvi a voz de Ben do outro lado, surpresa.
- Sou eu, Ben. – falei, ainda imersa nos verdes dos olhos de Heitor.
- Babi? – perguntou, confuso. – Achei que já estivesse em casa.
- Eu... Estou indo.
- Não tenha pressa. Está tudo certo aqui.
- Eu... Eu... Fico feliz que esteja tudo bem. Talvez eu demore um pouquinho para voltar então. Mas não se preocupe que estou bem.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...