Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 186

Deixei uma lágrima escorrer, limpando-a imediatamente:

- Não posso dizer que está errado. Eu sei o que quero, mas não sei se posso ou devo... Eu me boicoto, com medo do futuro. A dor do passado vem sempre me surpreender, quando penso que está tudo bem. Parece que preciso me punir para sempre, entende? Por ter sido tão idiota, tão burra... Ao mesmo tempo que o medo de acontecer novamente me assola mais do que qualquer outra coisa.

- Eu não sou ele – pegou minha mão, estendo meu braço totalmente sobre a cama, enquanto os dedos passavam levemente sobre a pele, que ficava arrepiada ao seu toque.

- Diga isso para a minha mente, para todos os meus medos... Foram oito anos... Não oito meses, nem oito dias... Eu fui injusta com você com relação a sentimentos, desde sempre.

Ele arqueou a sobrancelha:

- Jura? Pode ser mais clara?

- Eu não quero estragar a sua vida, mas talvez eu estrague.

- O estrago foi causado quando você apareceu naquele corredor da Babilônia, tão bêbada quanto eu.

Eu ri, lembrando:

- Sim... Somos dois idiotas. E agora, tem...

- Tem... – ele me incentivou a falar.

Eu me calei. Tem Maria Lua nas nossas vidas. Não... Não saía. Mas talvez eu realmente devesse contar logo. Ele precisava saber e lembrar de Salma. E assim que soubesse que tinha uma filha, se encantaria por ela. E se o amor entre nós acabasse, ele me afastaria da pequena, porque eu não tinha o sangue dela.

- Eu amo você, Heitor. – E não, eu não estava bêbada. Mas aquilo precisava ser dito, de uma vez por todas, com ele sabendo que meus sentimentos eram reais e sinceros.

- Você me destruiu com suas palavras, no telefone e no bilhete com as flores. – Foi a resposta dele.

Antes que eu pudesse me defender, ele trancou meu pulso numa algema, prendendo na cama. Fiquei confusa, com a cabeça para trás ao perceber que trancou o próprio pulso também.

Tentei retirar o braço e o dele foi até a cabeceira, trancando. Encarei-o, a procura de respostas.

- Continue falando. Estou gostando. – Ele disse.

- O que é isso? – puxei o braço novamente.

- Isso é você... Algemada a mim... Para sempre.

- Me desculpe por ter magoado você.

- Não, eu não disse que desculpava.

- Estou pedindo agora... Que me desculpe.

- Não sei se consigo.

A mão livre dele tocou minha testa, de forma carinhosa. Afastei-me um pouco, não conseguindo disfarçar a dor no local.

- Esta dançarina de pole dance não está contratada para a Babilônia. – Ele riu divertidamente.

- Sei que sou um fracasso. Pelo menos eu canto bem.

- Quem lhe disse isso? – gargalhou.

- A máquina que pontua no Karaokê.

- Ela dá pontuação boa para todo mundo.

- Não mesmo. Eu e Ben sempre tiramos as melhores notas.

- Devem trapacear. Você canta tão mal quanto dança.

- Desclassificado idiota.

- Amor da minha vida. – A mão dele desceu para o meu pescoço e as palavras fizeram meu corpo queimar de desejo.

Não suportei e me aproximei o máximo que pude, puxando seu lábio com meus dentes, carinhosamente, ouvindo um gemido dele.

A mão livre de Heitor desceu pelo meu peito, massageando o seio de forma sensual até descer pela barriga, chegando na minha intimidade encharcada por dentro da calcinha. Ele puxou-a, mas não conseguiu tirá-la, pois a algema impedia.

Tentei retirar, mas não saía da altura dos joelhos. Ele colocou o pé dentro dela, conseguindo deslizá-la pelas minhas pernas.

- Talvez deva retirar as algemas. – Sugeri.

- Não. – Foi enfático.

- Por que usar algemas?

- Para que você não possa fugir.

- E a sua?

- Para que eu não fuja... Mesmo sabendo que devo.

- Por mais que eu fuja... Tudo me leva sempre a voltar pra você.

Ele me beijou, abraçando-me com a mão livre. Sua língua era doce e gentil. Passei minha mão pelo seu peito quente, chegando ao membro endurecido, que pulsava.

- Senti falta de você. – falei, com a voz baixa e trêmula.

- De mim ou do meu pau? – foi dando chupões pelo meu pescoço, até chegar no ombro, que mordeu com força.

- Ai! – reclamei. – Vou sair daqui e acharão que fui espancada deste jeito.

Dois dedos entraram na minha intimidade, fazendo-me gemer e fechar os olhos, sentindo as sensações que só ele sabia me proporcionar.

- Os dois. – falei. – Senti saudade de você... E do seu corpo. Da sua língua... – o beijei rapidamente. – Do seu cheiro. – Lambi o pescoço.

- Da nossa cama – ele disse, enfiando o terceiro dedo, enquanto o polegar apertou meu ponto de prazer. – Goza para mim, Babi... – falou no meu ouvido.

- Babi... Diga de novo. – Pedi, em transe.

- Goza Babi, minha Babi, minha Bárbara, minha desclassificada.

- Posso gozar só com suas palavras – ofeguei – Amo você, Heitor desclassificado mor.

- Diz de novo... – mordeu o lóbulo da minha orelha.

- Amo você... – Gemi enquanto explodia de prazer, seguindo a masturbá-lo.

Senti ele se derramar na minha mão, quente, o coração batendo forte.

Meu corpo ficou completamente relaxado, ao que ele disse:

- Nunca gozei tão rápido na minha vida.

Ele deslizou o corpo para o lado e pegou uma chave, abrindo a algema dele e em seguida a minha.

- Pode tomar um banho se quiser antes de ir embora. – falou.

- Está... Me mandando embora? – sentei na cama, confusa.

- Sim – ele confirmou – Não sou alguém que satisfaz seu corpo ou seu ego quando está necessitada.

- Não pode estar falando sério. – Levantei, aturdida, tentando imaginar que era uma brincadeira.

- Estou. E da próxima vez que quiser me usar, vai ter que pagar, como fez com o prostituto que a roubou.

- Você... Não pode fazer isso comigo.

- Eu posso.

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