- E se ele a tirar de nós?
- Entramos na justiça. É um risco que temos que correr... Não contar está fora de cogitação.
- Quando você sugere?
- Segunda-feira. O dia de folga dele. Isso nos dá tempo e ele estará mais descansado para jogarmos a bomba nele.
- Deus, só de pensar nisso minha barriga se contorce e parece que vou vomitar de tanto medo e ansiedade.
- Ele não ligou mais para você?
- Não. E eu mal tive tempo de pensar nele neste tempo e você sabe disto.
- Exatamente: precisa separar sua vida da de Maria Lua. Você não pode viver só por ela. Vai ficar doente. Há quanto tempo não tem uma noite inteira de sono?
- Ela me faz esquecer tudo de ruim.
Ele levantou meu queixo:
- Como se sente com relação a Heitor?
- Há tempos que ele não aparece na mídia. A última imagem que tenho dele é com Cindy entrando no apartamento. Dai tenho vontade de quebrar tudo... Então lembro do “eu te amo” vindo da boca dele... E tudo fica ainda mais confuso.
- Ele quer puni-la, castigá-la pelo que fez.
- Por quanto tempo? Eternamente?
- Sabemos que é só o começo. Pode ficar ainda pior. A verdade vai fazê-lo ficar com você ou repudiá-la para sempre.
- Vamos levar um exame de DNA pronto, para provar?
- Claro que não. Certamente ele vai fazer outro, nós levando ou não. Certo que questionará a paternidade. Eu mesmo faria isso, com certeza.
- Nós não sabemos como isso aconteceu... Ele parece não saber. Certamente foi numa bebedeira destas que ele mal consegue parar de pé. Já me passou pela cabeça quantos filhos ele tem pelo mundo, já que transa com todo mundo sem camisinha.
- Isso não nos interessa. Só somos responsáveis por este bebê dele.
- Sim, eu sei.
- Neste final de semana, vamos nos desfazer das coisas da Salma. Encontrar a tal conta que ela deixou para Malu e na segunda contar ao Heitor.
- Ok. – Respirei fundo, amedrontada.
Maria Lua seguia chorando.
- Ben, ela nunca chorou assim. Nada a faz parar. – Eu estava nervosa e preocupada.
Ele tocou a testa dela:
- Está quente demais. Será que ela está com muita roupa?
- Vamos retirar um pouco.
Retiramos parte da roupa dela, deixando-a somente com a blusa e a calça de baixo. Mas não teve jeito, o choro insistente seguiu.
Quando eram duas horas da madrugada e o choro não teve jeito de parar, liguei para Mandy:
- Vó, eu estou com problemas. Preciso de você... Imediatamente.
- O que houve, Babi?
- Pode vir para cá? Por favor.
- Deus, estou indo agora.
Acordar a minha avó no meio da madrugada para pedir ajuda era minha única solução. Ela já teve uma filha, então certamente saberia como agir. O certo seria levar a menina ao médico, mas não nos sentíamos seguros para fazer aquilo. Qualquer passo em falso e poderíamos ser descobertos e perdermos ela para sempre.
Durante o período que estivemos viajando, visitei Mandy algumas vezes, conforme combinado. Por sorte ela estava bem e não ficou mais doente. Estava fazendo tudo que o médico recomendou.
Ela não sabia sobre Maria Lua... Nem sobre a gravidez de Salma.
Era três horas da madrugada quando a campainha tocou. Abri o portão principal e fiquei esperando-a na porta, torcendo para que ela não tivesse problemas com a porra das escadas infinitas e que acabavam com as pernas.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...