- E você dorme uma noite inteira, Ben? – perguntei. – Eu não me importo de ficar assim.
- Ela chora durante a noite? Sempre? – Mandy perguntou.
- Nem sempre. Mas mesmo quando ela dorme feito um anjo, acordando só para mamar, Babi fica como um zumbi andando de um quarto para o outro.
Mandy se aproximou de mim e abriu os braços:
- Me dê ela, Babi.
- Ela precisa de mim... Ainda mais doente. – Dei um passo para trás.
Mandy simplesmente não me deu ouvidos e pegou-a dos meus braços:
- Por que não dorme, Babi? Qual seu medo?
Senti as lágrimas escorrerem instantaneamente pelos meus olhos:
- De ela... Parar de respirar enquanto está no berço...
- Por Deus! – Ben me abraçou.
- Eu... Fico o tempo todo acordando e tocando as narinas dela, para me certificar de que está viva. E quando não sinto... Eu a toco repetidas vezes, até ela se mexer. E às vezes ela acorda com meus toques insistentes.
- Por que não me contou isso, meu amor? – ele me apertou contra seu corpo, deixando que as lágrimas salgadas molhassem sua camisa.
- Ben, eu tenho tanto medo de perdê-la... Por parar de respirar, por ficar doente, por chorar e não haver ninguém lá com ela... Por... Por... Heitor tirá-la de nós.
- Olhe para mim... – ele limpou minhas lágrimas de forma gentil – Ninguém vai tirá-la de nós. Se Heitor cogitar não nos deixar fazer parte da vida dela, nós vamos roubá-la e fugir para bem longe, onde nunca mais nos encontrarão. Eu prometo, ok?
- Meu Deus... Vocês três estão doentes. – Mandy levou Maria Lua e nós dois fomos atrás.
Mandy colocou-a no berço, cobrindo-a. Ela dormia feito um anjo. Depois ela nos empurrou para fora e fechou a porta, falando baixo:
- Existe uma coisa chamada babá eletrônica. Você coloca ao lado do berço e no quarto de vocês. Poderão ouvir até quando ela se move. Isso os deixará mais tranquilos.
- Acho que tenho que pesquisar muito mais do que já pesquiso sobre bebês. – Ben disse.
Mandy foi até o fogão e colocou uma chaleira com água para ferver.
- Vai fazer janta para nós, Mandy? – Ben perguntou – Não lembro a última vez que comemos comida.
- O que comem?
- O que dá para pedir em casa. Ou às vezes nada. – Confessei.
Mandy suspirou:
- Vou fazer um chá. E um jantar rápido, às cinco horas da manhã – sorriu – Crianças criando uma criança... Fico preocupada, mas ao mesmo tempo vejo tanto amor nos olhos de vocês que chegam a transbordar. Maria Lua é uma privilegiada. Tem os melhores pais que alguém poderia querer.
- É agora que você me conta sobre minha mãe? – enruguei a testa, sentando ao redor da mesa.
Ben sentou ao meu lado. Mandy serviu os chás fumegantes com bastante açúcar.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...