- Allan? Minha mãe e Allan tiveram um relacionamento?
- Eles se conheceram quando Beatriz era muito jovem, de 15 para 16 anos. Ele não tinha mais de 18. Naquela época éramos uma família de muitas posses e Allan era um homem pobre... Muito pobre. Seu avô não aceitou o relacionamento deles de forma alguma, mesmo Allan tendo ido pedir a mão da nossa filha respeitosamente. – Ela respirou fundo.
- Dinheiro? Status? Esta porra sempre foi o motivo de tudo?
- Ironicamente hoje Allan Casanova é dono de um império e as Novaes são o que sobrou de uma família destruída pela falta da única filha.
- Meu Deus! E eu sou filha... De Allan? E se não sou irmã de Heitor... Ele é adotado? – enruguei a testa, tentando entender algo que não entrava na minha cabeça.
- Beatriz amava Allan. E foi embora com ele, deixando tudo para trás. Ficamos quase um ano sem saber notícias dela.
- Você não interviu nisso tudo, vó?
- Eu era submissa ao seu avô. Só consegui me estabilizar emocionalmente e desvencilhar-me da vida que eu levava depois da morte dele. Eram tempos diferentes, querida. Mas depois eu fui atrás de sua mãe. Ela e Allan haviam alugado um espaço e estavam morando juntos. Porém Allan conseguiu passar na faculdade e era distante. Sua mãe havia conseguido um bom emprego e não quis largar tudo e ir com ele, pois já haviam passado um pouco de trabalho antes das coisas começarem a se ajeitar para eles.
- E ele a deixou. – Falei, já imaginando o que tinha acontecido.
- Quando eu a encontrei, eles estavam afastados temporariamente, mas ainda se amavam. Ele não conseguiu recusar a faculdade de forma gratuita, mesmo distante. E ela, uma cabeça dura, como todos os Novaes, o deixou ir, certa de que o amor resistiria a tudo.
- E não resistiu?
- Allan, tempos depois, mesmo vindo com frequência para casa, acabou engravidando outra mulher.
- A mãe de Heitor.
- Sim. – Ela balançou a cabeça, parecendo entristecida.
- Ele não a amava!
- Eu creio que sim, minha querida. Havia amor... Entre ambos – ela tocou minha mão – Sua mãe sabia do risco que corria quando o deixou ir sozinho.
- Ela confiava nele. E no amor que sentiam.
- Nem sempre isso é o suficiente.
- Então ele casou com a mãe de Heitor?
- Sim. Um casamento em nome da criança que eles esperavam. Sua mãe não aceitou a traição, óbvio. E então o relacionamento deles acabou.
- E nunca mais se viram?
- Um tempo depois, Allan voltou a procurá-la, mesmo estando casado. Ele já tinha acabado a faculdade e iniciava uma fabriqueta de produção de cerveja caseira e sucos naturais.
- A North B.
- Não era North B. na verdade. Mas também não sei o nome. Mas tudo começou ali. Ele cresceu do nada, ou melhor, por seu mérito e esforço pessoal. Creio que ele tenha tentado provar ao mundo que poderia ser melhor do que julgavam. Allan nunca aceitou o fato de seu avô não ter permitido o relacionamento deles por questões tão sem sentido como a condição financeira dele.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...