Na quarta-feira, eu recebi uma ligação de Sebastian, comunicando que sua mãe havia morrido.
Ficar longe de Maria Lua parecia fora de questão. Mas eu precisava estar com meu irmão naquela hora, por saber exatamente a dor que ele sentia com aquela perda. E levar minha filha para uma viagem tão longa não era prudente, especialmente sem documentos que comprovassem que ela era de minha responsabilidade.
Enfim, nada eu podia fazer enquanto a certidão de Maria Lua não estivesse correta.
Viajei com Milena para o país de origem do meu irmão. Não cheguei a conhecer as propriedades dos Perrone, pois fiquei somente na cerimônia de cremação. Eu ofereci meu ombro e todo carinho que eu tinha por Sebastian naquele momento que ele precisava.
Conheci a mãe do meu progenitor, que mal sabia da minha existência. Sebastian explicou que ela tinha lapsos de memória e que certamente não lembraria de mim daqui há algum tempo. Sinceramente, não fazia diferença. Eu só tive uma avó e era Mandy. Eu não estava blefando quando disse que dos Perrone eu só queria Sebastian.
Milena e Sebastian eram o casal mais fofo que eu já vi. Eu sempre gostei dela, mesmo quando era a noiva de Heitor. Ela era doce, meiga e gentil. Claro que eu a preferia como cunhada do que na posição que a conheci.
Antes de eu partir, Sebastian disse:
- Babi, eu tenho uma coisa para lhe contar.
Arqueei a sobrancelha:
- Mais uma? Isso me assusta um pouco. – Confessei.
- Acho que a notícia é boa. – Milena sorriu, colocando o braço sobre meus ombros.
- Enfim, preciso de notícias boas em meio ao caos que estou vivendo. – Confessei.
- Eu comprei um apartamento no seu prédio. – Ele me olhou.
Senti meu coração acelerar:
- Isso é verdade?
- Sim – ela me apertou com o braço – Vamos ser vizinhas.
- Você vai junto? – Não consegui disfarçar o quanto eu estava feliz.
- Sim. Vamos morar juntos... Para valer. Nossa casa, nosso espaço, junto da família de Sebastian... Que é você.
Eu a abracei com força. Depois de um pai que tentou tirar a minha vida antes mesmo de eu nascer, eu ganhei um irmão e praticamente uma irmã ao mesmo tempo. Embora eu tivesse conhecido Sebastian há pouco tempo, sabia que poderia contar com ele sempre que eu precisasse. Nem que fosse para dar broncas necessárias.
Ele era responsável, sério, honesto, justo, inteligente e lindo... Absolutamente lindo. Eu tinha orgulho de ser irmã de Sebastian Perrone, embora jamais passasse pela minha cabeça assumir aquele sobrenome.
Mesmo eu não achando necessário, Milena fez questão de me acompanhar de volta na viagem. Alegou que arrumaria suas coisas definitivamente para deixar a mansão Casanova.
Eu não perguntei sobre o que a mãe dela achava daquela situação. Já tinha problemas demais para resolver na minha vida para tentar ajudar nos dos outros.
O apartamento de Sebastian era no mesmo andar que o meu. Por sorte eu contaria a Heitor sobre Maria Lua em menos de uma semana, então não teria que justificar para Milena a bebê que era de minha responsabilidade.
Na sexta-feira, pouco depois do meio-dia, eu já estava de volta ao apartamento quando a campainha interna tocou, diretamente da porta.
Fiquei receosa de ser Daniel novamente. Não sei porque, mas meu instinto dizia que era ele.
Pus Maria Lua no berço, pois não queria discutir na frente dela. Abri a porta, que insistia com o som estridente chamando e dei de cara com nada mais, nada menos, que Celine Casanova.
Por um momento passou pela minha cabeça que ela pudesse saber que eu era filha de Beatriz Novaes. Ou quem sabe eu estava ficando paranoica e nem passasse pela cabeça dela que minha mãe existiu na vida de Allan.
Ela ficou me encarando e a única coisa que eu disse foi:
- O que você está fazendo aqui?
Ela entrou, sem ser convidada, esbarrando em mim. Fiquei com a porta entreaberta, perplexa com a ousadia dela.
- Não a convidei para entrar. – Fui seca.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...