Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 197

- Hum... – abri a outra sacola – E você vai ganhar bem, não é mesmo? Acho que vou ficar em casa, cuidando da nossa filha. Tenho tendência a ser “do lar”, visto que ninguém gosta muito de me empregar neste país.

- Deve ter escrito “problema” na sua testa.

Puxei uma cadeira e sentei ao lado dele:

- Ok, me conte sua novidade e depois eu conto a minha. E pasme: tem a ver com Casanova.

- Ai, linda, a minha também. – Ele me encarou.

- Você... Viu “ele”?

- Sim. Tão ou mais lindo do que sempre. Como você consegue ficar longe daquela criatura abençoada pelo deus da beleza, da simpatia e do sexo?

- Eu estou com algo dele – olhei para Maria Lua e sorri – Como o viu? Se encontram onde?

- Na... North B.

- Na North B. O que você foi fazer na North B.?

- Ele me chamou.

- O que ele queria?

- Me... Oferecer um emprego?

Levantei da cadeira:

- Como assim?

- Ele me ligou ontem à noite.

- E você só está me contando hoje? – Levantei também, confusa e aturdida.

- Ele me ligou perguntando se eu estava trabalhando e se gostaria de fazer parte da empresa dele... E...

- Por que não me contou, porra? – Quase gritei.

- Porque você poderia não me deixar ir até lá? – Ele pareceu um pouco apreensivo.

- Qual cargo? – Balancei a cabeça, tentando entender o que estava acontecendo.

- Assistente pessoal dele.

- O quê? – Agora eu gritei mesmo, fazendo Maria Lua em encarar.

- Não adianta choro nem vela. Eu aceitei. O salário é acima do mercado. Vou estar ao lado dele diariamente. Ele é um fofo, um querido, um cavalheiro.

- Se apaixonou por ele também? Vai entrar para o time da Salma agora? – Coloquei as mãos na cintura, puta da vida.

- Eu não sou ela – ele falou, bravo – Jamais faria isso. Ela mesma nunca a traiu, já que tudo aconteceu antes de você cruzar com Heitor. Sabemos pouco, mas o pouco que sabemos é que ela abriria mão da verdade em função de você ficar com ele.

- Por que ele fez isso? Por que lhe oferecer um emprego ao lado dele, num alto cargo?

- Para não ficar longe de você, mesmo distante?

- Falaram sobre mim?

- Não.

- Nadinha?

- Nadinha – ele confirmou – Fomos estritamente profissionais.

- Então você não tocou sobre Maria Lua.

- Babi, eu não faria e nem farei isso sem você. Não se preocupe.

Suspirei, ainda confusa:

- O que Heitor quer, porra?

- Acho, sinceramente, que ele quer você. E mal sabe que vai ganhar uma filha de brinde.

- Como eu queria acreditar que tudo vai dar certo. Mas adivinha quem apareceu aqui hoje?

- O rei da porra toda? Casavelha?

Eu ri:

- Não, a mulher dele.

- Qual delas?

- Celine, ora bolas.

- Ah... Desculpe. É o que velho pegou todo mundo, então já não sei mais quem é quem quando o assunto é as mulheres de Casavelha.

Revirei os olhos:

- Ela é a oficial.

- E talvez a que ele menos gostou. O Casavelha ainda dá um caldo, vamos combinar. Você acha que ele funciona... Mesmo na cadeira de rodas?

- Como eu vou saber, Ben? Nunca me perguntei sobre isso.

- Bem, as mãos funcionam, porque ele as move. E ele fala, então a língua está em bom estado. Talvez o pau seja o de menos, não é mesmo?

- Não acredito que está falando isso na frente de Maria Lua. – Critiquei.

Ele olhou para a bebê e disse:

- O “pau” que eu me referi aqui é de vassoura, está bem? Não pense bobagens, Malu. Mamãe vai ficar furiosa se passar safadezas nesta sua cabecinha inocente de anjo.

- Você não tem um pingo de decência, Ben. – Peguei Maria Lua do colo dele.

- Porra, só porque elogiei o Casavelha? Seu sogro, amigo, quase seu pai.

- Idiota!

- O que a morena safada queria?

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