Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 199

Resumo de Desapegando dos pertences de Salma (II): Como odiar um CEO em 48 horas

Resumo do capítulo Desapegando dos pertences de Salma (II) de Como odiar um CEO em 48 horas

Neste capítulo de destaque do romance Romance Como odiar um CEO em 48 horas, GoodNovel apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

- Mas eu não acho que ele goste dela.

- Então qual o motivo de não a tirar de vez da sua vida? Ele disse que me amava. Eu consegui ver o sentimento nos olhos dele... Mas não em todas as suas ações.

- E você, Babi? Demonstrou seus sentimentos?

- Demorei a entender o que eu sentia de verdade por ele. Depois, teve a fase do luto: eu não queria aceitar o sentimento que crescia dentro de mim mais que as pernas de Maria Lua – ri – Eu fiz tudo errado, porque eu sou desastrada, egoísta, medrosa, covarde, imatura, idiota...

- Desclassificada? – ele enrugou a testa.

- Acho que sim. – Tapei os olhos com as mãos. - Mas de que adiantaria, entende? A loira do pau do meio sempre teve o lugar dela. E não vai ser eu que vou conseguir tirar.

- Não mesmo. Vai ser Maria Lua. Ela vai destronar a Barbie das trevas.

- Será? – meio que me perguntei em voz alta – Ou elas vão reinar lado a lado no futuro?

Ben levantou e pegou uma pilha de roupas, que caíram no chão:

- Eu vou procurar Tony. – Ele afirmou.

- Jura? – comecei a rir – Agora?

- Amanhã. Eu preciso ir atrás da minha felicidade – ele veio andando na minha direção, gesticulando, tropeçou na pilha e um caderno veio parar sobre meus pés, aberto. A caneta rolou de dentro dele, parando no rodapé.

Baixei a cabeça e consegui ler a seguinte frase: “Daniel é um terror na cama. Ele me fode com força, como se o mundo fosse acabar amanhã. O fato de ele tampar a minha boca pra que eu não emita nenhum tipo de som que possa acordar Ben e Babi, me deixa com ainda mais tesão.”

Fechei meus olhos, tentando não ler o restante.

- Isso é o que ela chamava de diário? – Ben pegou o caderno escrito com caneta da primeira linha, na página um, até a última, seguindo pela contracapa. – Ela tinha mencionado isso.

- Seria uma puta intromissão de privacidade.

- Ela está morta, caralho.

- Ben, quanta insensibilidade.

- Vai dizer que quem escreve um diário não faz para que seja lido após sua morte? Quem, em são consciência, escreve sobre sua vida para depois queimar ou jogar fora? É claro que ela queria que fosse lido, porra.

- Talvez você tenha razão.

Ele abriu numa página aleatória:

- Vamos ver o que ela escreveu aqui... “Às vezes ele pede para eu colocar uma peruca loura. Eu até comprei uma, não pegando mais emprestadas as da Babilônia. E quando eu gozo, ele me pede que o chame de “desclassificado”. Tenho medo que um dia ele me chame de Bárbara enquanto transamos.”

Senti meu coração batendo intensamente e o ar faltar nos meus pulmões.

- Ah, que porra é essa? – Ben me olhou.

- De quem estamos falando? – perguntei, quase sem voz.

Ele passou os olhos pelo escrito, lendo somente para si.

- Ben, fale, porra.

- Daniel.

- Desgraçado – bati na parede, com força, machucando a minha mão – Como ele foi capaz? Ela o amava... – senti as lágrimas escorrendo pelos meus olhos.

Ben fechou imediatamente o caderno. Pude ver os olhos dele lacrimejando:

- Talvez seja muito pessoal mesmo.

- Abre... Veja a data. – Pedi.

- Não sei se devemos.

- Não vai mudar de ideia agora. Temos que saber sobre o dinheiro que ela deixou para Maria Lua... E... O relacionamento dela com Heitor.

Ele abriu novamente na primeira página:

- Aqui é depois... Ela já estava grávida. Menciona a ecografia.

- Tem que ter mais destes cadernos por aqui – fui até o armário, jogando tudo no chão.

- Ele nunca foi. Você se enganou.

- Como assim?

- Salma ficou louca, literalmente louca. E só não acho que a pior coisa que ela fez na vida foi engravidar porque temos Maria Lua aqui conosco.

- Eu... Devo botá-la para dormir, mesmo ela tendo acordado agora?

- Pegue – ele me entregou o caderno fechado – Dobrei as páginas que lhe interessam, porque creio que você não vai querer ler mais nada depois disso.

Ele levantou e olhou pela janela, pensativo. Depois de um tempo, disse:

- Caralho, a gente nunca conhece as pessoas de verdade.

- Ben, não me assuste.

- Eu estou tão decepcionado.

Olhei Maria Lua, que se remexia parecendo querer deixar meu colo e sair andando. Ben veio até mim e pegou-a:

- Vou dormir com ela esta noite, Babi.

- Mas...

Ele tocou meus lábios, me impedindo de falar:

- Primeiramente, você precisará de um tempo sozinha para absorver tudo isso. Segundo: vou mesmo atrás de Tony, agora mais do que nunca. Eu preciso dele. Só vou desistir se ele disser que não me ama da forma como eu o amo.

- E... Vai me deixar sozinha?

- Segunda-feira estarei de volta, eu juro.

Deixei-o levar Maria Lua e peguei o tal diário que era dividido em tantos cadernos que mal ficavam numa pilha sem cair. Mas era só um que me importava... O que mencionava “ele” e a forma como transaram. Por mais que doesse em mim (e eu sabia que doeria de uma forma talvez nunca sentida antes), eu precisava saber a verdade. Se ela gostou; se ele falou palavras bonitas e ao mesmo tempo ordinárias ao pé do ouvido dela; se ela teve um orgasmo intenso como eu tinha quando ele me fazia gozar; se ela fez sexo oral nele... Ou ele nela.

Deitei na cama e abri na primeira página dobrada. Só eu mesma: fazer questão de ler o que eu sabia que acabaria comigo, talvez me destruindo por completo.

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