“Por tanto tempo eu planejei isso tudo. E agora que aconteceu, me sinto um ser humano desprezível. Eu nunca fui uma louca por dinheiro. Mas tenho estado cansada de tudo, principalmente dos babacas com os quais me envolvo. Parece que tenho um ímã para atrair homens de má índole e canalhas. Nesta semana mesmo conheci um homem mais velho, que parecia ser legal. Até chegar no Motel e perceber que ele só queria se satisfazer. O desgraçado era casado e se não bastasse a noite horrível que me fez passar, me humilhou ao final, me tratando como um objeto. Sinto nojo e asco por homens como ele.
Mas Heitor... O que dizer do meu chefe? Depois de tudo que fiz pra chegar até a sala dele, jamais imaginei seu desprezo por mim ou pela pessoa que ele imaginou que estivesse ali.
Eu sei que todas as mulheres dariam qualquer coisa por uma boa foda com o CEO mais conhecido e disputado de Noriah Norte. Mal sabem que ele sequer beija na boca e eu fico tentando imaginar o motivo. Já ouvi que prostitutas não fazem isso por ser muito pessoal. O que se passa na cabeça daquele homem?
Jamais vou ter certeza se ele realmente me confundiu com Cindy. E se isso aconteceu, eu tenho pena dela. Porque ele não foi muito gentil. Parecia esperar pelo sexo, não importando qual mulher estivesse ali. Ao mesmo tempo, não vi excitação, embora ele tenha ficado duro. Foi tudo mecânico, igual ou pior que as relações anteriores que tive.
Não passou pela cabeça dele que eu pudesse ter furado os preservativos. Mesmo caindo de bêbado, ele exigiu camisinha. Por sorte, consegui trocar a minha em meio à confusão que ele fez.
Eu só tive uma chance. Levei duas camisinhas, mas ele não quis repetir. A probabilidade de eu ficar grávida é mínima. Mas vai que eu tenha sorte uma vez na vida... Só uma.
Bebi com ele. Uísque. Babi sempre diz que isso é bebida de rico. É ruim pra caramba. Mas acho que foi o que me fez ir até o final.
Ele é cheiroso. O corpo dele é perfeito. Seu pau é grande e se não fosse estar completamente sem noção do que estava acontecendo, creio que fazer sexo com ele possa ser algo extremamente prazeroso.
Exigiu que eu começasse fazendo um oral nele. Até aí em nada muda com o tipo de homens que me relaciono. Todos querem começar assim. Tive medo que ele não quisesse seguir depois disto. E realmente não queria. Antes que ele gozasse, aproveitei e sentei nele. E mesmo com todo nervosismo que eu sentia e medo, fiquei completamente molhada para ele. Casanova quase me sufocou enquanto fazia-me chupá-lo. E eu senti um pouco de prazer naquela hora, mesmo quando ele me chamou de vagabunda.
Ele gozou em tão pouco tempo e me mandou sair. Apesar de toda trama que fiz para envolvê-lo, eu quis gozar. Ele pouco se importou comigo. E nem deveria. Eu o usei, para ter um filho e ficar em casa, vivendo de pensão.
Se eu sou uma pessoa horrível? Não. Horrível foi o meu padrasto. E eu vou ficar rica e acabar com minha família de merda, sanguessugas, malditos, bandidos. Quero poder chegar no lugar onde morei e mandar aquele bando de desocupados para fora. Quero vê-lo na rua, pagando pelo que fizeram.
Agora é esperar e contar com a sorte. Porque engravidar de Heitor Casanova é contar com a sorte. Mas dar-lhe a notícia depois pode ser ainda pior. Explicar a um homem que sequer lembra que eu existo e a possibilidade de recordar o que houve no ato de concepção do bebê ser completamente remota.
Cheguei em casa e tomei um longo banho. Pensei que não conseguiria escrever sobre o ocorrido, de tão cansada que me sinto e confusa.
Espero que a complicação que tive com meu aborto no passado não interfira na gestação.”
Se eu sabia o que pensar depois de ler aquilo? Não.
Mil coisas passavam pela minha cabeça, tão rápidas que mal dava tempo de conceber cada uma.
Levantei e fui até o quarto de Ben. Maria Lua já dormia e ele estava lendo outro dos diários, com a luz da cabeceira acesa.
- Você... Você... – levantei o diário... As palavras não saíam da minha boca.
Ele fez sinal com o dedo indicador na boca, pedindo silêncio. Levantou e veio na minha direção, me retirando do quarto e fechando a porta.
Nos encaramos e ele abriu os braços. Deitei minha cabeça no peito dele, incapaz de falar ou pensar. Fechei os olhos. Tudo que eu queria era acolhimento.
- Não tinha como contar. Você precisava ler com seus próprios olhos.
- Ben... É tão inacreditável.
- Uma canalhice, Babi.
- Eu... Estou tentando não julgar. Mas eu julguei ele... Foi a primeira coisa que fiz quando ela me contou da paternidade. Ele...
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...