- Bár... Bara... – Ele disse devagar, com a voz arrastada, enquanto a taça com o líquido borbulhante fazia um esforço tremendo para equilibrar-se na sua mão.
Olhei para as duas mulheres praticamente nuas junto dele no ofurô e peguei as roupas delas:
- Saiam daqui agora! – ordenei – Se não saírem da minha frente em dois minutos, vou jogá-las daqui de cima.
As duas levantaram da água quente sem contestar, assustadas. Joguei as roupas sobre elas e abri a porta:
- Se voltarem aqui, eu juro que se arrependerão do dia que nasceram.
- Ela não mente! – ele gritou – Ela faz! Ciumenta... A descla... – não conseguiu terminar a pronúncia da palavra, de tão bêbado – Ela é muito ciumenta...
Elas saíram imediatamente, fechando a porta. Fui novamente na direção delas, que já andavam no corredor e avisei:
- Fora daqui eu quero dizer “agora”. Vão vestir suas roupas em outro lugar. Não quero vê-las aqui dentro por nem mais um segundo. – Gritei, furiosa.
Elas me fuzilaram com o olhar e uma delas chegou a correr, amedrontada.
Olhei para Heitor só de cueca no ofurô. A bebida caía de sua taça enquanto os olhos parados estavam fixos nos meus, com um meio sorriso safado e irônico no canto da boca.
Aquela área externa era enorme. Além do ofurô, mas adiante tinha uma piscina, iluminada internamente com luzes em led, fazendo com que o ambiente ficasse ainda mais convidativo à uma noitada regada à bebidas e sexo.
Fui até ele e peguei sua mão, puxando-o com força até a borda:
- Só falta Bon Jovi tocando. Daí eu caso com você, seu idiota. – Mencionei, certa de que ele mal sabia o que eu dizia.
- Eu o trago de novo. – Me encarou.
- Meu coração poderia estar em cacos, desclassificado. Porque você faz tudo errado, sempre. A questão é... Eu sou expert em colar pedaços de coração.
Ele me puxou com força e caí dentro da água morna, sobre ele, com nossos rostos praticamente colados, fazendo com que meu corpo ficasse completamente sem ação da proximidade de sua presença marcante e ardente, talvez mais quente que a própria água.
- Me chupa, Bárbara! – implorou, os olhos queimando meu corpo, derretendo minha sanidade.
Levantei, ensopada, percebendo os olhos dele nos meus seios expostos sob o tecido branco, fino e molhado, grudado ao corpo:
- Claro que sim... – ri, ironicamente – Quer que eu engula ao final ou não, senhor?
- Sim... – ele pegou minha mão – Por favor...
Levantei-o com dificuldade, colocando seu braço sobre meus ombros:
- O dia em que eu não precisar mais carregá-lo, talvez eu realize o seu desejo. Por enquanto, você não merece, por ser um bêbado irresponsável.
- Bárbara... – A voz fraca e rouca próxima ao ouvido estremeceu meu corpo.
- Você tem sorte que eu amo você demais, desclassificado. E temos um elo que nos liga eternamente.
- A algema? – Ele indagou, enquanto tentava levantar a perna no degrau que nos tiraria dali.
- Não deixa de ser... Só que ela tem carne e boca. – Sorri, lembrando do nosso raio de sol.
Levei-o até o quarto, molhando todo o caminho por onde passávamos. Fui diretamente ao banheiro e liguei a água fria do chuveiro, colocando-o debaixo dela, ouvindo um gemido assustado e vendo o corpo dele arrepiar-se.
Coloquei sabonete nas minhas mãos para esfregá-lo, mas percebi seu membro endurecido e o sorriso que não se desfazia daqueles lábios debochados:
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...