- Me mostre onde estão as bebidas desta casa. – Pedi.
- Vai beber com ele? – Nicolete me olhou.
- Claro que não! Tenho cara de quem faz isto?
Heitor me levou até um armário fechado. Quando abriu, deparei-me com dezenas de garrafas de bebidas variadas, embora a maioria fossem uísques.
- Minha coleção... Tudo... Importado. – Sorriu, orgulhoso.
Peguei tudo que coube nos meus braços e carreguei até a cozinha, enquanto ele e Nicolete me seguiam. Abri as tampas e comecei a despejar na pia os líquidos, garrafa por garrafa, jogando vazias na lixeira.
Quando abri a terceira, ele pegou meu braço, tentando me impedir:
- Tem noção de quanto custa isso, sua maluca?
Retirei a mão dele do meu braço e peguei seu queixo, olhando nos seus olhos:
- Pouco me importa quanto esta coisa custou. Você não precisa mais disto. Está proibido de beber... Para sempre.
Ele começou a gargalhar, enquanto segui jogando os líquidos fora. Quando acabou, voltei ao armário. Jogar os líquidos fora era muito demorado. Joguei diretamente na lixeira em inox, quebrando grande parte das garrafas.
- Você não pode fazer isso, porra! – ele olhou para Nicolete – Não vai fazer nada, Nic? Ela é louca... Esta mulher é completamente louca.
- Sim, vou fazer. – Nicolete o olhou e em seguida saiu, voltando com garrafas nos braços, jogando na pia, imitando meu ato, enquanto sorria satisfeita.
- Você não pode ir contra mim... Não você, Nic. – Ele deixou os braços caírem ao longo do corpo, decepcionado.
Sorri, feliz por ter encontrado alguém que também não concordava em vê-lo daquele estado. Em pouco tempo eu e Nic conseguimos terminar com todas as garrafas do armário.
- Tem mais? – perguntei – No seu quarto, quem sabe?
- Não vai tocar nelas.
- Ele tem uma pequena adega. – Nic me disse – Um belo dinheiro jogado fora.
Cruzei os braços:
- Vinhos, desclassificado? Posso apostar que tem vários Perrone. – Sorri.
- Não... A adega não. – Ele gritou, tentando impedir Nicolete.
Ela abriu uma porta, dentro da enorme cozinha. Tinha uma peça de bom tamanho, com a parede direita e da frente cobertas de nichos feitos sob medida, do chão até o teto, todas com vinhos.
Além da iluminação central, tinha no forro luzes acopladas, que se direcionavam para baixo, deixando as rolhas em destaque. No centro da parede esquerda, um retângulo em madeira de lei, com dez vinhos separados, certamente os mais especiais.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...