Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 208

Assim que chegamos na garagem, vi o Maserati estacionado. O carro de Anon não estava ao lado.

Paramos na frente do carro prata/claro, com design perfeito:

- Não me diga que vamos no Maserati! – Senti meu coração querer pular para fora do peito.

- Sim. – Ele sorriu.

Não resisti e dei alguns pulos eufóricos:

- Eu estou em êxtase. – Confessei, indo até a porta do carona.

Antes que eu abrisse, ele disse:

- Ei, desclassificada... Quer dirigir?

- Eu? Não tenho habilitação. – Suspirei tristemente.

- Quem disse que precisa?

- A polícia? – Enruguei a testa.

- O que você imagina que a policia acharia pior na direção: um bêbado ou uma pessoa sem habilitação?

- Você não está mais tão bêbado.

- E você deve saber dirigir, estou certo?

- Sim...

Antes que eu dissesse qualquer coisa, ele jogou a chave por cima do automóvel, que aparei no ar, sorrindo sem perceber, de tão eufórica que eu estava.

Dei a volta e entrei no Maserati, sentindo as pernas bambas. Era madrugada e eu estava com Heitor Casanova no carro dele, indo ver Allan no hospital. Deus... Mais uma loucura para conta.

- E se formos presos novamente? Não somos mais primários... Ao menos eu não. E por culpa sua, por assim dizer.

- Ninguém mandou riscar nosso carro valiosíssimo.

“Nosso”? Jura? Olhei para os lados, sem a mínima possibilidade de colherinhas aparecerem.

Caralho, eu era uma louca mesmo. Precisava voltar. Ben estava com Maria Lua e ele tinha que pegar um avião em poucas horas.

- Bem, pelo menos não vai haver ato obsceno em público. – Comecei a rir.

- Não mesmo. Não em público. – Me olhou de forma debochada.

Mordi o canto do lábio, sentindo o corpo queimar:

- Quem teria vontade de transar com uma mulher com estas roupas? – Olhei para meu corpo, usando as peças que havia encontrado no armário dele.

- Eu não transo com você, Bárbara. Eu...

- Faz amor. – Completei, tocando seu rosto, descendo pelo queixo, chegando ao peito, espalmando seu abdômen. – E você é o “meu amor”.

- Consegue dizer isso! Palavras não são mais um problema para você?

- Não. Eu poderia dizer que amo você por um dia inteiro – sorri – Mas tenho medo de você esquecer, caso o dia seja hoje.

- Eu já estou bem... Ou melhor, depois que ouvi você falar sobre bebês, temi estar ainda mais bêbado.

Respirei fundo:

- Não falei sobre “bebês”. Falei sobre “a bebê”. Não esqueça desta parte, Heitor.

- De suas brincadeiras de duplo sentido?

Suspirei:

- Como posso convencê-lo de que não está bêbado?

- Achei ter ouvido você dizer que eu estava.

- Eu não menti.

Ele me olhou seriamente:

- Bárbara, não tente me enganar, ok? Isso acabaria com a gente... Para sempre. Eu odeio mentiras.

Retirei minha mão dele, colocando-a no volante, sentindo meu coração acelerar. Eu tentei dizer a verdade, mas se ela foi difícil até para mim, imagine para ele. Precisava ir com calma.

Eu teria que realmente esperar a segunda-feira. Precisaria trazer Ben e todas as provas que eu tinha. Ou ele acharia que estava sendo enganado.

- Por que ficou tensa?

- Ei... Como ligo esta porra? – perguntei, tentando encontrar a parte de colocar a chave no painel de comando e mudando de assunto – Precisamos ir... Nem sabemos ainda como Allan está.

Ele apertou um botão digital quase embaixo do volante e o carro ligou. Senti minhas pernas trêmulas.

- Tome cuidado, pois ele vai de 0 a 100 km/h em 5,3 segundos.

- Caralho! – gritei. – Digo... Oh!!! Quanta potência!

- Não viu nada, desclassificada. – Ele pôs minha mão dentro da sua calça.

Me remexi no banco, o carro ainda ligado, apertando seu pau excitado entre meus dedos, deixando-o duro em segundos:

- Acho que sinto uma potência aqui que consegue este recorde em menos que 5 segundos.

- Só com você dirigindo... – Ele disse com a voz rouca, deslizando um pouco no banco.

- Gosto deste tipo de calça em você... Mais larga – gemi levemente – Facilita meu toque...

- Mãos quentes... Perfeitas.

- Porque não sentiu minha boca. – Provoquei.

- Daria um rim por isso. – Me encarou, sarcástico.

- Com quem está aprendendo estas loucuras, desclassificado?

- Com a mulher que virou minha vida de cabeça para baixo.

- Nem comecei ainda, meu amor! Não sabe o que é vida de cabeça para baixo. – Apertei a cabeça de seu pau delicadamente.

- Se insônia, brochar e pensamentos permanentes numa única pessoa não é uma vida de cabeça para baixo, não sei o que é.

Eu sorri, retirando seu pau convidativo para fora da calça:

- Conheço um raio de sol com carne e boca que vira qualquer coisa de cabeça para baixo... E faz “eu” brochar – Coloquei a calça de volta ao lugar, deixando seu membro ereto sob ela, repousando minha cabeça no encosto do banco. – Precisamos ir, Heitor.

- Vai me deixar assim? Não pode ser verdade.

- Juro que não foi de propósito.

Olhei para a direita:

- Ok, câmbio automático... – coloquei o pé no pedal – Sabe que nunca dirigi um carro automático?

- Você já dirigiu alguma coisa? Porque olha o que aconteceu com a moto. – Ele me encarou, amedrontado.

- Ah, você está bêbado... Nem vai perceber como chegou ao hospital. Mas posso apostar que quando falar com seu pai, estará sóbrio, não é mesmo?

- Com certeza. Sou só um louco que deixa você fazer o que quer comigo... Inclusive tentar me matar.

- Dois pedais – me certifiquei, olhando para baixo – Um acelera e outro freia, estou certa?

- Sim – ele me olhou – Nunca uma ereção começou e terminou tão rápido na minha vida. E só você é capaz de fazer isso... Me levar ao céu e ao inferno em segundos, Bárbara Novaes.

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