Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 229

Resumo de Ela é nossa, Heitor! (II): Como odiar um CEO em 48 horas

Resumo do capítulo Ela é nossa, Heitor! (II) de Como odiar um CEO em 48 horas

Neste capítulo de destaque do romance Romance Como odiar um CEO em 48 horas, GoodNovel apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Nicolete parou na minha frente e disse, abrindo os braços:

- Me dê a criança. Resolva tudo e eu cuido dela.

- Ela... Vai chorar. – Aleguei, amedrontada.

- Eu prometo que não. Me mostre onde está a mamadeira... Resolva o que precisa e quando acabar, estarei aqui, com ela, eu juro. Ela não precisa ouvir tudo isso... O soninho dela é leve.

- Sim... – Eu sorri, tentando me acalmar, enquanto entregava-a no colo de Nicolete, praticamente implorando com meus olhos que ela me devolvesse depois.

- Vou devolver... Eu juro. – Ela pareceu ler meus pensamentos.

Acompanhei com meus olhos Nicolete desaparecer com a minha filha nos braços, carregando a bolsa de bebê no ombro. Talvez fosse realmente o melhor a fazer naquele momento.

Encarei Heitor, que já havia retirado a gravata, com os cabelos completamente bagunçados, de tantas vezes que passou os dedos por eles, de forma nervosa.

- De onde vocês se conhecem? – Celine continuou.

- Bárbara é filha... De Beatriz... A primeira mulher que me apaixonei.

- O que mais você esconde? – Heitor perguntou entredentes – Ou melhor, qual mentira vai continuar contando agora? Não acredite nela, pai. É uma mentirosa.

- Eu não estou mentindo, Heitor. Juro.

- Mentirosa... Desclassificada... E eu posso repetir o significado total desta palavra para você.

- Por favor... Não... Ela não é minha filha... Não é nossa... Mas é sua.

Ele riu, nervosamente, e depois cruzou os braços:

- Vamos, conte sua mentira. Quero ver tudo que você é capaz de fazer para me enganar.

- Não é mentira!

Eu podia chorar. Eu queria chorar... Mas não faria isso. Precisava ser forte naquele momento... Por mim e por Maria Lua. Eu sabia que não seria fácil aquele momento. Mas também não imaginava o quanto ouvir repetidas vezes a palavra “mentirosa” da boca dele me doeria tanto.

Heitor veio até mim e pegou meu braço, de forma brusca e agressiva:

- Venha, vamos conversar nós dois.

- Solte-a agora! – Allan gritou, firme, sério, assustando todos nós.

Imediatamente Heitor soltou meu braço, que doeu pela forma como ele segurou, tamanha força que colocou nos dedos. Olhei a minha pele avermelhada, remetendo-me a um passado do qual tanto tentei esquecer.

Passei a mão no braço, levemente, vendo a marca dos dedos dele começarem a aparecer, clareando a região, como se o sangue tivesse sumido daquela parte.

- Não foi assim que eu o ensinei a tratar uma mulher. – Allan veio na minha direção, dirigindo sua cadeira de rodas com habilidade.

- Não mesmo... Me ensinou a traí-las, engravidá-las, renegar a paternidade. A acabar com as pessoas que lhe ajudaram, fazendo filhos bastardos em suas esposas.

- Você não sabe do que está falando. – Ele disse, entredentes, furioso.

- Então nos diga, por favor... A verdade – pedi – Não importa que Heitor tenha me machucado... Isso não foi nada perante tudo que já passei na vida. Quantas vezes acha que fui agredida, de forma pior? A diferença é que eu não fazia nada para merecer ser tratada daquela forma.

- E agora fez? – Heitor me encarou – Admite sua mentira?

- Não. Eu não estou mentindo. – Afirmei, tentando não gritar.

Ele se aproximou e pegou meu braço, olhando-o. Depois largou, passando a mão nervosamente no rosto, os olhos avermelhados, enquanto balançava a cabeça:

- Eu machuquei você, porra! – gritou – Olha o que eu fiz... O que você me obrigou a fazer.

- Está tudo bem.

- Não está, porra! Não está! Eu nunca fiz isso... Nunca... – Ele pegou uma escultura que parecia um vidro enrolado, transparente, em torno do corpo de uma mulher e jogou-a na parede, quebrando em mil pedaços, fazendo com que eu desse um salto para trás, agora realmente assustada.

- Por Deus, Heitor, acalme-se – Celine pediu – Mande esta mentirosa embora com a criança e tudo está resolvido. Impeça a entrada dela na casa... Faça com que Bárbara se mude de país para pagar pela forma como tentou enganá-lo. Eu nunca acreditei em você, menina. Nunca.

- Sebastian... Ele é... – Allan me olhou, pegando minha mão.

Senti uma lágrima incontida, no meio de toda minha força que começava a desabar naquele momento. Limpei, olhando para ele:

- Teve alguém inocente nesta história toda? – Perguntei.

- A minha esposa, mãe de Heitor. Ela foi a única inocente, que não soube de nada... Eu não a amava, mas larguei tudo pelo filho que ela esperava. Abri mão do amor da minha vida... Para ser pai. Mas não consegui sentir nenhum tipo de afeto pela criança que Soraia Perrone gerou. Porque eu só quis atingir Francesco e assim fazê-lo sofrer, de alguma forma, pelo que ele fez com Beatriz. Soraia só era uma mulher fácil... Qualquer um poderia ter transado com ela.

- E depois que você soube que ela me esperava? O que aconteceu?

- Beatriz sumiu. Nunca mais a encontrei.

- Não pensou... Em colocar um detetive atrás dela, como Sebastian fez para me encontrar?

- Não... Se ela não queria ser encontrada, eu não a procuraria. Foi de mim que ela fugiu, do sentimento forte que nos unia. Eu tinha um filho... Ela seria mãe em breve. Não podíamos continuar com aquilo.

Celine sentou no sofá, o corpo parecendo cair.

- A North B... O nome foi em homenagem a ela.

- B... De Beatriz? – Heitor questionou – Eu... Sempre imaginei que fosse de Beer...

- Nunca me perguntou. Se perguntasse, eu teria dito a verdade.

Heitor veio até mim e limpou minhas lágrimas com os polegares, passando os dois ao mesmo tempo no meu rosto.

Depois pegou minha mão e levou-me até uma porta, onde abriu com a digital e entramos numa sala gigantesca, com uma mesa cheia de papéis, como se fosse de reunião de trabalho. Em volta dela, várias cadeiras e as paredes rodeadas de estantes, com livros.

- Me perdoa por tê-la machucado... Por favor.

- Sim... Não se preocupe.

- Vou lhe dar uma última chance de dizer a verdade e tentar se redimir. Diga que dormiu com outro ou “outros” homens e esta criança é sua e que está tentando me enganar, querendo que eu assuma a paternidade. E desta forma eu não vou acabar com você.

- Não vou dizer isso. Você é o pai... Embora eu não seja a mãe.

Ele gargalhou e olhou firmemente nos meus olhos:

- Eu não posso ser pai. Eu tenho vasectomia, sua mentirosa. Quero você fora da minha casa, da minha vida e longe dos Casanova. Agora!

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