Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 230

- Você está mentindo! É o pai de Maria Lua. Faça a porra de um DNA se preferir e se certificará de que é sua. Pode negar qualquer coisa na vida, Heitor, menos a paternidade dela. – Gritei, sentindo ódio.

- Fiz vasectomia após a gravidez de Milena, sua desclassificada. Eu não posso ser pai. Eu nunca quis filhos. Então você bate à minha porta com uma criança que deve ter tido de qualquer homem que arranjou na rua e tenta me dar o golpe? – ele riu, passando as mãos nervosamente pelos cabelos – Muitas já tentaram isso comigo, Bárbara. Se acha esperta? Não, não é. É só mais uma... Como todas as outras.

- Não sou como as outras... Eu sou Bárbara.

Tudo começou a girar rápido demais. Apoiei-me numa cadeira, sentindo que meu corpo precisava de amparo mais uma vez. Não podia ser verdade. E eu não estava ofendida pelas palavras que ele me fazia. O fato de ele poder realmente ter uma vasectomia me deixou completamente sem ação.

- Deixe a minha casa ou vou chamar Anon e mandá-lo levá-la a força, junto com a porra da menina.

- Não a chame de porra... – Me joguei na direção dele e comecei a socá-lo com força no peito, enquanto ele se defendia com as mãos.

- Você é uma golpista... Suma com sua bastarda daqui agora.

Levei a mão ao rosto dele, arranhando-o com força. Minha raiva era tanta que eu poderia matá-lo se tivesse uma arma, pela forma como ele falava da criança.

Heitor pegou minhas mãos de forma habilidosa, me impedindo de seguir com as agressões. Meu coração batia forte. O corpo tremia incontrolavelmente. Meus cabelos caíam pelo rosto de forma desordenada e bagunçada e a minúscula alça do vestido arrebentou.

Nossos olhos se encontraram e eu disse, sentindo todos os meus músculos se retraírem:

- Eu odeio você.

Heitor colocou minhas mãos para trás do corpo, empurrando-me em direção à mesa:

- Por sorte eu não casei com você, mentirosa.

- Eu pensei mesmo em mentir. Porque eu imaginei que você não aceitaria a verdade, como eu mesma tive dificuldade em aceitar. Mas quando cheguei aqui não achei justo. Então falei tudo... A verdade. Mas agora... Eu não sei mais qual é a verdade – balancei a cabeça, aturdida, tentando entender o que realmente estava acontecendo.

- A verdade é que você tentou me enganar. Mas eu não posso ser enganado – riu, debochadamente – Você foi a última que tentou me dar este golpe, juro. Vou ficar com Cindy, como deveria ter feito há muito tempo.

Tentei soltar-me das mãos dele, mas não consegui:

- Fique com quem quiser. Aliás, você nunca a deixou, não é mesmo? Só lembre de uma coisa, para sempre: eu não menti.

- Vou acabar com a sua vida, Bárbara. Eu lhe ofereci tudo que eu tinha de bom e você destruiu, jogou fora, pisou em cima.

- Por Deus... Me deixe explicar... Por favor. Eu imploro. A menina não é minha filha, embora eu me sinta mãe dela.

- Eu não quero ouvir sua explicação.

- Por favor... Eu imploro. Me ouça. E depois eu vou embora e juro que nunca mais você vai me ver. Porque o fato de você não ser o pai de Maria Lua fará com que eu vá embora daqui, para sempre, para o mais longe que eu conseguir. Eu não posso deixá-la com os avós. Eu sequer sei quem é o pai dela agora. Porque... Estava escrito que era você.

- Estava escrito aonde? Na sua cabeça doente?

- Nos diários...

Ele gargalhou, debochadamente. Estávamos tão próximos... Eu sentia o cheiro dele, sua ira, via seu coração batendo de forma acelerada e a veia do pescoço quase saltando de tão visível. Eu sentia ódio dele e das coisas que dizia naquele momento. Era possível sentir raiva da pessoa que eu amava? Porque sim, meu coração estava como se fosse dividido em dois.

- Por favor... Me dê cinco minutos. Isso me basta. – Tentei, mais uma vez.

- Não. Fora daqui, agora. Você e sua filha bastarda.

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