- Estou tão horrível... Que preciso de um banho? – Sorri, confusa.
- Sim... Muito – ele me abraçou – E juro que eu queria muito esfregá-la... E tocar cada parte do seu corpo para tirar todo o stress do seu dia, ou noite. Mas... Talvez eu também esteja muito cansado.
- Eu estou confusa... Cansada... E com medo.
- Eu estou aqui, Bárbara. E vou ficar, mesmo que me mande embora. Foi a última vez que a deixei partir... Isso não vai mais acontecer.
- Eu... Vou tentar tomar um banho rápido. E se Maria Lua acordar... Você precisa tirá-la do berço... E...
- Não! – ele se afastou – Eu... Nunca peguei um bebê... Nem uma criança. Não sei fazer isso.
- Eu também nunca tinha pego. Mas descobri que não quebram – sorri – Só posso ir para o chuveiro se me disser que vai cuidar dela.
- Porra, não sei nem onde fica o seu quarto.
Peguei a mão dele e levei-o até o quarto de Maria Lua, abrindo a porta:
- Esta bagunça toda é temporária. – Expliquei sobre as roupas no chão, que eu havia usado para fazer a mala rapidamente e as sacolas com os pertences de Salma ainda jogadas no quarto.
- Ok, e aquilo é um bebê.
- Sim, aquilo é um bebê dormindo no berço. Quase seis quilos de carne com boca, que chora, come e faz cocô.
- Caralho! Que nojo!
- Por hora não vou exigir que troque a fralda dela, então relaxe.
- Eu nunca vou trocar.
- Sim, você vai – afirmei – E vai amá-la, eu garanto... Como eu a amo.
- Eu... Não gosto de crianças.
- Você pensou algum dia amar alguém da forma como me ama, disposto a assumir um filho que não é seu em nome deste sentimento?
- Não... Nunca.
- O sentimento que terá por ela é algo que não tem como explicar. Quando perceber, estará completamente louco por esta criança. E... Reafirmando, ela não é minha filha. Eu fiz a cirurgia da endometriose quando estava viajando.
- Fez? Por que não me contou?
- Não achei que fosse significativo ou importante para você.
- Tudo sobre você é importante para mim, Bárbara. Eu esperei meses pelo seu retorno. Eu levei Jon até a Babilônia por você. E não foi só na camaradagem... Paguei por isso. E você simplesmente acabou comigo naquela noite.
- Foi a noite que Maria Lua nasceu... E a mãe dela morreu. E... Eu achei que ela era sua filha.
- Minha filha? E por isso levou quase um ano para me contar a verdade?
- Perdão... Fiz muitas porras... Muitas.
- Eu também. Mas não quero mais fazer. Eu quero que você me ajude, Bárbara... A ser a pessoa que você precisa.
- Você já é esta pessoa, Heitor. Agiu exatamente como eu precisava... Embora não como eu previ.
- Não agi... Eu fui rude, eu fui cruel, eu agredi você.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...