Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 254

- Então, podemos fechar negócio? – Perguntei a Danilo, o responsável por uma das boates mais famosas dos Estados Unidos.

- Pelo visto você está com pressa – ele riu – Não vamos brindar a isso com um drinque?

- Realmente não vou beber. E sim, estou com um pouco de pressa. Minha vida tem estado uma loucura dos últimos tempos.

- Por isso mesmo deve beber. – Insistiu a morena com peitos arredondados, quase saindo para fora do vestido, sentada ao lado dele.

- Algo aqui lhe interessa, Casanova? – Danilo sorriu sarcasticamente, enquanto acompanhava meu olhar.

Fiquei um pouco constrangido. Mal sabia ele que eu não me interessava. Simplesmente observei, porque era impossível não olhar peitos quase saltando na sua frente. Parecia até proposital.

- Thorzinho agora é um homem de família. – Cindy riu debochadamente, cruzando as pernas quase por cima de mim.

Caralho, quando aquilo ia acabar? Eu estava cansado daquela conversa, embora soubesse que precisava resolver aquilo de uma vez e negócios geralmente demoravam para serem fechados, mesmo que eu já estivesse tratando daquilo há um bom tempo.

- Um homem de família? Como assim? Eu não ouvi falar nada disso. – A morena me indagou, apoiando os cotovelos na mesa, deixando aparecer parte das aréolas escurecidas na parte do tecido que caía por seu seio.

Se fosse outro homem talvez ficasse impressionado. Não era o meu caso. Já tive mulheres se oferecendo para mim completamente nuas. Parte dos peitos dela aparecendo não eram nada frente há tudo que já vi e vivi.

- A exposição da minha vida pessoal ficou no passado. Enquanto eu puder, vou deixar minha mulher e minha filha no anonimato... E em segurança.

Minha filha? O quê? Eu falei isso mesmo? Não, não foi proposital... Foi da boca para fora, sem pensar, sem me dar em conta...

- Você tem uma filha? Eu... Não sabia, amigo. – Danilo levantou e bateu no meu ombro, o corpo sobre a mesa.

Enruguei a testa, não confirmando. Não sabia se estava sendo uma boa companhia naquela noite. Olhei no relógio. Eu só precisava que ele assinasse aquela porra e me deixasse livre para voltar para casa. Não fazia muito tempo que eu havia chegado, mas já estava com saudade da minha desclassificada.

A Babilônia sempre foi o lugar onde me sentia mais feliz e que me deixava à vontade, livre de todas as loucuras do dia a dia. Agora eu começava a gostar do meu apartamento e das companhias que eu tinha lá. Como se voltar para casa sempre fosse a melhor parte do dia. Até o som ensurdecedor me incomodava naquela noite, como se a música estivesse dentro da minha cabeça, martelando.

- Então... Vamos assinar? – Propus mais uma vez.

- Eu... Trouxe minha amiga aqui como agradecimento por você nos confiar o que tem de mais precioso – Danilo olhou para Cindy, que lhe sorriu sedutoramente – E penso que seria justo eu provar a eficiência do que estou levando. – Deixou bem claro suas intenções.

- Neste caso, Danilo, agradeço seu... Presente – será que eu poderia descrever aquela mulher daquela maneira? – Mas não vou desembrulhá-lo – garanti – Tenho outro compromisso importante me aguardando – menti (ou não, afinal, Bárbara era um compromisso importante, mesmo que eu a visse todos os dias) – E...

Eu diria que tinha pressa. Mas olhei na direção da pista e tive a impressão de ter visto a minha mulher lá. Balancei a cabeça e fechei os olhos e ela desapareceu. Será que eu estava tendo visões com Bárbara Novaes? Porra, aquela mulher me deixava literalmente louco, prestes a ser internado em um sanatório.

- Eu... Quero que decida se vai querer selar o contrato e levar a melhor dançarina de pole dance que já ouvimos falar... Ou então vou fechar com uma boate em Dubai, que o próprio dono já entrou em contato comigo. – Blefei.

- Não, eu realmente quero fechar o negócio. É desejo meu e de meu sócio. Creio que a Babilônia seja um dos nomes mais lembrados quando se fala em casas noturnas atualmente.

- E isso a nível mundial, como bem sabe. – Enalteci meu negócio.

- Vamos fechar agora!

- O contrato já está pronto e revisado. Vou ligar para meu advogado trazê-lo. – Peguei o celular do bolso.

Antes que eu realizasse a ligação, vi Ben ao meu lado, com três drinques nas mãos, quase virando tudo, mesmo andando com cuidado. Será que ele nunca ouviu falar em bandeja?

Olhei para ele, enrugando a testa, incapaz de prestar atenção em qualquer coisa. Que porra era aquela?

- Boa noite, pessoal. Sou Ben! Vim lhes oferecer um pouco de alegria – ele colocou as bebidas sobre a mesa – Já me certifiquei do que cada um gosta... Cosmopolitan para as moças lindas... Dry Martini para o gatão aqui – distribuiu os copos – E para o desclassificado... Água – retirou do bolso de trás da calça uma garrafa pequena de água com gás, colocando na minha frente.

- Dry Martini? – Danilo perguntou, olhando a garrafa de uísque caríssima na sua frente – Quem não gosta de Dry Martini? – encolheu os ombros, sorrindo.

- Por isso mesmo este veio para o gatão! – Ele gesticulou com os dedos, imitando um gato.

- Cosmopolitan? – Cindy olhou o copo – Como sabia que era o meu preferido?

- Segredo, cherry. – Ele piscou.

Cindy bebeu o restante de uísque que tinha no copo e depois foi para o Cosmopolitan.

- Devo providenciar mais, ladies? – Perguntou.

- Eu quero mais. – Falou a morena.

- Eu também. – Cindy confirmou.

Ele foi saindo e eu levantei, quase correndo atrás dele. Puxei-o pela blusa, quando ele já estava descendo a escadaria:

- Que porra é essa?

- Eu... Só estou tentando ajudar. – Explicou, um sorriso cínico.

- Ajudar ou atrapalhar meu negócio? De que lado você joga, afinal?

- De que lado “você” joga, Thorzinho. – Ele disse, cutucando meu peito com força, usando o dedo indicador.

- Isso é... Agressão? Ou estou entendendo errado? Parece que tentou me machucar, Bem!

- E não devo, desclassificado? O que faz com a loira do pau do meio de novo? O que pensa que minha amiga é? Eu tento defendê-lo, mas confesso que às vezes fica bem difícil.

Eu tinha que me explicar logo ou ele contaria tudo para Bárbara, do jeito que tinha entendido: errado. E como eu bem a conhecia, ela não me daria nem chance de falar.

- Caso ainda não tenha se dado em conta, eu sou louco pela sua amiga. E estou aqui, com estas pessoas, inclusive Cindy, justo por ela. Porque Bárbara me colocou contra a parede, caso não saiba. Então foda-se o que Cindy Connor proporciona de lucros para a Babilônia.

- Como assim?

- Estou fechando uma nova filial da Babilônia em Las Vegas. Cindy vai de brinde. Aliás, um brinde caro... Muito caro. Em troca, estarei fechando a filial de Noriah Norte, deixando a de Vegas como única autorizada a usar o nome da Matriz. E adivinha? Não levo nada de lucro em cima disso.

- E como se livrou tão fácil de Cindy? Ela aceitou assim, do nada?

- Do nada? – eu gargalhei – Acha mesmo que Cindy sairia sem nada? Ela vai receber parte dos lucros das duas Babilônias... Para sempre.

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