Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 260

Creio que não tenha durado muito tempo aquela perseguição, mas pareceu uma eternidade. E não lembro de ter sentido tanto medo na vida, nem mesmo quando procurava por Jardel, batendo de frente com traficantes e prostitutas.

Anon realmente era um ótimo motorista. E além de dirigir com habilidade, não deixando que o carro se aproximasse de nós, ainda atirou na direção dele.

Heitor seguiu sobre mim, abraçando-me como se pudesse me proteger. Na verdade, ele estava me protegendo... Com seu próprio corpo.

Fui uma mulher que viveu praticamente uma década abrindo mão de mim mesma e pensando nos outros: Jardel, a mãe dele, os irmãos... E não tinha espaço para pensar no que “eu” queria. Ou coragem para jogar tudo para o alto e ser eu mesma. Protegi quem nunca mereceu... E jamais alguém pensou em mim.

Saber que Heitor Casanova abria mão da própria vida em nome da minha era algo que não cabia dentro de mim. Eu merecia aquilo? Se ele levasse um tiro por minha causa, eu não seria capaz de sobreviver... Nem com a culpa, nem sem a presença dele na minha vida.

Cinco minutos e Anon parou de correr feito louco. Senti o carro diminuir a velocidade e suavizar nas curvas:

- Chegou reforço – disse Anon – Segurança privada, senhor. Estamos todos fora de perigo a partir de agora.

Heitor saiu de cima de mim e ajudou-me a levantar, sentando novamente ao seu lado. Olhou nos meus olhos e perguntou:

- Você está bem?

Assenti com a cabeça, incapaz de dizer qualquer palavra. E não tenho certeza se era pelo medo ou pela demonstração de amor e proteção que ele havia me dado naqueles minutos atrás.

- Ben, pode levantar. – Anon disse.

- Nem pensar – Ben falou, com a voz fraca.

Não o vi no banco. E acho que o único lugar que ele poderia estar naquele momento era sentado no chão.

Meu coração parecia querer saltar para fora do peito. Peguei a mão de Heitor e apertei-a, sentindo-a trêmula.

- Não pare até chegarmos dentro do prédio, Anon. Só lá estaremos em segurança. – Ele ordenou com firmeza, mesmo eu sabendo o quanto estava nervoso naquele momento.

- Sim, senhor.

O trajeto da Babilônia até a casa de Heitor era curto. E nem dava para entender como tudo aquilo aconteceu em tão pouco tempo.

Assim que a Mercedes parou no estacionamento privativo do prédio onde residia Heitor Casanova, os demais carros que nos acompanhavam também estacionaram e todos desembarcamos ao mesmo tempo.

Não contei, mas creio que tinha mais de dez seguranças, todos vestidos iguais, de ternos pretos e armados fortemente. Achei que Anon iria até eles, mas primeiro abriu a porta do carona e retirou Ben do carro, apavorado.

- Está tudo bem agora, Ben – garantiu – Estamos seguros aqui.

- Caralho, eu estou tremendo feito uma vara verde. – Ben confessou.

- Vão os dois para casa, imediatamente. – Heitor ordenou para mim e Ben.

Peguei a mão de Ben e fomos para o elevador rapidamente. Antes da porta se fechar, pude ver Anon e Heitor indo em direção aos homens que os esperavam.

- O que foi isso, amiga? – Ben perguntou.

- Eu... Não faço ideia. Mas tive muito, muito medo.

- Parece coisa de filme... Foi muito louco. Acho que vou ter um ataque cardíaco de tão forte que meu coração está batendo.

- Acha que pode ter sido... Algo relacionado com a bebê?

- Anya e Breno? – Perguntou.

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