Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 263

- A questão é que mais cedo ou mais tarde, Bárbara e Heitor terão que entrar com o pedido na justiça. Eles não vão descansar... Quererão mais e mais, sobreviver do dinheiro dos Perrone para sempre. – Allan falou.

- Enquanto o nome de Sebastian estiver na certidão, estamos seguros. – Ben disse.

- Mais alguém sabe que Sebastian não é o pai? – Heitor me perguntou.

- Eu... Achava que conhecia Salma, até ler os diários dela. Depois de toda forma que ela usou para engravidar, já não tenho mais certeza de nada sobre minha amiga. Mas a única pessoa que tenho certeza que sabe a verdade é Daniel.

- Este desgraçado está morto.

- Não ouvimos falar nada sobre isso, Heitor. Como podemos ter certeza?

- Eu vou mandar Anon imediatamente ir até lá e verificar.

- Mas isso faz tempo... – lembrei – E a ordem que você deu não foi “matar”.

- Anon não é um homem de fazer as coisas pela metade.

- Ah, não mesmo! – Ben disse imediatamente, fazendo todos os olhares caírem sobre ele – Estou falando... De matar pessoas... Tipo: ele não mata só um pouquinho... Mata... Matado. – Ele ficou completamente confuso.

Discutimos mais de uma hora e não chegamos à nenhuma conclusão do que fazer. A única certeza por enquanto era aguardar eles aparecerem novamente e fortalecer a segurança de Maria Lua.

No dia que Maria Lua estava fazendo sete meses, no final do dia teve febre de 38,5 graus.

- Precisamos levá-la à Pediatra, Heitor. – Falei, percebendo que ela estava abatida e chorosa.

- Ok, vamos. Vou mandar Anon chamar a segurança e ligarei para a doutora nos esperar na Clínica.

Quase dois meses e eu não havia saído para nenhum lugar com Maria Lua. A sorte é que Nicolete sempre estava comigo e as visitas de Mandy estavam cada vez mais frequentes.

Enquanto eu trocava a fralda dela e Nicolete preparava a bolsa com roupas e pertences dela, Heitor entrou no quarto:

- A doutora está num congresso. Só retorna na próxima semana. Me indicou um hospital que fica próximo e que é de confiança. Vai ligar e pedir para um Pediatra que é amigo dela nos esperar.

- Ótimo. – Peguei Maria no colo, cobrindo-a com uma mantinha leve enquanto ela reclamava com choro.

Fomos na Mercedes e um carro com guarda-costas armados nos escoltou na frente e outro atrás. Depois da tentativa de assalto ou assassinato, nada mais fugia dos olhos de Heitor, principalmente com relação à segurança de todos.

O hospital era infantil e realmente assim que entramos na recepção, já havia um médico à espera de nossa filha. Depois de examinada, o médico pediu um exame de sangue. Enquanto isso, precisaríamos aguardar sair o resultado.

Heitor que a segurou para retirarem o sangue do bracinho. Assistir uma agulha perfurá-la me fez chorar copiosamente. Virei-me de costas, para não assistir, só ouvindo o choro incontrolável e de dor dela. Quando vi os enfermeiros saírem, ambos tocando meu ombro, parecendo entender o meu sentimento, voltei-me para eles novamente.

Heitor já estava com ela no colo, a cabecinha deitada em seu ombro. Percebi os olhos dele avermelhados. Certamente havia chorado também.

- Acalme-se, meu amor! Papai promete que isso não vai acontecer novamente, ok? – Ele disse enquanto alisava os cabelos dela.

Suspirei e abracei-os, sentindo meu coração se partir:

- Espero que não seja nada grave.

- Não há de ser. Ela é forte, não é mesmo? – Ele olhou para Maria e respirou fundo, suspirando, nervoso.

- Vocês podem voltar para a recepção e aguardar lá. – Avisou a enfermeira – Assim que o resultado estiver pronto, chamamos vocês e estarão liberados.

- Obrigada. – Falei, enquanto me dirigia com o dedo entre a mãozinha dela, que o segurava, ainda no colo de Heitor.

A sala de espera era ampla e arejada. Os móveis todos brancos, inclusive as poltronas. Uma TV de tamanho grande estava ligada com desenho animado e bem colorido, que chamou imediatamente a atenção de Maria Lua, que parou de chorar.

Sentamos nas poltronas e Heitor me entregou ela, com os olhinhos vidrados na tela, já mais calma.

Olhei o braço gordinho com o adesivo e disse:

- Isso doeu mais em mim do que nela.

Senti meu coração se quebrar em mil pedaços e o medo tomar conta de mim. Não poderia deixá-los levarem a minha filha. Eu seria capaz de matá-los antes de entregá-la a eles.

Heitor pegou minha mão firmemente e disse:

- Ela não pertence a vocês. Ela é nossa... É minha filha. E posso fazer um DNA se vocês assim preferirem.

Olhei na direção dele, sabendo que estava blefando, mas entendendo onde queria chegar.

Breno escorou-se no encosto da poltrona confortável, esticando as pernas e rindo debochadamente:

- Não, Casanova. Você não é o pai da menina. Mas nós sabemos quem é.

Heitor ficou calado, talvez sem saber o que dizer naquele momento. Eu não acreditei no que ouvi. Como eles sabiam? Os diários não diziam... Salma acreditava que Heitor era o pai de Maria Lua. Ela não mencionou a hipótese de ser outra pessoa.

- Quanto vocês querem? – Heitor foi direto.

- Que bom que você sabe que ela tem um preço – Breno falou – Vamos discutir isso civilizadamente, de homem para homem.

- Você não é um homem... É um animal, um abusador de meninas inocentes, um verme que sobrevive de chantagem. Eu vou pagar o que vocês quiserem, mas tenham certeza de que vou transformar a vida de vocês num inferno depois disso.

- Então não devemos pedir dinheiro, Breno – Anya olhou para o marido – Creio que o melhor a fazer seja entregar a menina ao pai... Ou dizer que não sabemos quem ele é e ficarmos com a guarda. Já falamos com uma advogada e temos maiores chances de ganharmos a menina do que vocês.

- Nem vocês sabem quem é o pai. Estão jogando... – Heitor falou.

- Nós sabemos. Mas não vamos contar. A questão é que ele não quer a menina. Então resta a nós, avós, ficarmos com o fardo. Mas como somos bonzinhos, podemos dividir o fardo com vocês. Porque fraldas, comida e roupas para uma criança desta idade é muito caro. Olha o quanto ela cresceu.

- Façam o preço e eu pago. – Heitor disse firmemente.

Os dois se entreolharam e sorriram satisfeitos.

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