Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 268

Comecei a rir e deixei os dois ali, trocando elogios e palavras de carinho. No fundo, eu tinha certeza de que se gostavam, só não queriam admitir.

Parei, cruzando os braços e observando a alegria que contagiava nosso lar. Sim, finalmente agora tínhamos um lar, rodeado de amor, carinho e tudo que nossa filha precisava. Não queria dizer que antes de conhecer Heitor eu não considerasse um lar onde vivia com Ben e Salma. A questão é que eu não entendia o motivo, mas agora tudo era diferente. O carinho que eu tinha por Maria Lua era simplesmente inexplicável, assim como a necessidade de estarmos nós três juntos, o tempo todo.

- Pensando em como vai tirar mais proveito do meu enteado?

Olhei para o lado e vi Celine, com um sorriso macabro, parada ao meu lado, também cruzando os braços.

- Eu não sou você, “sograsta”.

- Detesto a forma como me chama. Não acho engraçada. Aliás, não acho graça de nada das coisas que você fala.

- E eu detesto você. Então o fato de não gostar da forma como a chamo é o que menos me interessa.

- Acha mesmo que ele vai amar esta menina como se realmente fosse filha dele? Isso jamais vai acontecer. E ao final, nem deixará a herança para ela, alegando que não é filha de sangue. Não seja ingênua. – Falou baixinho, para que ninguém nos escutasse.

- Se tem uma coisa que acho que não sou nesta vida é ingênua. E quer saber? Eu tenho certeza de que ele ama a nossa filha, assim como a mim. E sobre a herança, eu pouco me importo. O dinheiro é de Heitor e quando ele morrer deixará para quem desejar. Aliás, não tenho tempo para pensar nisso. Estamos muito preocupados vivendo uma vida para nos preocuparmos com a morte. Você é ambiciosa e tem uma mente doente por causa do dinheiro.

- Conheço muito bem pessoas do seu tipo. – Ela continuou.

Olhei seriamente na direção dela:

- Por que não vai falar com a sua filha e pedir perdão por ter estragado o passado dela? A vida é tão curta, “sograsta”. Não perca seu tempo com rancor e se preocupando com dinheiro. Quando a gente morre, tudo fica aqui, acumulado, para os outros.

- Os seus joguinhos são só para os outros, Babi. Eu não acredito na sua bondade. Sei de todo seu interesse.

- Não preciso lhe provar nada. E não me importo com a sua opinião.

- Deveria. Imagina quando todo o mundo souber que a menina não é filha de Heitor de fato.

- Ele não se importaria, se isso é uma ameaça. Aliás, já tem gente demais nos chantageando para você querer ir pelo mesmo caminho.

- Heitor tem uma reputação a zelar. Ele é um Casanova.

- Um Casanova cheio de virtudes e valores. Ele é um nobre homem, assim como o pai. Por mais que Allan tenha errado no passado, é um homem bom. E quando o olho na cadeira de rodas sinto um pouco de culpa... Afinal, tudo que ele fez foi pela minha mãe. Eu sinto muito por ele não a amar, Celine, e ainda nutrir o mesmo sentimento pela mulher que o fez conhecer o amor. Mesmo casado com você, ele desafiou tudo e foi em busca de vingança em nome de Beatriz Novaes. Pouco se importou com suas ações frente a isso. Então, de alguma forma, entendo sua amargura.

- A menina é uma bastarda, sem pai, nem mãe. Uma órfã.

Descruzei os braços e desfiz o sorriso irônico e o plano de fazê-la sentir a dor nas minhas palavras:

- Nunca mais diga isto novamente.

- Ou... – Ela desafiou, ironicamente.

- Eu sou capaz de qualquer coisa e você sabe disto. Num estalar de dedos eu retiro você definitivamente da mansão Casanova e vou morar com minha bastarda lá.

Ela deu uma risada. Eu disse, altivamente:

- Allan, acredita que Heitor está pensando em sair do apartamento? Ele acha que Malu precisa do espaço que uma casa oferece. O que acha disto? – Fui até ele, sentando ao seu lado, chamando a atenção de todos.

Celine seguiu bebendo seu Champagne, me encarando, os olhos verdes profundamente irritados.

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