Nos despedimos e embarcamos em nossos carros. Assim que sentei no banco traseiro da Mercedes, retirei os calçados e deitei a cabeça no ombro de Heitor.
- Me lembre de não comemorar mais o aniversário da nossa filha com festa. – Ele sorriu tristemente.
- Na verdade, não foi a festa... Foi “a convidada”. E eu não queria fazer isso, quis deixá-la de fora desde o início...
- Vou ouvir você da próxima vez, meu amor. – Ele me puxou para ainda mais próximo dele.
- Acha que tudo vai dar certo quanto ao processo de guarda?
- Sim, eu tenho certeza. Temos os melhores advogados. Não há motivos para não nos deixarem legalmente responsáveis por ela.
- Espero que este pai não apareça.
- Estou confiante de que não vai aparecer, Bárbara. E se aparecer, sou capaz de falsificar todos os exames de DNA possíveis.
- Sabe que não podemos fazer isso... – apertei o nariz dele, sorrindo. – Aliás, falando em DNA, quando foi que você reverteu a vasectomia?
- Numa das viagens de negócios – Ele explicou – É um procedimento tão simples quanto a vasectomia, acredite.
- Fez em outro país, então... Não em Noriah Norte?
- Fiz aqui e depois viajei.
- Fez uma cirurgia e foi viajar para longe de mim? Por que tudo isso? E... Era um segredo?
- Não exatamente... Mas ficar perto de você sem querer... – ele olhou pelo retrovisor, observando Anon e depois disse no meu ouvido – Fodê-la... É impossível.
Senti meu corpo ferver, mesmo com todo nervosismo e stress anterior. Quando ele falava no meu ouvido eu ficava simplesmente rendida.
- Quero um bebê, Bárbara... Meu e seu.
- E Maria?
- Vai ser promovida à irmã mais velha.
- Acho que vou ser uma grávida manhosa. – Alertei.
- E eu o marido mais babão do mundo.
- Mais do que um pai babão?
- Talvez... – Ele me deu um beijo nos lábios.
- Eu... Não quero festa de casamento – falei de repente – Estamos numa situação em que tudo é arriscado demais. Parece que o mundo está contra nós.
- Por mim o que você quiser, está perfeito. Só quero distância da imprensa.
- Só quero Ben, seu pai, meu irmão, minha avó... Anon... – Olhei pra ele pelo retrovisor.
- Resumindo, todos que estavam presentes hoje, menos Celine. – Heitor riu.
- Isso mesmo. – Confirmei.
Na segunda-feira os advogados entraram com o pedido de adoção de Maria Lua. Na semana seguinte, eu e Heitor casamos, numa cerimônia simples no Cartório local, diferente de tudo que se imagina para um CEO poderoso e dono de um império. Se eu me arrependi? Não, de forma alguma.
Eu só tinha dois amigos, que valiam mais do que tudo na minha vida. Salma se foi, então sobrou Ben. Eu não sei se ele era como um irmão, porque talvez se tivéssemos o mesmo sangue não seríamos tão ligados. E vê-lo presente naquele momento importante da minha vida, ao meu lado, como sempre, era algo que não tinha preço. Ele viu minha dor, meu sofrimento, a forma como me anulei por oito anos. E agora via minha redenção, a volta por cima, a mulher forte que me tornei e que enfim encontrou o amor, do qual tanto fugiu por dois longos anos.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...