Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 278

A propriedade dos Perrone não era muito longe do aeroporto. Em menos de trinta minutos chegávamos na vinícola, onde também ficava a casa onde meu irmão nasceu e se criou.

Embora não sentíssemos, por estarmos abrigados dentro do carro, era visível o frio intenso que fazia na rua, mesmo com o sol nascendo timidamente entre as montanhas.

Sim, me surpreendi ao ver a extensão das terras que pertenceram e ainda pertenciam à minha família.

Assim que Anon acessou o portão principal, começamos a fazer o caminho íngreme pela estrada onde tudo que se via dos dois lados eram videiras, enfileiradas milimetricamente, parecendo sem vida, com os caules acinzentados e sem nenhuma folha sequer.

- Meu Deus! Está tudo morto! Coitado de Sebastian quando souber disso. – Observei, sentindo meu coração apertado.

Heitor gargalhou antes de explicar:

- Não estudou sobre as uvas, mesmo trabalhando em uma produtora de vinhos, senhora Perrone?

- Na verdade, nesta época, eu não estava muito focada nisto, senhor Desclassificado.

- Lembro bem... Sua única preocupação era incomodar o CEO da empresa rival, não é mesmo?

Suspirei antes de confirmar:

- Sim... Acabei por ter que dividir o mesmo teto que ele. E se não bastasse, a mesma cama.

Nicolete riu:

- Vocês são muito estranhos... Que se completam. Falam de si mesmos como se falassem de outras pessoas.

- Querida esposa, o inverno é a estação silenciosa e discreta de um vinhedo. E não se engane, pois videiras não são plantas nada frágeis e suportam baixas temperaturas.

- Sebastian disse que neva com frequência aqui. – Observei.

- E a previsão para os próximos dias é de neve, senhora Bongiove. – Anon me olhou pelo retrovisor, avisando.

- Jura, Anon? Eu... Iria amar conhecer a neve.

- Posso levá-la para ver a neve em qualquer lugar do mundo que quiser, meu amor. – Heitor me encarou.

- Quero conhecer a neve em Piemonte, na terra dos Perrone... Junto com você e Maria... – Falei empolgada.

- Seu irmão deveria ter lhe explicado melhor sobre a propriedade, as videiras e a temperatura deste lugar. Mas como ele não tem capacidade para tanto, eu posso fazer. – Heitor se gabou, aproveitando para criticar Sebastian.

- Não seja mal-agradecido. Meu irmão foi muito bondoso em nos ceder tudo isso... E fez pelo nosso bem-estar, para que nos sentíssemos em casa e não no ambiente frio e insensível de um Hotel.

- Eu gosto muito de Hotéis. – Heitor deu de ombros.

- Seu bobo! – Dei um tapa no braço dele, de brincadeira.

Malu olhou para mim e depois para ele e deu-lhe um tapa também.

- Ei, você não pode fazer isso! – Critiquei a atitude dela.

- Bobo! – Ela olhou para o pai, repetindo minhas palavras.

Arqueei a sobrancelha, confusa:

- O que é isso, Malu?

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