A propriedade dos Perrone não era muito longe do aeroporto. Em menos de trinta minutos chegávamos na vinícola, onde também ficava a casa onde meu irmão nasceu e se criou.
Embora não sentíssemos, por estarmos abrigados dentro do carro, era visível o frio intenso que fazia na rua, mesmo com o sol nascendo timidamente entre as montanhas.
Sim, me surpreendi ao ver a extensão das terras que pertenceram e ainda pertenciam à minha família.
Assim que Anon acessou o portão principal, começamos a fazer o caminho íngreme pela estrada onde tudo que se via dos dois lados eram videiras, enfileiradas milimetricamente, parecendo sem vida, com os caules acinzentados e sem nenhuma folha sequer.
- Meu Deus! Está tudo morto! Coitado de Sebastian quando souber disso. – Observei, sentindo meu coração apertado.
Heitor gargalhou antes de explicar:
- Não estudou sobre as uvas, mesmo trabalhando em uma produtora de vinhos, senhora Perrone?
- Na verdade, nesta época, eu não estava muito focada nisto, senhor Desclassificado.
- Lembro bem... Sua única preocupação era incomodar o CEO da empresa rival, não é mesmo?
Suspirei antes de confirmar:
- Sim... Acabei por ter que dividir o mesmo teto que ele. E se não bastasse, a mesma cama.
Nicolete riu:
- Vocês são muito estranhos... Que se completam. Falam de si mesmos como se falassem de outras pessoas.
- Querida esposa, o inverno é a estação silenciosa e discreta de um vinhedo. E não se engane, pois videiras não são plantas nada frágeis e suportam baixas temperaturas.
- Sebastian disse que neva com frequência aqui. – Observei.
- E a previsão para os próximos dias é de neve, senhora Bongiove. – Anon me olhou pelo retrovisor, avisando.
- Jura, Anon? Eu... Iria amar conhecer a neve.
- Posso levá-la para ver a neve em qualquer lugar do mundo que quiser, meu amor. – Heitor me encarou.
- Quero conhecer a neve em Piemonte, na terra dos Perrone... Junto com você e Maria... – Falei empolgada.
- Seu irmão deveria ter lhe explicado melhor sobre a propriedade, as videiras e a temperatura deste lugar. Mas como ele não tem capacidade para tanto, eu posso fazer. – Heitor se gabou, aproveitando para criticar Sebastian.
- Não seja mal-agradecido. Meu irmão foi muito bondoso em nos ceder tudo isso... E fez pelo nosso bem-estar, para que nos sentíssemos em casa e não no ambiente frio e insensível de um Hotel.
- Eu gosto muito de Hotéis. – Heitor deu de ombros.
- Seu bobo! – Dei um tapa no braço dele, de brincadeira.
Malu olhou para mim e depois para ele e deu-lhe um tapa também.
- Ei, você não pode fazer isso! – Critiquei a atitude dela.
- Bobo! – Ela olhou para o pai, repetindo minhas palavras.
Arqueei a sobrancelha, confusa:
- O que é isso, Malu?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...