- Sejam bem-vindos. Somos os cuidadores da casa. O senhor Sebastian nos avisou da chegada de vocês. Que bom que não se atrasaram. Esperamos que goste muito daqui, senhora Perrone.
- Casanova! – Heitor corrigiu.
- Perrone Casanova – confirmei – Obrigada por nos receberem.
- Como bem sabe, a casa é da senhora – falou o homem, curvando-se educadamente – Deixe-me levar as bagagens de vocês, por favor.
Anon a abriu o porta-malas do carro e foi retirando a bagagem enquanto o homem foi pegando as malas. A governanta nos conduziu para dentro da casa:
- Vamos entrar, pois está muito frio na rua. A previsão é de neve ainda hoje. – Ela avisou.
- Jura? – fiquei empolgada – Seria muita sorte.
- Certamente pegarão dias de frio e neve. Está bem na época. – Ela sorriu.
Adentramos no imóvel. O interior não tinha as pedras rústicas da parte externa. Tinha um reboco liso e pintado num tom de amarelo envelhecido, fraquinho. A sala tinha vários sofás claros, simples, adornados com mantas coloridas e almofadas. A mesa de centro era em madeira de lei, ao mesmo tempo ostentando um brilho que chegava a ofuscar os olhos. Sobre ela tinha algumas revistas e uma bandeja em cerâmica com duas espécies de ovos artesanais pintados à mão.
O chão era em cerâmica antiga avermelhada, parecendo ter sido passado cera a pouco tempo. O teto lembrava a mesma pedra da área externa, porém mais escurecida. Tinha calefação e ar condicionado.
Os móveis, uma estante, uma cristaleira, todos antigos e rústicos, combinavam com o ambiente.
O cômodo não era grande, e muito aconchegante.
- Esta é a sala principal. – A governanta avisou.
Seguimos por uma antessala simples, acompanhando-a pela escadaria em madeira grossa, corrimões perfeitamente entalhados e desenhados, como uma obra de arte, até acessarmos um corredor estreito, cheio de portas.
Outra empregada veio na nossa direção:
- Sejam bem-vindos. É um prazer conhecê-la, senhora Perrone – olhou na minha direção – Arrumei os quartos para recebê-los e desfarei suas malas. Espero que estejam a contento.
- Obrigada.
- Se importariam se Malu dormisse comigo? – Nicolete perguntou, enquanto pegava a menina dos meus braços.
Olhei na direção de Heitor, que disse:
- Por mim, tudo bem. Quer dormir com Nic, querida? – Perguntou para Maria Lua, que assentiu com a cabeça.
Percebi Malu querendo descer do colo de Nic e disse:
- Precisamos ficar atentas à ela na escada. Não vi nenhuma proteção... – Falei.
- Ficaremos todos de olhos, senhora – a empregada recém-chegada avisou, tentando me tranquilizar – Venha, vou mostrar seu quarto. – Chamou Nic e Malu.
- Vocês ficarão com o quarto principal. – Falou a governanta.
Seguimos elas. Assim que ela abriu a porta, deparei-me com o dormitório verde, que fiquei em dúvida se era claro, escuro ou meio termo. O ambiente era amplo e o as paredes altas, sendo que a parte mais para cima, junto do teto, era pintada de branco.
O teto era de madeira à vista, como se fossem eucaliptos inteiros, arredondados e finos, com um forro que não os escondia, como se brincassem com o design rústico do lugar.
A cama era grande e parecia bem confortável. Tinha lençóis brancos com uma manta branca com detalhes geométricos verdes chamativos, que brigavam com os vários tons de verde das almofadas. A cabeceira era de ferro, como se fosse uma árvore da vida, onde os galhos iam montando um mosaico, grande, que ocupava um espaço considerável da parede.
- Diferente. – Analisei ao redor.
- Espero que a cama seja box, pelo menos. Se for de ferro estamos fodidos.
- Por quê?
- Faz um som infernal.
Comecei a rir:
- Você só pensa nisso, desclassificado.
Ele jogou-se na cama, deitando sobre as almofadas:
- Confortável... Box e não faz barulho. Mas parece não estar engatada na cabeceira. Que coisa esquisita esta árvore.
Deitei ao lado dele, aprovando a maciez do colchão:
- Gostei.
- Não é ruim... – Heitor olhou para os lados – Mas por que tanto verde? Na verdade... Por que verde?
- Como vou saber... É questão de gosto, meu amor.
- Eu já mencionei que detesto verde?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Decidi terminar de ler o livro.....
Decidi terminar o livro.......
Estava amando este livro envolvente,cativante que realmente prende atenção do leitor por ser bem escrito,mais infelizmente desisti de ler "dropei" quando Daniel começou a chantagear a Barbará,to indignada!...
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...