- Gosto... – confessei, me jogando de bruços na cama, sem forças para levantar – Acho que morri e estou chegando no céu... Bom dia, Deus, sou eu... – Fechei meus olhos, a cabeça sobre o colchão que nem tinha mais lençóis.
- Depois disso você não chegou no céu, não, desclassificada – ele riu – Bem-vinda ao inferno – parou na minha frente, estendendo a mão na minha direção – Prazer, diabo, a seu dispor.
- Poderia fazer tudo de novo, senhor? – Levantei a cabeça, ainda incapaz de fazer o mesmo com o corpo.
Ele sorriu de forma safada, com o canto dos lábios. Ouvimos uma batida forte na porta.
- Não lembro de ter pedido serviço de quarto. – Ele arqueou a sobrancelha.
- Não pediu mesmo... Não estamos num hotel, desclassificado. – Levantei rapidamente, puxando o lençol do chão e me envolvendo nele.
Heitor colocou uma calça esportiva, sem vestir cueca e foi até a porta, descalço e sem camisa. Fui para trás da parede, próxima ao armário, para ouvir quem era.
- Pelo amor de Deus, acha que estamos onde? – ouvi a voz de Nicolete – Acordei com esta... Esta... – ela tentava encontrar as palavras para dizer sem ser ofensiva.
- Esta orgia? – Ouvi a voz debochada de Heitor.
- Vocês devem ter acordado a casa toda. Quer vergonha!
- Maria Lua acordou?
- Claro que não.
- Então não acordamos a casa toda. – Ele disse calmamente.
- Thor... Acordei com os gritos de Bárbara. Achei que pudesse ter acontecido algo.
- E aconteceu, Nic... Mas nada que eu possa lhe contar os detalhes.
Coloquei a cabeça para fora, acenando timidamente:
- Bom dia, Nic...
- Deus! Me digam que não quebraram a cama. – Ela me olhou.
- Não... Está pronta para outro round. – Sorri.
- Acho que vocês devem ir para um Hotel ou Motel nas redondezas enquanto eu fico com Malu por aqui. O que vamos dizer aos empregados?
- Que somos recém-casados, em lua de mel? – Heitor sugeriu.
- Não me importo, Nic... Sou dona desta porra toda. – Não disfarcei um sorriso orgulhoso.
- Vocês viram que está nevando lá fora? – Nic trocou de assunto.
- Sim... Estávamos mesmo indo ver a neve. – Confessei.
- Antes decidimos derreter um pouco do gelo... Sabe como é... – Heitor colocou as mãos nos bolsos.
- Você é um menino levado. – Nic balançou a cabeça.
- Nic, vou tomar um banho e levar Malu para rua. Quero que ela conheça a neve comigo...
- Eu vou acordá-la e deixá-la bem quentinha, colocando tudo que trouxemos de casacos.
- Ok. Nos encontramos em dez minutos. – Falei, correndo para o chuveiro enquanto me desfazia do lençol.
O banheiro era simples, mas de bom tamanho e a água bem quente. Enquanto lavava os meus cabelos, Heitor entrou no box.
- Tudo bem com você? – Perguntou.
- Tirando o fato de Nic ter nos jogado um balde de água fria, sim.
- Não lembro de termos feito tanto barulho. – Ele disse.
- Não lembro de termos perguntado a opinião dela. Foi broxante. Não somos crianças.
- Eu já disse o quanto você fica linda quando está brava?
- Não dá nem para gozar em paz... – Reclamei.
- Deveríamos ter ido para um Hotel, meu amor.
- É para ser uma viagem em família mesmo, Heitor. Um descanso enquanto esperamos tudo se resolver.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...