Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 283

O abracei, com força. Acabei esquecendo o quanto ele era ligado a Maria Lua e que deveria estar sofrendo tanto quanto eu, mesmo tentando parecer forte.

- Se bem conheço nossa pequena, aposto que esta hora está chamando todos de “bobos”...

- Ela tem uma personalidade forte... Tomara que haja como se eles fossem gatos. – Ele me apertou ainda mais.

- Vai à Polícia? – Perguntei.

- Sebastian tem um amigo na Polícia. Pediu que eu não fizesse nada até ele chegar.

- Não sabemos sequer onde procurar... Por onde começar... – Falei, confusa.

A governanta veio com o telefone sem fio na mão, me entregando:

- É para senhora. Acredito que seja sobre a sua filha.

Senti meu coração quase saltar pela boca, incerta de quem estava do outro lado da linha.

- Alô!

- Buongiorno, fiore del giorno. Ti piace scopare la mattina?

- Eu não entendo italiano, seu filho da puta. Mas entendo como acabar com desclassificados como você. Isso não vai ter fim nunca mais, Daniel?

- Por que fugiu, amore mio?

- Eu não fugi. Estou aguardando o juiz dar a sentença.

- Chega desta palhaçada, não é mesmo, Bellissima?

- Vou acabar com você, seu desgraçado.

- Só um minuto, alguém aqui quer falar com você.

- Mama?

- Malu? Mamãe e papai já vão buscar você, ok? Não demoraremos.

- Papai... – Ela repetiu, gargalhando e eu conseguia imaginar o sorriso com a boca completamente aberta, mostrando os dentinhos ainda nascendo, os olhinhos pequenos, tão verdes quantos duas pedras preciosas.

- Me dê o telefone, Bárbara. – Heitor pediu, vendo as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

Apertei o aparelho entre meus dedos, impedindo-o de retirar de mim:

- Daniel, me diga uma coisa, por favor...

- O que quer saber, Babi?

- Você não é o pai dela, não é mesmo?

- Não... Não sou. Estou confessando porque não precisamos mais mentir uns para os outros, não é mesmo?

- Por que fez isso? Com qual intuito?

- Porque sou um filho da puta, desgraçado, amore mio. E queria fazê-la sofrer mais um pouco.

- Tento entender o que eu fiz pra você...

- Eu só queria ficar com você...

- Jura? Eu vivi oito anos da minha vida com um sujeito igual à você. Conheço homens do seu tipo de longe, Daniel.

- Gosta de dinheiro, confesse.

- Desclassificado.

- Não tem nada pior para me chamar?

Heitor retirou o fone da minha mão, sem deixar-me contestar.

Sentei no sofá, vendo Nic andando de um lado para o outro, a governanta em outro aparelho de telefone, todos preocupados e nervosos.

Heitor jogou o telefone no sofá, com raiva.

- Como ele tinha o número daqui? – Perguntei.

Corri até ele e abracei-o com força:

- Obrigada por vir, Allan.

- Jamais a deixaria sozinha, minha querida. E quero estar junto quando entregarem a minha neta. E eu mesmo vou apertar o gatilho e dar um tiro no meio da testa do desgraçado.

Sebastian me deu um beijo e falou:

- O telefone tem registro de chamada. Podemos encontrar o número e rastrear. – Ele foi imediatamente para o aparelho.

- Obrigado por ter avisado antes. – Heitor ironizou.

Vi Milena e senti meu coração derreter ainda mais. Ela me abraçou:

- Vai dar tudo certo com nossa princesa, não se preocupe.

- Obrigada por ter vindo.

- Acha mesmo que eu a deixaria sozinha nesta hora, cunhada?

- Tem um monte de Anon’s lá fora, inclusive o meu – Ben falou – Quem está com nossa desclassificadinha literalmente está fodido.

- Não se chamam Anon’s, senhor Benício. – Anon 2 explicou.

- São Anon’s, sim, Otávio. Se minha nora quer que sejam chamados assim, serão. A partir de agora, qualquer pessoa contratada para a segurança dos Casanova se chamará oficialmente Anon. Claro que o Anon original atenderá pelo número um. Você, Otávio, será o dois. E nomearemos os demais, conforme desejarmos. – Disse Allan.

- O desgraçado está perto daqui – Sebastian disse – Muito perto.

- Ele marcou a entrega de Malu para amanhã cedo. Quer muito dinheiro, em espécie, os documentos da Babilônia e o jato preparado para partida.

- Onde ele marcou? – Allan perguntou.

- Aeroporto particular, próximo daqui.

- Vamos surpreender o desgraçado no seu covil. Ele não espera por isso. – Disse Sebastian.

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