O abracei, com força. Acabei esquecendo o quanto ele era ligado a Maria Lua e que deveria estar sofrendo tanto quanto eu, mesmo tentando parecer forte.
- Se bem conheço nossa pequena, aposto que esta hora está chamando todos de “bobos”...
- Ela tem uma personalidade forte... Tomara que haja como se eles fossem gatos. – Ele me apertou ainda mais.
- Vai à Polícia? – Perguntei.
- Sebastian tem um amigo na Polícia. Pediu que eu não fizesse nada até ele chegar.
- Não sabemos sequer onde procurar... Por onde começar... – Falei, confusa.
A governanta veio com o telefone sem fio na mão, me entregando:
- É para senhora. Acredito que seja sobre a sua filha.
Senti meu coração quase saltar pela boca, incerta de quem estava do outro lado da linha.
- Alô!
- Buongiorno, fiore del giorno. Ti piace scopare la mattina?
- Eu não entendo italiano, seu filho da puta. Mas entendo como acabar com desclassificados como você. Isso não vai ter fim nunca mais, Daniel?
- Por que fugiu, amore mio?
- Eu não fugi. Estou aguardando o juiz dar a sentença.
- Chega desta palhaçada, não é mesmo, Bellissima?
- Vou acabar com você, seu desgraçado.
- Só um minuto, alguém aqui quer falar com você.
- Mama?
- Malu? Mamãe e papai já vão buscar você, ok? Não demoraremos.
- Papai... – Ela repetiu, gargalhando e eu conseguia imaginar o sorriso com a boca completamente aberta, mostrando os dentinhos ainda nascendo, os olhinhos pequenos, tão verdes quantos duas pedras preciosas.
- Me dê o telefone, Bárbara. – Heitor pediu, vendo as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.
Apertei o aparelho entre meus dedos, impedindo-o de retirar de mim:
- Daniel, me diga uma coisa, por favor...
- O que quer saber, Babi?
- Você não é o pai dela, não é mesmo?
- Não... Não sou. Estou confessando porque não precisamos mais mentir uns para os outros, não é mesmo?
- Por que fez isso? Com qual intuito?
- Porque sou um filho da puta, desgraçado, amore mio. E queria fazê-la sofrer mais um pouco.
- Tento entender o que eu fiz pra você...
- Eu só queria ficar com você...
- Jura? Eu vivi oito anos da minha vida com um sujeito igual à você. Conheço homens do seu tipo de longe, Daniel.
- Gosta de dinheiro, confesse.
- Desclassificado.
- Não tem nada pior para me chamar?
Heitor retirou o fone da minha mão, sem deixar-me contestar.
Sentei no sofá, vendo Nic andando de um lado para o outro, a governanta em outro aparelho de telefone, todos preocupados e nervosos.
Heitor jogou o telefone no sofá, com raiva.
- Como ele tinha o número daqui? – Perguntei.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...