Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 9

Resumo de O fim de um ciclo de quase dez anos: Como odiar um CEO em 48 horas

Resumo de O fim de um ciclo de quase dez anos – Capítulo essencial de Como odiar um CEO em 48 horas por GoodNovel

O capítulo O fim de um ciclo de quase dez anos é um dos momentos mais intensos da obra Como odiar um CEO em 48 horas, escrita por GoodNovel. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

- Olá, Ana... Quanto tempo!

Senti o abraço apertado dela e retribuí. Eu gostava tanto de Ana. E senti sua falta ao longo destes dois anos.

- Entre... Por favor.

Ela se afastou e entrei, ficando de pé.

- Sempre sinta-se em casa aqui, Bárbara. Sabe o quanto eu a estimo.

- Obrigada. – falei sentando.

- Vou fazer um café para nós.

- Não precisa... Eu já vou. Estou só de passagem. Tenho um compromisso logo em seguida. – Menti.

- Por favor... Me deixei lhe oferecer um café.

Assenti, sabendo que aquilo poderia ser importante para ela.

Ana foi para a cozinha. Certamente os meninos não estavam em casa, pois tinha muito silêncio naquela casa enorme.

Olhei as fotos penduradas na parede e porta-retratos na estante. Tudo tinha a imagem de Jardel... E algumas de nós dois juntos. Eu ainda estava dentro da casa dela, como recordação.

Vi meu sorriso estampado e nossos beijos em diferentes ângulos para fotos e fiquei me perguntando se eu fui feliz naqueles momentos, ao lado dele. Porque eu lembrava do detalhe de cada foto, onde havia sido tirada, o que aconteceu antes e depois.

Sim, talvez eu tenha sido feliz, porque eu o amei no início. Mas depois foi tudo tão ruim que eu creio que os tempos bons foram apagados da memória, junto como o amor que julguei sentir.

- Não precisava ter sido assim... – Peguei a foto e observei sua imagem, com os olhos fixos nos meus e um sorriso alegre e travesso, daquele menino bem-humorado e engraçado que um dia esteve naquele corpo. – A gente poderia ter dado certo.

- E teriam dado certo, Bárbara. – disse Ana me trazendo uma xícara de café preto sem açúcar, como eu gostava. – Se não fosse o adúltero do pai dele ter ido embora.

- Acha mesmo que isso foi a causa de tudo, Ana? – perguntei seriamente.

- Eu... Acho que ali tudo começou.

- Fico me perguntando se realmente foi isso... Ou outra coisa. Afinal, ele sempre usou maconha.

- Mas ficou perturbado quando o pai partiu.

- No entanto nunca foi procurá-lo depois... Em momento algum. Ele gostava de aventuras... De desafios. Talvez a droga foi isso para ele.

- Foi trágico o fim do meu filho... – ela pegou a foto da minha mão. – E eu tento sempre lembrar dele assim: saudável e feliz.

- Eu também. – Menti, pois os momentos ruins se sobressaíram e não sobrou nada de boas lembranças.

- Sei que ele lhe magoou e fez tanto mal... – Ela pegou minha mão vazia, que não segurava a xícara. – Mas ele a amou... Até o último suspiro. Você foi a única mulher da vida dele.

- Não... Não fui a única e sabemos disso.

- Ele não sabia mais o que fazia quando se envolveu com aquelas vagabundas drogadas. Ele sempre amou você, Bárbara. Sempre...

- E será que se amasse tanto, teria feito tudo que fez? – perguntei em voz alta, mais para mim mesma.

- Não duvido do amor dele por você... Nunca duvidei. Ainda lembro da alegria dele quando a trouxe aqui pela primeira vez. Os olhos dele nunca brilharam tanto... O sorriso era tão sincero...

- Onde... Estão os meninos? – perguntei, tentando mudar de assunto.

Coloquei a xícara de café sobre a mesa de centro e levantei:

- Eu... Só vim dar um abraço e ver como vocês estavam. – Sorri. – Preciso ir.

- Eu gostaria que você ficasse mais tempo. Mas não vou obrigá-la.

Ver a imagem dele por todos os lados estava me sufocando, como se alguém estivesse apertando a minha garganta e me deixando sem ar.

Abracei ela com força:

- Eu desejo do fundo do meu coração que você seja muito feliz, Ana.

- Não há como ser feliz se perdi um pedaço de mim. – Ela disse no meu ouvido, com a voz fraca e eu imaginava que ela estava chorando. – Vê-la me trouxe um pouco dele... De coisas boas.

- Eu... Preciso ir... – enxuguei a lágrima que ameaçava cair do meu olho.

Abri a porta e respirei profundamente o ar da rua, tentando me restabelecer.

- Bárbara, eu já agradeci por tudo que você fez por meu filho?

- Não quero agradecimento, Ana.

- Jamais uma mulher faria o que você fez. Foi forte... Aguentou até o último minuto ao lado dele. E eu sei que você não tinha esta obrigação. Ele foi ruim... Ele foi cruel... E violento. E ainda assim você não o deixou. Porque sabia que aquele não era ele de verdade...

Não, não foi por isso que não o deixei. Fiquei por medo, por covardia, por impotência. No fim, eu não me importava mais sobre quem era o verdadeiro Jardel. Eu só torcia para aquilo acabar de uma vez... Do jeito que tivesse que ser. Mal ela sabia que eu comemorei a morte do filho dela. Mas sim... Apesar de tudo, eu fiquei até o último suspiro que ele deu... Porque ele não me deixou sair.

Somente sorri, fingindo que era tudo exatamente da forma como ela imaginava.

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