Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 9

- Olá, Ana... Quanto tempo!

Senti o abraço apertado dela e retribuí. Eu gostava tanto de Ana. E senti sua falta ao longo destes dois anos.

- Entre... Por favor.

Ela se afastou e entrei, ficando de pé.

- Sempre sinta-se em casa aqui, Bárbara. Sabe o quanto eu a estimo.

- Obrigada. – falei sentando.

- Vou fazer um café para nós.

- Não precisa... Eu já vou. Estou só de passagem. Tenho um compromisso logo em seguida. – Menti.

- Por favor... Me deixei lhe oferecer um café.

Assenti, sabendo que aquilo poderia ser importante para ela.

Ana foi para a cozinha. Certamente os meninos não estavam em casa, pois tinha muito silêncio naquela casa enorme.

Olhei as fotos penduradas na parede e porta-retratos na estante. Tudo tinha a imagem de Jardel... E algumas de nós dois juntos. Eu ainda estava dentro da casa dela, como recordação.

Vi meu sorriso estampado e nossos beijos em diferentes ângulos para fotos e fiquei me perguntando se eu fui feliz naqueles momentos, ao lado dele. Porque eu lembrava do detalhe de cada foto, onde havia sido tirada, o que aconteceu antes e depois.

Sim, talvez eu tenha sido feliz, porque eu o amei no início. Mas depois foi tudo tão ruim que eu creio que os tempos bons foram apagados da memória, junto como o amor que julguei sentir.

- Não precisava ter sido assim... – Peguei a foto e observei sua imagem, com os olhos fixos nos meus e um sorriso alegre e travesso, daquele menino bem-humorado e engraçado que um dia esteve naquele corpo. – A gente poderia ter dado certo.

- E teriam dado certo, Bárbara. – disse Ana me trazendo uma xícara de café preto sem açúcar, como eu gostava. – Se não fosse o adúltero do pai dele ter ido embora.

- Acha mesmo que isso foi a causa de tudo, Ana? – perguntei seriamente.

- Eu... Acho que ali tudo começou.

- Fico me perguntando se realmente foi isso... Ou outra coisa. Afinal, ele sempre usou maconha.

- Mas ficou perturbado quando o pai partiu.

- No entanto nunca foi procurá-lo depois... Em momento algum. Ele gostava de aventuras... De desafios. Talvez a droga foi isso para ele.

- Foi trágico o fim do meu filho... – ela pegou a foto da minha mão. – E eu tento sempre lembrar dele assim: saudável e feliz.

- Eu também. – Menti, pois os momentos ruins se sobressaíram e não sobrou nada de boas lembranças.

- Sei que ele lhe magoou e fez tanto mal... – Ela pegou minha mão vazia, que não segurava a xícara. – Mas ele a amou... Até o último suspiro. Você foi a única mulher da vida dele.

- Não... Não fui a única e sabemos disso.

- Ele não sabia mais o que fazia quando se envolveu com aquelas vagabundas drogadas. Ele sempre amou você, Bárbara. Sempre...

- E será que se amasse tanto, teria feito tudo que fez? – perguntei em voz alta, mais para mim mesma.

- Não duvido do amor dele por você... Nunca duvidei. Ainda lembro da alegria dele quando a trouxe aqui pela primeira vez. Os olhos dele nunca brilharam tanto... O sorriso era tão sincero...

- Onde... Estão os meninos? – perguntei, tentando mudar de assunto.

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