Quando retornei à festa, o salão estava no auge da celebração. A orquestra tocava uma valsa suave, e vários casais deslizavam elegantemente pelo centro do salão. Meus olhos encontraram Christian imediatamente, como se existisse um radar invisível conectando-nos. Ele conversava com um grupo de homens mais velhos, mas seu olhar continuava a vagar pelo salão – procurando por mim, percebi com uma onda de calor no peito.
Quando finalmente me avistou, seu rosto se transformou. O sorriso iluminou suas feições, e sem sequer se despedir propriamente do grupo, ele atravessou o salão em minha direção.
— Achei que tinha sido sequestrada pelo meu avô. — Sua mão encontrou naturalmente a minha, nossos dedos se entrelaçando como se tivessem sido projetados para se encaixar. — Ele te mostrou o vinho de 1947?
— Sim. — Sorri, ainda processando a revelação surpreendente de Giuseppe. — E conversamos um pouco.
Algo em minha expressão deve ter alertado Christian, porque sua testa franziu levemente.
— Tudo bem?
— Melhor que bem. — E pela primeira vez, percebi que era verdade. O peso da farsa, que havia carregado por tanto tempo, parecia significativamente mais leve. — Apenas... uma conversa esclarecedora.
Christian me estudou por um momento, claramente curioso, mas respeitando minha aparente relutância em elaborar.
— Dança comigo? — perguntou, inclinando a cabeça em direção ao centro do salão.
— Não tenho certeza se meus passos de valsa estão à altura desta multidão. — Hesitei, olhando para os casais que pareciam flutuar ao redor da pista com a facilidade de anos de prática em eventos formais.
— Nem os meus. — Christian sorriu, puxando-me gentilmente. — Mas quando dançamos juntos, de alguma forma funciona.
Permitindo-me ser guiada para a pista de dança, senti seu braço envolver minha cintura, sua outra mão segurando a minha com firmeza e delicadeza simultâneas. O familiar cheiro de seu perfume envolveu-me, e por um momento, fechei os olhos, memorizando a sensação.
— Você está diferente esta noite. — A voz de Christian era quase um sussurro contra meu ouvido enquanto começávamos a nos mover ao ritmo da música. — Não sei explicar, mas parece... banhada em uma aura ainda mais vibrante.
Abri os olhos, encontrando seu olhar intenso a centímetros do meu.
— Estou feliz de estar aqui. — Respondi simplesmente. — Por Giuseppe. Por este momento.
Seu olhar era questionador.
— Mesmo? Cercada de toda a minha família excêntrica e "amigos" que nem sempre são tão amigos? — Ele inclinou a cabeça sutilmente na direção de um grupo onde Marco conversava com os pais de Christian, seu tom levemente irônico.
Segui seu olhar, notando Lorenzo e Isabella Bellucci observando-nos com expressões indecifráveis. Mais além, reconheci várias figuras da indústria vinícola, incluindo Eduardo e alguns outros representantes da Vale do Sol. A festa de Giuseppe, claramente, era tanto social quanto estratégica.
— Quando estou com você — confessei, retornando meu olhar ao seu — mal consigo notar quem está ao nosso redor.
As palavras escaparam antes que pudesse filtrar a verdade nelas, e vi os olhos de Christian se alargarem ligeiramente com surpresa, seguida por algo mais profundo, mais intenso.
— Zoey...
Ele girou-nos mais uma vez, nossos corpos se movendo em perfeita harmonia apesar de nossa suposta inexperiência. Era sempre assim conosco – em público, na intimidade, na dança ou nos negócios; de alguma forma, nos encaixávamos perfeitamente, como peças de um quebra-cabeça que nem sabíamos que estávamos montando.
— Às vezes penso... — Christian começou, mas hesitou, como se escolhesse cuidadosamente suas palavras.
— A propósito — ele continuou, aproximando-se um pouco mais — minha ajuda foi útil? Você conseguiu o emprego na Prisma?
Franzi o cenho, genuinamente confusa.
— Não entendi aquilo como uma ajuda, para ser honesta. — Mantive minha voz baixa, consciente dos outros convidados próximos. — Na verdade, tive a impressão oposta.
Eduardo riu, como se eu tivesse contado uma piada particularmente divertida.
— Sempre tão modesta. — Ele balançou a cabeça, divertido. — Bem, por tudo o que você tem feito, saiba que pode contar comigo para qualquer coisa. Qualquer coisa mesmo.
Meu desconforto se transformou em confusão completa.
— O que eu tenho feito? — perguntei diretamente. — Do que exatamente você está falando, Eduardo?
Seus olhos brilharam com algo que não consegui identificar completamente, e ele se inclinou ainda mais perto, sua voz quase um sussurro.
— Não se preocupe. Somos discretos. — Ele piscou, e então acrescentou: — A propósito, mandei uma seleção especial de vinhos para seu apartamento no Rio. Um pequeno agradecimento. Espero que aprecie.
Antes que pudesse questioná-lo novamente, Eduardo se afastou com um aceno casual, misturando-se facilmente aos outros convidados e deixando-me completamente perplexa.
O que ele quis dizer com "tudo o que você tem feito"? Que agradecimento?

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Já tem uns 3 dias que não disponibiliza os capítulos. Parou no capítulo 557. PS. Esse livro que não acaba.... 🤔...
Queria saber o que está acontecendo, que os capítulos não estão mais disponíveis....
Poxa vida, ja era ruim liberar 2 ou 3 capitulos por noite a conta gotas, agora falhar na liberacao diaria é pèssimo ... oq tem acontecidoncom frequencia. Desanimador....
Alguém sabe me dizer, quando sai mais capítulos?...
Oq esta acontecendo com os capitulos 566 e 567? Liberei as moedas mas nenhum dos dois foi liberado. E ontem tbem nao houve liberacao de capitulos novos ......
Mdss estou impactada com o plost twist mds mds, história de Maitê é a mais louca e surreal, considero a melhor....
Capitulo 518. Votos de Marcos e Maitê, que lindo... Até eu fiquei emocionada 😍...
Capítulo 539 está dando erro...
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...