Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 176

Resumo de Capítulo 176: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário

Resumo do capítulo Capítulo 176 do livro Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário de GoodNovel

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Anne estava confortavelmente sentada na beirada da minha cama, as pernas balançando despreocupadamente como se ainda fosse uma adolescente, enquanto me observava com atenção aplicar cuidadosamente o último toque de rímel diante do espelho da penteadeira.

— Você acha que esse batom está muito escuro? — perguntei, me inclinando para mais perto do espelho para avaliar melhor o resultado, virando o rosto ligeiramente para cada lado para observar como a cor se comportava sob a luz suave do quarto.

— Está absolutamente perfeito — Anne respondeu com convicção, pegando distraidamente um dos meus brincos de pérola da penteadeira e examinando-o contra a luz dourada da lâmpada. — Combina exatamente com o tom sofisticado do seu vestido.

Estava usando um vestido vinho de manga longa que Christian havia escolhido pessoalmente para mim alguns meses atrás, antes de toda essa turbulência emocional e física começar a dominar nossas vidas. Era uma peça elegante sem ser excessivamente formal, confortável o suficiente para uma noite que eu intuitivamente suspeitava que seria significativamente mais longa e complexa do que Christian estava deixando transparecer.

— Sabe — Anne disse casualmente, ainda brincando distraidamente com meu brinco enquanto o fazia refletir pequenos pontos de luz pela parede —, é realmente estranho pensar que há apenas alguns dias você estava completamente inconsciente em uma cama de hospital e agora está aqui, se arrumando cuidadosamente para um jantar em família.

— É surreal. Às vezes ainda sinto como se estivesse navegando através de um sonho muito longo e confuso, sem ter certeza de onde a realidade termina e começam as impressões distorcidas da minha mente.

— Pelo menos é um sonho com perspectivas de final feliz — Anne sorriu calorosamente. — Você está se recuperando bem, Matteo está crescendo e se fortalecendo a cada dia, e logo vocês dois vão estar em casa juntos, sendo uma família de verdade.

— Espero que sim — murmurei, ajustando delicadamente meu colar de pérolas. — Às vezes ainda tenho medo irracional de que algo mais vá dar terrivelmente errado.

— Nada mais vai dar errado — Anne disse com uma convicção impressionante. — Especialmente depois de hoje à noite.

Havia algo distintamente significativo na forma como ela pronunciou essas palavras que me fez olhar para ela com mais atenção através do espelho, tentando decifrar a expressão misteriosa que dançava em seus olhos.

— Por que você fala como se soubesse de alguma informação importante que eu não tenho acesso?

— Talvez porque eu realmente saiba — Anne riu baixinho, seus olhos brilhando com aquela travessura característica que eu reconhecia desde nossa infância.

— Anne... — comecei, girando parcialmente na cadeira para encará-la diretamente.

— Falando em pessoas que definitivamente merecem que coisas desagradáveis aconteçam com elas — Anne mudou de assunto abruptamente, sua voz assumindo um tom mais sério e carregado de significado —, você já teve a infelicidade de encontrar com Elise? No hospital, digo?

Senti meu estômago se contrair instantaneamente só de ouvir aquele nome pronunciado em voz alta, como se as sílabas carregassem uma maldição.

— Graças a Deus, não — respondi, minha voz endurecendo involuntariamente com uma raiva que ainda fervia logo abaixo da superfície. — Honestamente não sei o que eu faria se a visse. Para o bem do meu histórico criminal completamente limpo, é infinitamente melhor que nossos caminhos nunca mais se cruzem nesta vida.

— Você definitivamente vai gostar de vê-la — Anne deixou escapar, sua voz carregada de uma satisfação maliciosa e divertida que me fez franzir o cenho com curiosidade e preocupação.

— Gostar é uma estranha e perturbadora escolha de palavra — comentei, me virando completamente na cadeira para encará-la, tentando ler nas entrelinhas da sua expressão.

— É que... bem — Anne continuou, claramente se divertindo com algum segredo delicioso que estava guardando. — Eu quero muito, muito mesmo, que a justiça cuide da Elise de forma adequada e proporcional aos seus crimes. Mas o carma... ah, o carma já fez magnificamente a parte dele.

Me levantei abruptamente da cadeira, largando o pincel de blush que estava segurando, que caiu sobre a penteadeira com um pequeno ruído.

— Do que exatamente você está falando, Anne?

Capítulo 176 1

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