sabrina becker
Estou terminando as panquecas, quando vejo ele vindo da academia, apenas com um short, uma toalha em volta no pescoço. O corpo e o cabelo todo molhado de suor.
Gostoso dos infernos!!! Vontade de lamber ele todinho…
"Se controla Sabrina! Se controla."
Quando acordei fiquei meio decepcionado por não ter encontrado ele ao meu lado. Ele religiosamente acorda às 6h da manhã não importa que seja domingo ou que tenha ido dormir tarde.
Mas consegui que acordasse juntos.
Quando desci, percebi que ele estava na academia. Como ontem ele não treinou, devia está repondo o treino.
Ele se aproxima sorrindo.
-Bom dia Hanī!
-Bom dia mestre!
-Hummm, cheirinho de panqueca.
-Fiz um monte, só não sei se tem aquele xarope.
-Tem sim, deve está nas portas de cima ou na dispensa. Estou morrendo de fome. -ele se aproxima, segura na minha cintura e beija meu pescoço.
-Vou tomar um banho e já volto.
-Hum hum…
Continuo espremendo as laranjas para fazer o suco, com o corpo todo arrepiado.
Ele percebe, sorri e começa a se afastar.
Muito gostoso! Pqp! Como pode estar todo suado e não feder?!?
Continuar com aquele perfume intenso.
Eu suspiro…
Estou tarada neste homem…
Começo a pôr a mesa do café da manhã. Só fiz panquecas e o suco, o resto Zefa deixou tudo pronto. Ela me disse que pelo menos um bolo, tinha que ter no café da manhã, então ainda tinha bolo de cenoura de ontem. Tinha torrada, biscoito, frutas. Não sei porque isso tudo, já que não vamos nem a metade. Mas ela disse que tinha que ter, então tinha que ter.
Volto para a cozinha e pego as xícaras e o resto da louça. Logo depois vou procurar o xarope.
Quando estou quase terminando e faltando 5 minutos para as nove, ele desce apenas com uma calça de moletom.
Seu cheiro chega primeiro que ele, como sempre. Como esse homem cheira bem.
Ele se senta na mesa e eu pego o café para servi-lo, me sentando em seguida.
Sirvo uma panqueca para ele e uma pra mim.
-Depois que terminamos o café, tenho tarefas para você.
-Sim mestre!
-Hoje vamos jogar o dia todo e amanhã também. Eu pensei algo bem legal para hoje.
Eu fico animado. Achei que jogaríamos só amanhã.
Será nosso primeiro jogo. Temos transado uma baunilha apimentada desde que chegamos, mas não jogamos ainda.
Ele também é diferente de Arthur nesse quesito. Todas as vezes que transei com Arthur, nos três meses de contrato, foram jogos, sempre tinha algum elemento do bdsm. Ele não se interessava por sexo normal.
Até as tarefas que eu tinha que cumprir todos os dias, tinha toques de bdsm.
Você deve se perguntar porque vivo comparando os dois. Devem achar que eu tenho uma paixão por Arthur ainda.
Mas é que para exemplificar eu preciso citar ele. Eles são muito diferentes um do outro, mesmo sendo irmãos. E agora conhecendo o Paulo profundamente, acho que é normal comparar um com outro.
Querem saber minhas chegaram nestas comparações?
Eu sou muito mais o Paulo. Muito mesmo…
-E o que você pensou, tenho autorização pra saber?
-Vamos brincar o dia todo de pet play. Você vai ser uma gatinha hoje.
Tirando as horas em que você precisa cuidar de suas tarefas, você agirá como uma gatinha. Até na hora de se alimentar.
Meu coração começou a acelerar.
Eu gosto desses jogos. De fingir ser algo que não sou. Mexe bastante com minha libido. Fiquei muito feliz quando vi no contrato que ele gostava também.
É a criatividade aliada ao tesão. É você espera a sua veia arterial para agradar o outro.
Ele toma um gole do café me observando.
-Gostou da ideia?
-Sim mestre…
Ele desculpe.
-Quando terminar seu café e arrumar a cozinha, quero que vá no seu quarto. Deixei um figurino para você em cima da cama. Inclusive alguns acessórios. Quero que use, prenda bem o seu cabelo, não quero que você suje ele e faça uma maquiagem de gatinha. Acha que pode fazer isso para mim?
-Sim meu mestre!
-Enquanto estiver cumprindo suas tarefas, não precisa engatinhar e nem se comportar como uma gatinha. Mas tirando essas horas, quero que você se comporte como uma.
Ele bebe mais um gole do café me observando.
-Mais tarde... No final do dia... Irei te apresentar ao quarto de jogos, vamos jogar algo lá. E amanhã testaremos outras coisas.
-Sim meu mestre!
-Sabe as palavras de encerramento do jogo ?
-Sim mestre. "Amarelo" e "Vermelho".
Ele lamenta e diz.
-Boa menina!
Come um pedaço de panqueca e suspira.
-Está uma delícia!
Eu sorrio. De repente perco a fome... É a ansiedade falando mais alto. Eu estou muito curiosa pra saber o que tem em cima da cama.
Já me fantasiei uma vez de animal de estimação, de empregada doméstica, de freira e até de bebê. Imagina eu, alta desse jeito cumprindo papel de bebê. Mas foi legal! E se tem um parceiro que entre no personagem com você, é mais legal ainda.
Então as expectativas são grandes, em relação ao nosso jogo.
Eu vou tentar me dedicar ao máximo, para que ele fique satisfeito!
Afinal eu tenho objetivos aqui. De ser a pessoa que ele escolherá como submissa permanente. Afinal, ele quer isso, não quer?
Ele deixou claro... Eu só preciso proteger meu coração e não me envolver tanto quanto eu me envolver, frequentemente.
Corto mais um pedaço de panqueca e ponho na boca, só para não demonstrar o quanto estou ansiosa com o jogo.
Tomo o suco e percebo que ele está me olhando.
-O que foi? Ficou muda?
-Desculpe Mestre, é que fiquei ansioso e curioso…
-Em saber o que tem na cama? -eu confirmo com a cabeça e ele sorri.-Gosta de surpresas Sabrina?
-Gosto mestre, e quando sei que você escolheu algo para mim, gosto mais ainda…
Ele levanta a sobrancelha e diz:
-Bom saber isso!
Era a parte que eu mais gostava da relação com Arthur. Quando ele cuidava de mim, escolhia as coisas para que eu me sentisse linda e feliz. Ele é um ótimo dominador na arte de agradar a sua parceira, ele sempre soube o que eu precisava, e me valorizava. Descobrir que Paulo também é assim, deixa meu coração quentinho com o agrado.



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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Doce Pecado
Cadê os capítulos...
A leitura não abre... Por quê???...
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